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Fração endógena e recuperação urinária de derivados de purinas em novilhas Nelore e Holandesas / Endogenous fraction and urinary recovery of purine derivatives in Nellore and Holstein heifers

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Previous issue date: 2011-07-18 / This work aimed to quantify the endogenous purine derivatives in urine and establish the proportion of purines raised in abomasum that were recovered in urine of Nellore and Holsteins heifers, using abomasal infusion of RNA (Torula yeast) as source of purine. Eight heifers fistulated in rumen and abomasum were used, being four Nelore (Ne) and four Holsteins (Hol), with body weight (BW) of 270±7,76 and 225±7,16 kg, respectively, fed corn silage and concentrate (60:40). The feed intake was adjusted in 13 g/ kg BW. The heifers were allocated in two 4x4 Latin square design (LS), and each LS was composed by a genetic group and balanced for residual effect. The treatments consisted of increasing abomasum infusions (0, 33, 66, and 100 mmol/d). The experimental periods were constituted of 5 days to adaptation and 9 for sample collection. The sampling of the abomasal digesta and feces collection was made in days 6th to 9th, RNA infusion in days 9th to 13th, the total urine and feces collection in day 10th to 13th and sampling of rumen digesta for bacterial isolation in day 14 th. From 1st to 9th day of each experimental period
each animal received 15 g of chromic oxide (Cr2O3), as external marker, in a single dose, via ruminal cannula at 10h00, to obtain the DM flow in abomasum. A 2-way Foley catheter with a 30-mL balloon was used during the total urine collection. The purine bases flow in abomasum was obtained with the sum of the value of each animal before infusion with the respective amount infused. The abomasal flow of DM was obtained from the ratio between the amounts of the Cr2O3 administered and its concentration in the abomasal digesta sample. The amount of microbial nitrogen in the abomasum was calculated using the abomasal N-RNA flow divided by the N-RNA:totalN ratio in the isolated bacteria at the rumen. The endogenous losses and the purine bases recovery as urinary PD were estimated by a linear regression between the daily urinary PD excretion (Y) and the purine bases in the abomasum (X), expressed in mmol/kg0,75, respectively represented by the intercept and by the regression coefficient, respectively. The statistical analyses were performed using PROC MIXED (SAS) assuming homogeneous variances among treatments by Kenward-Roger. The statistical procedures were conducted considering 0,05 as critical level of probability from the type I error. The means of nutrient intake were 3,40 kg/d of DM; 3,26 kg/d of organic matter (OM); 0,36 kg/d of crude protein (CP); 0,08 kg/d of ether extract (EE); 1,14 kg/d of neutral detergent fiber corrected ash and protein (apNDF); 1,70 kg/d of nonfiber carbohydrates (NFC) and 2,53 kg/d of total digestible nutrients (TDN); 13,72 and 4,63 g DM/kg BW of DM and apNDF, respectively. Abomasal infusion of RNA and the genetic groups did not affect the feed intake, when expressed in g/kg of BW and the total apparent digestibility of DM, OM, EE, CP apNDF and NFC (P>0,05) with means of 728,5; 744,9; 847,1; 601,0; 859,4 and 743,6 g/kg DM, respectively. The ruminal digestibility means of DM, OM, CP, EE, NDFap and NFC were 624,0; 664,5; 211,1; 134,4; 903,0 and 629,6 g/kg DM, respectively, and not differ (P>0,05) between the levels of infusion and the genetic groups. In relation to the daily urinary PD excretion (Y) and the purine bases in the abomasum (X), the follow equations were obtained: Ŷ= 0,389 + 0,926 X, when 0,389 mmol/kg0,75 represented the endogenous PD excretion and 0,926 was the urinary recovery of the purine bases in Nellore heifers; Ŷ= 0,439 + 0,911 X, when 0,439 mmol/kg 0,75 represented the endogenous PD excretion and 0,911 was the urinary recovery of the purine bases in Holsteins heifers; Ŷ = 0,405±0,148 + 0,923±0,077 × X; sXY = 0,219, when 0,405mmol/kg0,75 represented the endogenous PD excretion and 0,923 was the urinary recovery of the purine bases in both genetic groups. After adjustment of regression models, we observed that the latter equation can be used both for Nellore and for Holstein heifers. The urinary excretion of creatinine was 27,23 mg/kg BW and was not affected (P>0,05) by abomasal infusion of RNA and by genetic groups. In conclusion, there is no difference between Nellore and Holstein heifers for endogenous fraction of PD, for urinary recovery of purine bases and for the urinary excretion of creatinine. The mean values were 0,405, mmol/kg0,75 0,92 and 27,23 mg/kg BW, respectively. / Objetivou-se quantificar a contribuição endógena para a excreção urinária de
derivados de purinas (DP) e estabelecer a proporção de purinas no abomaso recuperadas na urina, bem como pesquisar possíveis diferenças entre as raças Nelore e Holandesa através da infusão abomasal de RNA (Torula yeast) como fonte de purinas. Utilizaram-se oito novilhas fistuladas no rúmen e no abomaso, sendo quatro Nelore (Ne) e quatro Holandesas (Hol), com pesos corporais (PC) de 270±7,76 e 225±7,16 kg, respectivamente, alimentadas com dieta a base de silagem de milho e concentrado na proporção de 60:40. Os animais foram distribuídos nos tratamentos segundo o delineamento em dois quadrados latinos (QL) 4 x 4, balanceados para efeito residual, sendo um QL para cada grupo genético. Os tratamentos experimentais foram constituídos de infusões no abomaso de RNA nas doses de 0; 33; 66 e 100 mmol/dia. Após sete dias de ajustamento ao nível de ingestão da dieta a 13 g MS/kg do PC, cada período experimental com duração de 14 dias decorreu da seguinte maneira: 1° ao 5° dia, adaptação; 6° ao 9° dia, coleta de digesta de abomaso e de fezes; 9º ao 13º, infusões de RNA no abomaso; 10º ao 13º dia, coleta total de urina e de fezes; 14º
dia, coleta de digesta de rúmen para isolamento de bactérias. Do 1° ao 9° dia de cada período experimental, cada animal recebeu 15 g de óxido crômico (Cr2O3), como indicador externo, em única dose, sendo administrado via fístula ruminal sempre às 10h00, para se obter o fluxo de MS no abomaso. Para a coleta total de urina foram utilizadas sondas do tipo Folley n° 22, duas vias, com balão de 30 mL. O fluxo de bases purinas em cada período no abomaso foi obtido somando-se o valor de cada animal antes da infusão com a respectiva quantidade infundida, enquanto o fluxo de MS abomasal foi obtido pela relação entre a quantidade do indicador externo oferecido e a sua concentração nas amostras de digesta. A quantidade de compostos nitrogenados microbianos no abomaso foi calculada
através do fluxo de N-RNA presente no abomaso dividido pela relação N-RNA:N-total nas bactérias isoladas do rúmen. As perdas endógenas e a recuperação de bases purinas como derivados de purinas foram estimadas por regressão entre a excreção diária dos derivados de purinas na urina (Y) e as bases purinas no abomaso (X), expressas em mmol/kg0,75, representadas, respectivamente, pelo intercepto e pelo coeficiente da regressão. As análises foram conduzidas utilizando-se o PROC MIXED do SAS pressupondo-se variâncias
homogêneas entre tratamentos, sendo os graus de liberdade estimados pelo método de Kenward-Roger. Os procedimentos estatísticos foram conduzidos considerando-se 0,05 como nível crítico de probabilidade para o erro tipo I. Os consumos médios de MS, matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro corrigida para cinzas e proteína (FDNcp), carboidratos não fibrosos (CNF) e de nutrientes digestíveis totais (NDT), expressos em kg/dia e, os de MS e FDNcp expressos em g MS/kg PC foram 3,40; 3,26; 0,36; 0,08; 1,14; 1,70; 2,53 kg/dia; 13,72 e 4,63 g MS/kg PC, respectivamente. Os consumos não diferiram (P>0,05) para as quatro doses de infusão de RNA no abomaso e entre os grupos genéticos, quando expressos em relação ao PC. As digestibilidades aparentes totais de MS, MO, EE, FDNcp e CNF e os teores NDT não foram influenciados (P>0,05) pelas doses de infusão e pelos grupos genéticos, sendo em média de 728,5; 744,9; 847,1; 601,0; 859,4 e 743,6 g/kg MS , respectivamente. As digestibilidades ruminais médias para MS, MO, PB, EE, FDNcp e CNF foram de 624,0; 664,5; 211,1; 134,4; 903,0 e 629,6 g/kg MS, respectivamente, e não diferiram (P>0,05) entre as doses de infusão e os grupos genéticos. Relacionando a excreção de derivados de purinas na urina (Ŷ) e as quantidades de bases purinas no abomaso (X), foram obtidas as seguintes regressões: Ŷ= 0,389 + 0,926 X, onde 0,389 representa a fração endógena dos derivados de purinas na urina e 0,926, a recuperação das bases purinas para novilhas Nelore; Ŷ= 0,439 + 0,911 X, sendo a fração endógena igual a 0,439 mmol/kg0,75 e a recuperação de bases purinas igual a 0,911 para novilhas Holandesas; Ŷ = 0,405±0,148 + 0,923±0,077 × X; sXY = 0,219, onde 0,405 mmol/kg0,75 representa a fração endógena e 0,92 representa as bases purinas recuperadas para os dois grupos genéticos em conjunto. Após ajuste dos modelos de regressão, observou-se que a equação conjunta pode ser utilizada tanto para novilhas Nelore quanto para Holandesas. A excreção urinária média de creatinina foi de 27,23 mg/kg PC, não sendo afetada (P>0,05) pela infusão abomasal de RNA e pelos grupos genéticos. Conclui-se que não há diferenças entre novilhas Nelore e Holandesas para a fração endógena de DP, para a recuperação urinária de purinas e para a excreção de creatinina que são, em média, 0,405 mmol/kg0,75, 0,92 e 27,23 mg/kg PC, respectivamente.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:localhost:123456789/5081
Date18 July 2011
CreatorsPrates, Luciana Louzada
ContributorsValadares Filho, Sebastião de Campos, Detmann, Edenio, Valadares, Rilene Ferreira Diniz, Marcondes, Marcos Inácio, Paulino, Mário Fonseca
PublisherUniversidade Federal de Viçosa, Mestrado em Medicina Veterinária, UFV, BR, Biotecnologia, diagnóstico e controle de doenças; Epidemiologia e controle de qualidade de prod. de
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFV, instname:Universidade Federal de Viçosa, instacron:UFV
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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