Embora o Brasil tenha uma das maiores reservas de minério de ferro do mundo, estimada em 170 bilhões de toneladas, e também possua siderúrgicas próximas às minas de ferro, como a Usiminas, por exemplo, o Brasil exporta minério de ferro e importa produtos semi-acabados de aço de outros países, como o Japão e a China. O objetivo desta pesquisa é modelar a cadeia de valor global de ferro e aço e analisar sua dinâmica estrutural para verificar se esse modelo é capaz de determinar os fatores que impulsionam a geração de valor e que levaram alguns países a ter maior impacto sobre seu desenvolvimento econômico do que outros. A modelagem da cadeia de valor usa a técnica padrão de análise de entrada-saída de balanço de massa (método de modelagem estrutural ampliado de Leontief), detalhado na revisão da literatura. Para obter esses resultados, foi necessário coletar e consolidar diferentes bancos de dados utilizando ferramentas capazes de conciliar, tratar e analisar o grande volume de dados presentes nesses diferentes bancos de dados, em diferentes unidades e níveis de agregação. A análise da dinâmica estrutural revelou uma série de aspectos fundamentais para entender a guerra comercial entre os EUA e a China. A China passou de 10% da produção mundial de aço bruto para 50% em 20 anos, reduzindo a relevância de outros países no contexto da cadeia de ferro e aço. Além disso, a análise revelou que o Brasil exporta quase exclusivamente minério de ferro bruto. A Austrália, por exemplo, conseguiu agregar mais valor do que o Brasil. Isso revela, portanto, que a análise da dinâmica estrutural modelada por hipergrafos pode gerar informações semânticas relevantes sobre o contexto, atores e interesses envolvidos e pode servir como um mapa para orientar decisões e políticas voltadas para uma melhor inserção e atuação de um país em uma cadeia global de produção / Although Brazil has one of the largest reserves of iron ore in the world, estimated at 170 billion tons, and also steel mills near the iron mines, such as Usiminas, e.g., Brazil exports iron ore and imports (semi-)finished steel products from other countries, such as Japan and China. The objective of this research is to model the global value chain of iron and steel and to analyse its structural dynamics to verify if this model is able to determine the factors that drive the generation of value and that have led some countries to have greater impact on their economic development than others. Value chain modelling uses the standard mass balance input-output analysis technique (Leontief\'s extended structural modelling method), detailed in the literature review. To obtain these results, it was necessary to collect and consolidate different databases using tools able to reconcile, treat and analyse the large volume of data present in these different databases, in different units and levels of aggregation. The analysis of the structural dynamics revealed a series of fundamental aspects to understand the commercial war between the USA and China. China has shifted from 10% of the world\'s crude steel production to 50% in 20 years, reducing the relevance of other countries in the context of the iron and steel chain. In addition, the analysis revealed that Brazil exports almost exclusively crude iron ore. Australia, for example, was able to add more value than Brazil. This reveals, therefore, that the analysis of the structural dynamics modelled by hyper-graphs can generate relevant semantic information about the context, actors and interests involved and can serve as a map to guide decisions and policies aimed at a better insertion and performance of a country in a global value chain
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-14062019-115047 |
Date | 15 March 2019 |
Creators | Andrade Junior, José Augusto Morais de |
Contributors | Oliveira, Marcio Mattos Borges de |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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