Orientador: Kleber Cecon / Co-orientador: Marcos Antonio Alves / Banca: Max Rogério Vicentini / Banca: Lúcio Lourenço Prado / Resumo: No século XVIII, o filósofo napolitano Giambattista Vico faz uma crítica ao racionalismo cartesiano, refutando a tese de que as ciências naturais pudessem alcançar a verdade. Seu pensamento reivindica, para a imaginação, a linguagem e a história - dimensões negligenciadas pela corrente racionalista - um status prioritário para a obtenção de conhecimento verossímil. A atenção exacerbada para atividades puramente racionais, como a matemática e a lógica, para a obtenção de conhecimento, segundo Vico, conduziria o homem a uma espécie de "barbárie", levando-o à desumanização. De acordo com Vico, fazer é conhecer e vice-versa. Somente se pode conhecer aquilo que se faz. Ao homem, não é possível o conhecimento da natureza em sua essência, pelo fato de não ser o seu criador. No entanto, o homem cria a história e, por isso, pode conhecê-la. Os vestígios históricos trazidos pela filologia, somados à reflexão filosófica, poderão conduzir o homem ao conhecimento. Com a sua máxima verum et factum convertuntur ("conheço porque faço, faço porque conheço"), Vico coloca o homem como um produtor de modelos representativos do mundo, o qual lança mão da imaginação e do engenho (criação), para conceber a realidade. Partindo dessa máxima viquiana, visamos, neste trabalho, analisar a relevância das faculdades da imaginação e do engenho nos processos de elaboração de modelos científicos. No primeiro capítulo, buscamos compreender os principais conceitos do pensamento viquiano; em seguida, no segundo... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: In the 17th century, Neapolitan philosopher Giambattista Vico criticizes Cartesianism, refuting the thesis that the Natural Sciences could reach the truth. His thought reclaims, to imagination, language and history - dimensions neglected by rationalist thinking - a priority status for the acquisition of credible knowledge. The exacerbated attention to purely rational activities such as mathematics and logic for knowledge acquisition, according to Vico, would lead mankind to a sort of "barbarism" taking it to dehumanization. For Vico, to do is to know and vice-versa. We can only know what we do. To men, it is not possible to know nature in its essence, for they are not its creator. However, man creates history and, therefore, may know it. The historical traces brought by philology, added to the philosophical reflection, may lead man to knowledge. With his maxim verum et factum convertuntur, (I know because I do, I do because I know), Vico places man as a producer of depictive models of the world, who makes use of imagination and ingeniousness (creation) to conceive the reality. From this Vichian maxim, we aim, in this study, to analyze the relevance of imagination and ingeniousness faculties in the processes of scientific models development. In the first chapter, we try to understand the main concepts of the Vichian thinking; after that, in the second chapter, we define the concepts aggregated with the imaginative faculty, like the memory, the ingeniousness and the fantasy. Vico suggests expand the validation of knowledge beyond the scrutiny of logic reasoning. Thus, in the third chapter, we investigate the exercise of imagination as a preponderant factor for the hypotheses elaboration and for the generation of new models in science. / Mestre
Identifer | oai:union.ndltd.org:UNESP/oai:www.athena.biblioteca.unesp.br:UEP01-000884973 |
Date | January 2017 |
Creators | Martins, Paulo Sérgio. |
Contributors | Universidade Estadual Paulista (Unesp) Faculdade de Filosofia e Ciências, Marília. |
Publisher | Marília, |
Source Sets | Universidade Estadual Paulista |
Language | Portuguese, Portuguese, Texto em português; resumos em português e inglês |
Detected Language | English |
Type | text |
Format | 86 f. |
Relation | Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader |
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