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Previous issue date: 2006-11-07 / This paper, based on the research line of History and Description of Portuguese, implies
an exploratory investigation, whichg object of study is circumscribed to the Brazilian
Portuguese vocabulary of the XVI century. It is claimed that idiomaticity is inscribed in
the transformation of the archaic-Provençal Portuguese that, transported to the Brazilian
lands with the colonists who moved bringing it, was cultivated as it was in the soil of the
new colony. In this process of cultivation, resulting the cultural adaptation of the white,
the native and the negro people, that vocabulary would have been renovated to be
accustomed to the context of another territory; in such a manner it would incorporate
new semias and, thus, supply the lack of an authentic Portuguese archaic-Provençal
vocabulary. However, those new semias are still unsatisfactory, and it would be
necessary to incorporate to its lexical field words of native and African origins, because
of the new geography, fauna and flora. From this sememic changing process and
incorporations new/other lexicalizations will appear, contrasting with the Brazilian
Portuguese itself, through the edification of new architectures, which sup port is the
same linguistic system: the one that qualifies the processes of codification of the world
knowledge, formalized by the Portuguese language. The distinction between structure
and architecture granted the differentiation between language from idiom a starting
point adopted to examine the idiomatization of the archaic-Provençal Portuguese,
being its parameter the processes of lexicalization and to consider both Brazilian
Portuguese and Portugal s, as well as the one of the other nations as idioms produced
by differentiated cultural languages which lived together - and still live in different
geographical spaces and that, nowadays, typify distinct territories that became National
States. Those different languages which had made those territories bilingual let
themselves to be inscribed in the vocabulary system of those idioms, in order to grant
them with visions of world that, although distinct, present similarities in terms of form
which frame the field of their respective vocabularies. Guided by a general objective to
try to explain the permanencies by dislocation models concerned to the structure and
organization of this idiomatization process the investigative way is traced by two
focuses. One that configures historiographical characteristic of the constitution of the
idiom in the land of the parrots ; other that concerns to the images of the linguistic
studies that favour the lexicon as instancy capable of pointing out similarity through the
differences among models of organization and representation of world knowledge
formalized by a unique linguistic system. From the results obtained, by means of
analytical procedures oriented by the study of the discursive -semantic fields, the result is
an archaic Provençal Portuguese which was implanted in Brazil which becomes an
idiom and the official language of a transmuted colony in National State at the XIX
century. Such idiomatization presents differences not significant in the grammatical
area and not allowing to considerate the existence of different languages. In the lexical
area, this process of idiomatization , which implies the construction of differentiated
points of view through which knowledge of world are organized, framed and formalized
by language categories, may qualify Brazilian idiom differently from that of Portugal / Esta Dissertação, situada na linha de pesquisa História e Descrição da Língua
Portuguesa, compreende uma investigação exploratória, cujo objeto de estudo está
circunscrito ao vocabulário do idioma português brasileiro, no século XVI. Postula-se
que a idiomaticidade se inscreve na transformação do léxico do português arcaicoprovençal
que, transportado para as Terras do Brasil, com o colono que com ele se
deslocou, foi cultivado tal qual o solo da nova colônia. Nesse processo de cultivo, de
que resultou a aculturação do branco, do índio e do negro, esse vocabulário se renova
para se adaptar ao contexto de um outro território, de sorte a incorporar novas semias
e, assim suprir a falta do próprio vocabulário do português arcaico provençal. Contudo,
essas novas semias são ainda insuficientes, fazendo-se necessário incorporar, ao seu
campo lexical, palavras de origem indígena e africana, devido a nova geografia, fauna e
flora. Desse processo de mudanças semêmicas e de incorporações tem-se
novas/outras lexicalizações que vão diferenciando o idioma brasileiro do português
propriamente dito, pela edificação de novas arquiteturas, cujo suporte é o mesmo
sistema lingüístico: aquele que qualifica os processos de codificação de conhecimentos
de mundo, formalizados pela língua portuguesa. A distinção entre estrutura e
arquitetura facultou diferenciar língua de idioma ponto de partida adotado para
examinar a idiomatização do português provençal arcaico, tendo como parâmetro os
processos de lexicalização e considerar tanto o português do Brasil, quanto o de
Portugal, bem como o de outras nações como idiomas produto de línguas de culturas
diferenciadas que conviveram e convivem em espaços geográficos diferentes e que,
hoje, tipificam territórios distintos que se tornaram Estados Nacionais. Essas diferentes
línguas que fizeram desses espaços territórios bilíngües deixaram-se inscrever no
sistema vocabular desses idiomas, de sorte a assegurar a eles visões de mundo que,
embora distintas, se apresentam similares quanto à forma que estrutura o campo de
seus respectivos vocabulários. Norteado por um objetivo geral buscar explicitar as
permanências pelos modelos de deslocamento referente à estruturação e organização
desse processo de idiomatização o percurso investigativo está traçado por duas
focalizações. Uma que configura o caráter historiográfico da constituição do idioma na
terra dos papagaios; outra referente aos quadros dos estudos lingüísticos que
privilegiam o léxico como instância capaz de apontar semelhanças nas diferenças entre
modelos de organização e representação de conhecimentos de mundo formalizados
por um mesmo sistema lingüístico. Dos resultados obtidos, por meio de procedimentos
analíticos orientados pelo estudo de campos semântico-discursivos, tem-se que o
português arcaico provençal, implantando em território brasileiro, idiomatiza-se e se
torna a língua oficial de uma colônia transmudada em Estado Nacional, no século XIX.
Tal idiomatização apresenta diferenças pouco significativas no âmbito gramatical o que
não permite considerar a existência de línguas diferentes. Já no âmbito lexical, esse
processo de idiomatização, implicando a construção de pontos de vista diferenciados
pelos quais os conhecimentos de mundo são organizados, estruturados e formalizados
por categorias de línguas, pode qualificar o idioma brasileiro na sua diferença com
aquele de Portugal
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14431 |
Date | 07 November 2006 |
Creators | Mórra, Eunice Martins |
Contributors | Turazza, Jeni da Silva |
Publisher | Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Língua Portuguesa, PUC-SP, BR, Língua Portuguesa |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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