O Diabetes Mellitus Tipo 2 (DM 2) e um distÃrbio endÃcrino de difÃcil tratamento. A terapia medicamentosa visa manter o controle metabÃlico necessÃrio para reduzir o risco de complicaÃÃes crÃnicas, bem como melhorar a qualidade de vida dos portadores desse agravo. Por ser um distÃrbio metabÃlico progressivo e complexo, a evoluÃÃo do diabetes depende do manejo do paciente relativo ao seu tratamento, muitas vezes demandando o uso da polifarmÃcia, para manter a normoglicemia. O objetivo do estudo foi avaliar a ocorrÃncia de adesÃo ou nÃo ao tratamento farmacolÃgico e a correlaÃÃo com a polifarmÃcia entre os pacientes com diabetes tipo 2 atendidos na rede pÃblica de saÃde no municÃpio de Fortaleza, CearÃ. Trata-se de um estudo transversal e exploratÃrio, constituÃdo por 235 portadores de DM Tipo 2, selecionados de forma sequenciada durante o atendimento no Centro de SaÃde AnastÃcio MagalhÃes (CSAM) (116/235) e AmbulatÃrio de Diabetes do Hospital UniversitÃrio Walter CantÃdeo (HUWC) (119/235). Para mensurar a prevalÃncia e adesÃo ao tratamento foi empregado o mÃtodo do autorrelato sendo considerado adesÃo adequada quando o paciente relatava fazer uso de pelo menos 90% do tratamento proposto. A polifarmÃcia foi definida como a utilizaÃÃo de 2 ou mais medicamentos e classificada em polifarmÃcia alta (acima de 5 medicamentos), moderada (4 a 5 medicamentos) e baixa (2 a 3 medicamentos). Para a anÃlise dos dados, foram utilizados os programas estatÃsticos Stata e Graph pad prism 5.0, sendo aplicado os testes t de Student, qui-quadrado e ANOVA com nÃvel de significÃncia com p<0,05. O grupo estudado foi constituÃdo em sua maioria por indivÃduos do gÃnero feminino 68,9%, com media de idade de 59,3 anos ( 12,7), a maioria casados (51,9%), com predomÃnio de baixa escolaridade e renda (48,4% com 5 a 9 anos de estudo e 49,5% com mÃdia familiar de 1 salÃrio mÃnimo. A principal comorbidade verificada foi a hipertensÃo arterial (30%), a complicaÃÃo crÃnica mais incidente foi a retinopatia diabÃtica (36,5%). A maioria dos pacientes (50,2%) tinha entre 1 e 10 anos de doenÃa e relatava ter apoio familiar na conduÃÃo do tratamento (62%). A terapia com polifarmÃcia foi evidenciada em 88,4% dos casos, havendo predomÃnio de polifarmÃcia moderada. Foram utilizados em mÃdia 7,5 comprimidos por pessoa dentre 19 tipos de fÃrmacos prescritos. A adesÃo a terapÃutica prescrita foi relatada por 88,2% dos pacientes avaliados, nÃo havendo associaÃÃo com a polifarmÃcia. A partir destes dados, se conclui que a polifarmÃcia à uma condiÃÃo de elevada prevalÃncia e que nÃo està invariavelmente associada a pior adesÃo a terapÃutica. Embora a combinaÃÃo de fÃrmacos de modo racional possa maximizar a eficiÃncia do tratamento, deve-se dispensar atenÃÃo especial aos perfis clinico-epidemiolÃgicos de maior potencial de benefÃcio. / The Diabetes Mellitus type 2 (DM2) is an worldwide endocrine disorder. The therapy drug-based aims maintain metabolic control and improving the quality of life (QoL) of patients. The evolution of diabetes depends upon the management of the treatment by the patient, requiring the use of polypharmacy to maintain the levels of the glucose. We evaluated the occurrence of adherence or non-adherence to the drug therapy and the correlation with polypharmacy among patients with DM2 treated in the public system healthcare in Fortaleza, CearÃ. The study was designed as exploratory cross-sectional comprising 235 patients with DM2, selected during the interview in the Health Centre Outpatient AnastÃcio MagalhÃes and University Hospital Walter Cantidio. The data were collected by self-report method. The criteria to adherence was considered follow at least 90% of the proposed treatment. Polypharmacy was defined as the use of two or more drugs and classified as; high (>5), moderate (4 to 5) and low (2 to 3) drugs. The statistical analysis was performed using Stata 5.0 and Graph pad prism 5.0, tests used were the Student t test, chi-square, ANOVA, with significance level of 95% (p <0.05). The study group consisted of 68.9% women, mean age of 59.3 years ( 12.7), mostly married (51.9%), with a predominance of few years of education and low income (48.4 % with 5-9 years of education and 49.5% with an average family of 1 minimum wage. We assessed the comorbidities and the results was the retinopathy (36.5%) as the most frequent complication followed by hypertension (30%). Furthermore most patients (50.2%) had between 1 and 10 years of disease and reported to have family support in the conduct of treatment (62%). Regarding the polypharmacy therapy was observed in 88.4% of cases, with a prevalence of moderate type. Were used on average 7.5 pills/person among 19 types of prescribed drugs. Adherence to prescribed therapy was reported by 88.2% of patients, with no association to polypharmacy. These results indicate that polypharmacy is a highly prevalent condition and is not invariably associated with poor adherence to therapy. Although the combination of drugs in a rational way often can maximize the efficiency of treatment, has to consider the clinical-epidemiologic profiles as greatest potential benefit.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:6981 |
Date | 28 September 2012 |
Creators | Kiarelle LourenÃo Penaforte |
Contributors | Renan MagalhÃes Montenegro JÃnior, Adriana Rolim Campos Barros, Jeovà Keny Baima Colares, Jaqueline Caracas Barbosa |
Publisher | Universidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em SaÃde PÃblica, UFC, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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