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AS VIVÊNCIAS DOS GESTORES DO SENAI/DR-GOIÁS EM RELAÇÃO AO PROCESSO DE INFORMATIZAÇÃO: UM ESTUDO DE CASO EMBASADO NA CLÍNICA PSICODINÂMICA DO TRABALHO

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Previous issue date: 2016-12-20 / This work aimed to investigate the subjective experiences of a group of managers of SENAIGO
in relation to the computerization of processes of the Institution. The methodology used is
based on the Psychodynamic Work Clinic, which, based on psychoanalytic theory and social
sciences, seeks to unveil and understand the intra and intersubjective experiences of a specific
category about work organization, in this case, that of managers of SENAI-GO. This research
has a descriptive and exploratory character and was composed of two studies, being the study
I combined by two phases: the documentary analysis and the individual interviews with 15
managers. Study II was carried out in three meetings with a group of five managers of
SENAI-GO with a duration of two hours, with the aim of establishing the Psychodynamic
Work Clinic. The analysis and interpretations of the work situations given by the researchers
and workers ensured the validity of the collected material as a group of researchers
participated that permanently confronted the contents of the sessions with each other and with
the own group of workers at the time of the research . The results revealed greater factors of
suffering than of pleasure in the context of work studied. The lack of place for subjectivity
and life at work limits the subjective mobilization of managers. The defensive strategies used
by the group do not contribute to the cooperation and the relationship between the peers,
generating the void of the collectives. The freedom and the autonomy are resources pointed
out by the managers regarding the insertion of new technologies, but both presented effects of
the overload in the work, distrust, individualism and lack of cooperation. Experiences of
suffering are evidenced by reports that indicate lack of flexibility, centralization of power,
lack of autonomy, discourse different from practice, lack of cooperation, pressure for results
and work overload. The participants, employees of the Institution for more than 15 years,
have clearly expressed how, over the last ten years, the contact with the other has diminished,
interfering in relationships or even replacing human relations with human-machine relations.
However, other tools, besides the computer, arising from this new technological world, lead
to an embodiment, like the cell phone, that seems to have become an additional member of
the man, often referred to by the workers surveyed as "right arm" Synthesizing multiple
technologies. It was noticed that the orders arrive more and more by technologies, there is no
voice, there is no gesture, there is no expression of the body, nor affectivity. Managers seek to
re-signify their suffering by recognizing their teams. They also invest in activities in which
recognition is possible. In any case, defenses against suffering at work influence the work
context and the experiences of managers' pleasure and suffering. Despite the lack of
cooperation and the use of defensive strategies to deal with suffering from work organization,
there seems to be no risk of paralysis, since social recognition resigns the suffering and
mobilizes managers to engage in the development of solutions to problems Their work
context. / Este trabalho teve por objetivo investigar as vivências subjetivas de um grupo de gestores do
SENAI-GO em relação à informatização de processos da Instituição. A metodologia utilizada
fundamenta-se na Clínica Psicodinâmica do Trabalho, a qual, com base na teoria psicanalítica
e nas ciências sociais, procura desvelar e compreender as vivências intra e intersubjetivas de
uma categoria específica sobre a organização do trabalho, no caso, a dos gestores do SENAIGO.
Essa pesquisa possui caráter descritivo e exploratório e foi composta por dois estudos,
sendo o estudo I combinado por duas fases: a análise documental e a realização de entrevistas
individuais com 15 gestores. O estudo II foi realizado em três encontros com um grupo de
cinco gestores do SENAI-GO com duração de duas horas, com o objetivo de instaurar a
Clínica Psicodinâmica do Trabalho. A análise e as interpretações das situações de trabalho
dadas pelas pesquisadoras e trabalhadores asseguraram a validade do material coletado à
medida que participaram um grupo de pesquisadores que confrontaram permanentemente o
conteúdo das sessões entre si e com o próprio grupo de trabalhadores no momento da
realização da pesquisa. Os resultados revelaram maiores fatores de sofrimento do que de
prazer no contexto de trabalho estudado. A falta de lugar para a subjetividade e a vida no
trabalho limita a mobilização subjetiva dos gestores. As estratégias defensivas utilizadas pelo
grupo não contribuem para a cooperação e o relacionamento entre os pares, gerando o
esvaziamento dos coletivos. A liberdade e a autonomia são recursos apontados pelos gestores
quanto à inserção de novas tecnologias, mas ambas apresentaram efeitos da sobrecarga no
trabalho, desconfiança, individualismo e falta de cooperação. Vivências de sofrimento são
evidenciadas por relatos que indicam falta de flexibilidade, centralização de poder, falta de
autonomia, discurso diferente da prática, falta de cooperação, pressão por resultados e
sobrecarga de trabalho. Os participantes, trabalhadores da Instituição há mais de 15 anos,
expressaram claramente como, no decorrer dos últimos dez anos, o contato com o outro
diminuiu, interferindo nas relações ou até mesmo substituindo as relações humanas por
relações homem-máquina. No entanto, outras ferramentas, além do computador, advindas
desse novo mundo tecnológico, levam a uma corporificação, como o celular, que parece ter se
tornado um membro a mais do homem, muitas vezes sendo referido pelos trabalhadores
pesquisados como “braço direito”, sintetizando múltiplas tecnologias. Percebeu-se que cada
vez mais as ordens chegam por tecnologias, não há voz, não há gesto, não há expressão do
corpo, tampouco afetividade. Os gestores buscam ressignificar seu sofrimento pelo
reconhecimento de suas equipes. Investem também em atividades nas quais o reconhecimento
seja possível. De toda forma, as defesas contra o sofrimento no trabalho influenciam o
contexto de trabalho e as vivências de prazer e sofrimento dos gestores. Apesar da falta de
cooperação e da utilização de estratégias defensivas para enfrentar o sofrimento advindo da
organização de trabalho, parece não haver risco de paralisia, pois o reconhecimento social
ressignifica o sofrimento e mobiliza os gestores a engajarem-se no desenvolvimento de
soluções para os problemas enfrentados em seu contexto de trabalho.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ambar:tede/3650
Date20 December 2016
CreatorsSantos, Carolina Martins dos
ContributorsMacêdo, Kátia Barbosa, Costa Neto, Sebastião Benício da, Fleury, Alessandra Ramos Demito
PublisherPontifícia Universidade Católica de Goiás, Programa de Pós-Graduação STRICTO SENSU em Psicologia, PUC Goiás, Brasil, Escola de Ciências Sociais e Saúde::Curso de Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_GOAIS, instname:Pontifícia Universidade Católica de Goiás, instacron:PUC_GO
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation5385685635317177036, 500, 500, 600, 5930439467728339472, 3411867255817377423

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