A Star Called Henry (1999), do escritor irlandês Roddy Doyle (1958-), é o primeiro livro da trilogia The Last Roundup, cujo protagonista é Henry Smart. Este nasce em Dublin no início do século XX e desempenha papel importante na luta pela independência da Irlanda. Juntamente com os Irish Volunteers, Smart combate no Levante de Páscoa de 1916, auxilia na escrita da declaração de independência do país e torna-se soldado do Irish Republican Army (IRA) durante a Guerra da Independência (1919-1921). Henry é um herói, mas não do tipo clássico: filho de um assassino de aluguel e de uma adolescente pobre, Smart é ladrão desde os primeiros anos de vida e, durante suas lutas pela Irlanda, afirma não estar interessado no ideal nacionalista, uma vez que luta por dinheiro, comida e reconhecimento. Vivendo às margens da sociedade, Henry Smart desconstrói uma aura romântica em torno do Levante, da Guerra da Independência e dos heróis nacionalistas. O ponto de partida desta pesquisa é o questionamento sobre o impulso do autor em escrever um romance histórico em tempos de prosperidade financeira, pois Doyle publica a obra durante o período conhecido como Tigre Celta (1994-2008). Também questionamos por que o autor decide representar Dublin e os heróis nacionais de modo contrastante com o simbolismo nacionalista. Entendemos que o contexto de publicação do romance influencia a produção artística e, dessa forma, ao escolher a temática histórica, Doyle constrói uma crítica ao nacionalismo do início do século XX e também à sociedade do Tigre Celta. O autor entrelaça temporalidades a fim de expor as lacunas e inconsistências do passado e também do presente. / A Star Called Henry (1999), by the Irish writer Roddy Doyle (1958), is the first book of the trilogy The Last Roundup, whose protagonist is Henry Smart. He is born in Dublin at the beginning of the twentieth century and he plays an important role in the fight for Irelands independence. Along with the Irish Volunteers, Smart fights in the 1916 Easter Rising, helps to write the proclamation of independence and becomes a soldier of the Irish Republican Army (IRA) in the War of Independence (1919-1921). Henry is a hero, but not the classic kind: the son of a hired killer and a poor teenager, Smart is a thief since his early years and, when he fights for Ireland, he is not interested in the nationalist ideal, since he fights for money, food and recognition. Living at the margins of society, Henry Smart deconstructs the romantic aura around the Rising, the War of Independence and the nationalist heroes. The starting point of this research is to investigate the authors impulse to write a historical novel in times of financial prosperity, since Doyle publishes the book during the Celtic Tiger era (1994-2008). We also aim to understand why the author decides to represent Dublin and the nationalist heroes in a way that contrasts with the nationalist symbolism. We understand that the context of publication influences the artistic production, and, therefore, when choosing the historical theme, Doyle criticizes both the early twentieth-century nationalism and the Celtic Tiger society. The author intertwines temporalities in order to expose the gaps and inconsistencies of the past and the present.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-06102015-151653 |
Date | 22 June 2015 |
Creators | Batista, Camila Franco |
Contributors | Izarra, Laura Patricia Zuntini de |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.002 seconds