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Aspectos da leishmaniose visceral canine: epidemiologia, sorologia e novas perspectivas de tratamento

Submitted by Ana Maria Fiscina Sampaio (fiscina@bahia.fiocruz.br) on 2013-10-25T19:33:12Z
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Previous issue date: 2011 / Universidade Federal da Bahia. Faculdade de Medicina da Bahia. Salvador, BA, Brasil / Fundação Oswaldo Cruz. Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz. Salvador, BA, Brasil / A leishmaniose visceral canina (LVC) é uma doença sistêmica grave, causada pelo
protozoário Leishmania chagasi. Os mecanismos envolvidos na susceptibilidade e resistência
dos cães a esta infecção são controversos. Neste trabalho, os aspectos epidemiológico,
imunológico e terapêutico da LVC foram estudados. Inicialmente foi realizado um estudo
epidemiológico na Raposa, município de alta endemicidade para LVC, localizado na ilha de
São Luís, Maranhão. A triagem dos animais soropositivos para Leishmania foi feita por
ELISA e os cães soropositivos foram clinicamente avaliados. Os animais foram classificados
em assintomáticos e sintomáticos de acordo com os sinais clínicos, sendo avaliado seu perfil
epidemiológico, incluindo sexo, convivência com outros animais, tipo de alimentação e idade.
A sorologia para IgG1 e IgG2 anti-Leishmania foi feita por ELISA e foi testada a presença de
correlação entre as subclasses e os sinais clínicos. Em seguida, foi investigada a produção de
óxido nítrico (NO), interferon-g (IFN-g) e fator de necrose tumoral (TNF-a) no soro e
sobrenadante de cultura do linfonodo e baço. Na segunda fase da pesquisa, foram utilizados
cães da raça Beagle. Após confirmação da infecção por Leishmania chagasi por PCR, os cães
foram divididos em dois grupos (n=10/grupo) e foram tratados durante 90 dias, por via oral,
diariamente, com Aluporinol (droga de referência) ou com um composto químico promissor,
Haloacetamido (droga teste). A cada 30 dias, foi realiza avaliação clínica e bioquímica sérica.
Foram quantificadas também as concentrações séricas de IL-10, IFN-g e Superóxido
dismutase (SOD). A carga parasitária foi monitorada nos linfonodos por PCR em tempo real e
na pele por imunohistoquimica. O acompanhamento dos animais foi continuado até 90 dias
após o final do tratamento. Os resultados obtidos demonstraram que a soroprevalência foi de
29,6%. Do total de cães infectados, a maioria eram machos, jovens, conviviam com outros
animais e se alimentavam de comida caseira. Em relação aos sinais clínicos, 37% eram
assintomáticos e 63% eram sintomáticos. Os cães sintomáticos apresentaram aumento de
anticorpos IgG anti-Leishmania, de NO e de IFN-g, entretanto, apresentaram uma diminuição
na produção de TNF-a. Houve correlação positiva entre os níveis de IgG2 e o número de
sinais clínicos. O tratamento com Haloacetamido reduziu significativamente a carga
parasitária, tanto nos linfondos quanto na pele, e aumentou a produção de SOD no ultimo mês
de tratamento, mas induziu uma piora no quadro clínico, sem alterações séricas hepáticas e
renais, quando comparado ao tratamento com Alopurinol. Entretanto, noventa dias após a
suspensão dos fármacos, não houve diferenças entre os grupos nos parâmetros avaliados, com
exceção das citocinas que forma aumentadas nos animais tratados com Haloacetamido. Dessa
forma, demonstramos que: o NO, associado ao aumento de IFNg, pode induzir diminuição nas
concentrações de TNF-a e concomitante imunossupressão nos cães;, que a produção
aumentada de IgG2 parece estar relacionada ao quadro mais grave da infecção; e que embora
sejam necessários estudos complementares para comprovar a sua eficácia a longo prazo, o
tratamento com o Haloacetamido, pode reduzir a carga parasitária de animais infectados,
aumentando a produção de SOD e regulando a secreção de citocinas. / chagasi protozoan. The mechanisms involved in susceptibility or resistance of dogs to this
infectious disease are controversy. In this work, the epidemiologic, immunological and
therapeutic aspects of CVL were evaluated. Initially it was done an epidemiologic study in
Raposa municipality situated at Sao Luis island, Maranhão state, and highly endemic to CVL.
The trial of serum positive dogs to Leishmania was done by ELISA and the serum positive
dogs were clinically evaluated. The dogs were classified in asymptomatic and symptomatic
according to the clinical status, and their epidemiologic aspects, including sex, presence of
other animals, kind of food, and age were observed. The correlation among anti-Leishmania
IgG1 and IgG2 isotypes and the clinical signs was evaluated. Then, the production of nitric
oxide (NO), interferon-g (IFN-g) and tumor necrosis factor (TNF-a) in the serum and
supernatant of lymph node and spleen cultures was evaluated. In the second phase, dogs from
the Beagle strain was used. After confirmation of Leishmania chagasi infection by PCR, the
dogs were shared in two groups (n=10/group) and were daily treated by oral route, with
aluporinol (reference drug) or a new and promissory chemical compound, haloacetamid (test
drug). The treatment was maintained by 90 days. Each 30 days, the dogs were clinically and
biochemically evaluated. The serum levels of IL-10, IFN-g and Superoxide dismutase (SOD)
were evaluated. The parasite burden was followed at lymph nodes and skin by real time PCR
and imunohistochemistry, respectively. The dogs were followed until 90 days after the end of
treatment. The results showed a prevalence of 29.6% to Leishmania infection. The majority of
infected dogs was male, young, lived with other animals and was fed with house food. The
clinical evaluation shown that 37% of the dogs were asymptomatic and 63% were
symptomatic. The symptomatic dogs shown increase of anti-Leishmania IgG antibody, NO
and IFN-g. However, they shown decrease of TNF-a production. There was a positive
correlation only between the IgG2 levels and the clinical signs number. The treatment with
haloacetamid reduced the parasite burden in the lymph nodes and in the skin and increased the
SOD production however the dogs became worst at the third month of treatment, even so they
did not show alterations in the liver and kidney biochemical profile when compared to the
Alopurinol group. Nevertheless, ninety days after the suspension of the treatments, there was
no difference between the groups at all the evaluated parameters, with exception of cytokine
which was increased in the Haloacetamid group. Hence, we shown here that: the NO
associated to the IFNg increase can induce a decrease of TNF-a and an immunesuppressive
status in the dogs; the increased production of IgG2 seems to be related to the infection
progression; and finally, however more studies are necessary to verify the long term efficacy
of the haloacetamid, the treatment by three months with this product can reduce the parasite
burden from infected dogs by increasing the SOD production and regulating the cytokines
secretion.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.arca.fiocruz.br:icict/7211
Date January 2011
CreatorsSilva, Lucilene Amorim
ContributorsMendonça, Ivete Lopes de, Silva, Ana Lúcia Abreu, Gondim, Luis Fernando Pita, Santos, Washington Luis Conrado dos, Barral, Aldina Maria Prado, Barral, Aldina Maria Prado
PublisherCentro de Pesquisas Gonçalo Moniz
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da FIOCRUZ, instname:Fundação Oswaldo Cruz, instacron:FIOCRUZ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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