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Lectinas da esponja marinha Haliclona (Soestella) caerulea / Lectins from the marine sponge Haliclona (Soestella) caerulea

Conselho Nacional de Desenvolvimento CientÃfico e TecnolÃgico / Lectinas podem ser definidas como proteÃnas/glicoporteÃnas que reconhecem carboidratos de maneira especÃfica, mas nÃo participam do metabolismo dos mesmos e nÃo pertencem a nenhuma das principais classes de imunoglobulinas. As lectinas sÃo proteÃnas ubÃquas, estando presente em todos os organismos conhecidos. Em cÃlulas animais, lectinas tÃm sido encontradas no citoplasma, no nÃcleo e associadas a membranas das mais diversas organelas e nos mais variados tipos celulares. Tais lectinas animais podem ser classificadas em famÃlias distintas com base em suas caracterÃsticas fÃsico quÃmicas, funÃÃo e especialmente em sua identidade de estrutura primÃria e terciÃria. O objetivo deste trabalho foi purificar duas novas lectinas da esponja marinha Haliclona (Soestella) caerulea e caracterizar estruturalmente uma delas. EspÃcimes de H.caerulea foram coletados na praia do paracuru, CearÃ. Duas lectinas (H-1 e H-3) foram isoladas por tÃcnicas clÃssicas de quÃmica de proteÃnas. A estrutura primÃria de uma delas foi determinada por espectrometria de massas e RACE. A atividade tÃxica das lectinas foi avaliada frente à nÃuplios de Artemia e cepas das bactÃrias Escherichia coli e Staphylococus aureus. H-1 e H-3 apresentaram caracterÃsticas distinhas da lectina previamente isolada de H. caerulea. H-1 à uma proteÃna monomÃrica de aporoximadamente 40 kDa enquanto que H-3 à uma proteÃna trimÃrica com cadeias com massa aproximada de 9, 16 e 18 kDa. H-3 aglutina eritrÃcitos humanos do tipo A e B e foi inibida GalNAc e PSM, H-1 aglutina diversos grupos sanguineos e nÃo pÃde ser inibida por nenhum aÃÃcar testado. H-1 foi tÃxica a naÃplios de Artemia (LC50=6,4 μg.mL-1) e H-3 foi considerada nÃo tÃxica (LC50=414,2 μg.mL-1). H-3 à uma proteÃna azul, pois interage com um cromÃforo de 597 Da com absorÃÃo mÃxima a 620 nm. A estrutura primÃria de H-3 foi determinada e revelou-se Ãnica, nÃo sendo conhecida nenhuma lectina com estrutura similar. H-3 apresenta um glicano hÃbrido composto por Hex7NAcHex7DeoxiHex2. A cadeia α de H-3 sofre um processamento proteolÃtico complexo que ainda nÃo foi completamente elucidado. AlÃm disso, H-3 foi cristalizada, mas nÃo foi possÃvel a obtenÃÃo de um padraÃo de difraÃÃo que permita a resoluÃÃo da estrutura. Em suma, duas novas lectinas foram isoladas e fora observado pela primeira vez a interaÃÃo entre uma lectina e um cromÃforo natural. Pela primeira vez tambÃm, fora determinada a composiÃÃo glicÃdica de uma lectina de esponja. / Lectins are proteins/glycoproteins that recognize carbohydrate of a specific way, but not participate in the metabolism of the same and do not belong to any of major classes of immunoglobulins. Lectins are ubiquitous proteins, present in all known organisms. In animal cells, lectins have been found in the cytoplasm, in the nucleous and as membrane-associated proteins, in diverse organelles and cells. Animal lectins can be classified into distinct families based on their physicochemical characteristics, especially in their function and identity of primary and tertiary structure. The aim of this study was to purify, characterize structural and biologically new lectins from the marine sponge Haliclona (Soestella) caerulea. H. caerulea specimens were collected in Paracuru beach, CearÃ. Two lectins (H-1 and H-3) were isolated by classical techniques of protein chemistry. The primary structure of H-3 was determined by mass spectrometry and RACE. The toxic activity of lectins was evaluated against Artemia nauplii and Escherichia coli and Staphylococcus aureus strains. H-1 and H-3 showed distinct characteristics of the lectin previously isolated from H. caerulea. H-1 is a monomeric protein of 40 kDa whereas H-3 is a heterogeneus protein with chains of 9, 16 and 18 kDa. H-3 binds human erythrocytes of A and B type and was inhibited by GalNAc and PSM, H-1 binds different blood groups and could not be inhibited by any sugar tested. H-1 was toxic to Artemia nauplii (LC50 = 6.4 μg.mL-1) and H-3 was not considered toxic (LC50 = 414.2 μg.mL-1). H-3 is a blue protein that interacts with a chromophore of 597 Da of maximum absorbance at 620 nm. The primary structure of H-3 revealed a unique amino acid sequence no similar to any animal lectins known. H-3 has a hybrid glycan comprising by Hex7NAcHex7DeoxiHex2. The α-chain of H-3 undergoes complex proteolytic processing that not been fully elucidated. Moreover, H-3 was crystallized, but was not possible to obtain a diffraction pattern that permits solving the structure. In short, two new lectins were isolated and out first observed the interaction between a lectin and natural chromophore. Furthermore, for the first time given the composition glicidic out of a sponge lectin.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:8223
Date16 August 2013
CreatorsRÃmulo Farias Carneiro
ContributorsAlexandre Holanda Sampaio, Bruno Anderson Matias da Rocha, Celso Shiniti Nagano, Raniere da Mata Moura
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em BioquÃmica, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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