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Clichê, ficção e riso : uma escrita-pesquisa por entre jornalismo e literatura / Cliché, fiction and laughing : a writing-research between journalism and literature

Orientador: Susana Oliveira Dias / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Estudos da Linguagem / Made available in DSpace on 2018-08-21T08:29:34Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: Jornalismo. Literatura. Academia. Representatividade. Realidade. Modelo. Ficção. Pensamentos que preenchiam este papel-dissertação antes mesmo da escrita começar. Inspirada pelo conceito de clichê, do filósofo Gilles Deleuze, busquei entrar dentro dos clichês que ocupam a escrita, seja na academia, no jornalismo ou no jornalismo literário. Tentei convocá-los todos, mas não para apagá-los, negá-los, destruí-los. Busquei uma adesão sem resistência, para fazer uma luta com os clichês, e não contra eles. A academia, clichê da escrita que se faz modelo, o padrão a ser sempre seguido. Seria possível escrever uma dissertação que não se prendesse a esses modelos? Pass(e)ando por trabalhos que investem em outra(s) escrita(s) acadêmica(s), busco discutir possibilidades de experimentação da escrita desde dentro dos limites da academia. O jornalismo, que ao investir na possibilidade de representação completa e fiel da realidade, tornou-se o próprio clichê. Como pensar o jornalismo sem submetê-lo a um modelo de julgamento da verdade? Apresento, então, o conceito de ficção como uma possibilidade do jornalismo abrir-se para a multiplicidade e complexidade da realidade. O jornalismo literário, que viu na literatura a resposta para todos os problemas, salvação para os males do jornalismo, mas acabou reduzindo-a a listas de regras, um modelo a ser seguido, um adjetivo, um sobrenome de status do jornalismo. Como pensar (n)essa escrita que nasce do encontro entre jornalismo e literatura? Apostando que a literatura teria a potência de desterritorializar o jornalismo (literário), discuto como alguns artefatos do jornalismo têm investido em uma escrita que se efetua entre a ficção e o riso, tirando o jornalismo (literário) de seus eixos, colocando-o em uma terceira margem, onde ele começa a fabular a si e ao mundo. E por trás destas perguntas e pensamentos, uma outra pergunta não parava de pulsar: se habitamos uma civilização dos clichês, podemos nos livrar deles? Ao ver na escrita um problema de pesquisa que precisava ser experimentado e vivenciados nos (des)encontros, tentei responder esta pergunta em uma conversa com textos que investem na criação e experimentação, que não negam os clichês, mas surgem desde dentro deles, apostando em outras possibilidades de escrita / Abstract: Journalism. Literature. Academy. Representativeness. Reality. Model. Fiction. Thoughts that filled this paper-dissertation even before I started to write it. Inspired by the concept of cliché, of the philosopher Gilles Deleuze, I tried to get inside of clichés that fills the writing, whether in academia, journalism or literary journalism. I attempted to convene all of them, but not to delete them, deny them, destroy them. I looked for and adhesion without resistance, to make a fight with clichés, and not against them. The academy, cliché of the writing as a model, the standard to be always followed. It would be possible to write a dissertation that is not stuck to these models? Passing through some works/books that invest in other(s) academic writing(s), I try to discuss possibilities for writing experimentation from within the boundaries of academy. The journalism, that invest in the possibility of represent the reality completely and faithfully, and became its own cliché. How to think the journalism without submitting it to a model of judgement of the truth? I presented, then, the concept of fiction as a way to open the journalism to the multiplicity and complexity of reality. The literary journalism, that thinks literature is the solution to all its problems, the salvation for the journalism's ills, but eventually reduced the literature to a list of rules, a model to be followed, an adjective, a status surname to journalism. How to think this writing that comes from the encounter between journalism and literature? Gambling on literature would have the potency to deterritorialize (literary) journalism, I discuss how some journalism's artifacts have been investing in this writing which takes place between fiction and laugher, taking journalism out of its axis, placing it in a third margin, where it begins to fabulate itself and the world. And behind these questions and thoughts, another question did not stop to pulsate: if we inhabit a civilization of clichés, can we escape from them? Facing the writing as a research problem which needed to be experimented and experienced in the (dis)encouters, I tried to answer this question in a conversation with texts that invest in the creation and experimentation that does not deny the clichés, but arise from within them, betting on others possibilities of writing / Mestrado / Divulgação Científica e Cultural / Mestre em Divulgação Científica e Cultural

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/270938
Date21 August 2018
CreatorsCâmara, Aline Gastardeli Tavares da, 1984-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Dias, Susana Oliveira, 1973-, Amorim, Antonio Carlos Rodrigues de, Malufe, Annita Costa
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Estudos da Linguagem, Programa de Pós-Graduação em Divulgação Científica e Cultural
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format113 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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