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Valor prognóstico de marcadores imunohistoquímicos em mastocitomas cutâneos caninos / Prognostic value of immunohistochemical markers in canine cutaneous mast cell tumors

O mastocitoma (MCT) é um dos tumores mais frequentes em cães, compreendendo de 16 a 21% de todas as neoplasias cutâneas nesta espécie. A graduação histológica é considerada o padrão ouro na avaliação prognóstica dos MCTs, porém seu comportamento biológico variado ressalta a necessidade de métodos complementares para uma avaliação precisa. Atualmente, identifica-se na literatura indexada uma série de estudos propondo novos marcadores moleculares como fatores prognósticos em MCTs caninos, porém poucos estão consolidados na rotina clínica e/ou diagnóstica. Assim, este trabalho teve como objetivo principal investigar o valor prognóstico de marcadores imunohistoquímicos publicados em artigos científicos através de uma revisão sistemática e meta-análise, assim como avaliar o valor prognóstico do fator de crescimento do endotélio vascular (VEGF) em MCTs caninos. O processo de revisão sistemática se iniciou com 124 estudos identificados em 5 bases de dados e, após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 7 artigos foram selecionados para a meta-análise. Os resultados demonstraram que o marcador de proliferação celular Ki67 pode ser considerado um bom fator prognóstico nos MCTs caninos. Porém, a baixa qualidade dos artigos e a insuficiência de dados publicados impossibilitaram a avaliação de outros marcadores, incluindo o receptor de tirosina quinase KIT. No estudo retrospectivo, a imunoexpressão dos marcadores KIT, Ki67 e VEGF foi avaliada em MCTs cutâneos de 43 cães. O marcador Ki67 apresentou correlação significativa com a taxa de mortalidade e sobrevida e o marcador KIT apresentou diferença significativa de sobrevida entre o padrão membranoso e citoplasmático difuso, porém não foram observadas diferenças no VEGF. Em conclusão, estes estudos validaram os marcadores de proliferação celular Ki67 e o receptor de tirosina quinase KIT como principais fatores prognósticos em MCTs caninos, enquanto o VEGF não foi indicado. Por fim, a revisão sistemática permitiu uma análise crítica da qualidade dos trabalhos publicados na área, ressaltando a importância da padronização de metodologias analíticas e da documentação completa de dados clínicos, patológicos e estatísticos empregados em estudos controlados na oncologia veterinária. / Mast cell tumor (MCT) is one of the most frequent tumors in dogs, accounting for 16 to 21% of all cutaneous tumors in this species. Histological grading is considered the standard evaluation method to access the prognostic of MCTs. However, its varied biological behavior highlights the need of complementary methods for an accurate evaluation. Currently, a number of studies proposing new molecular markers as prognostic factors in canine MCTs is identified in the indexed literature, but few are consolidated in the clinical and/or diagnostic routine. The aim of this study was to investigate the prognostic value of immunohistochemical markers published in scientific articles through a systematic review and meta-analysis, as well as to evaluate the prognostic value of vascular endothelial growth factor (VEGF) in canine MCTs. The systematic review process has started with 124 studies identified in 5 databases and, after applying the inclusion and exclusion criteria, 7 articles were selected for the meta-analysis. The results demonstrated that the cell proliferation marker Ki67 can be considered a good prognostic factor in canine MCTs. However, poor quality of the articles and insufficient published data made it impossible to evaluate other markers, including the tyrosine kinase receptor KIT. In the retrospective study, immunoexpression of KIT, Ki67 and VEGF markers was evaluated in cutaneous MCTs from 43 dogs. The Ki67 marker showed a significant correlation with the mortality and survival rates, and the KIT marker showed a significant difference in survival between the membranous and diffuse cytoplasmic patterns groups, but no differences were observed in VEGF. In conclusion, these studies validated the cell proliferation marker Ki67 and the KIT tyrosine kinase receptor as major prognostic factors in canine MCTs, whereas VEGF was not indicated. Finally, the systematic review allowed a critical analysis of the quality of the published studies in this area, emphasizing the importance of the standardization of analytical methodologies and the complete documentation of clinical, pathological and statistical data used in controlled studies in veterinary oncology.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-24042017-153940
Date22 February 2017
CreatorsJennifer Ostrand Freytag
ContributorsBruno Cogliati, Isac de Castro, Fabrizio Grandi
PublisherUniversidade de São Paulo, Patologia Experimental e Comparada, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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