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Seqüências siluro-devoniana e eocarbonífera da Bacia do Parnaíba, Brasil, como análogos para a explotação de hidrocarbonetos

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Previous issue date: 2005 / No presente estudo sobre as seqüências devoniana e eocarbonífera aflorantes da
Bacia do Parnaíba, como subsídio análogo para o entendimento de possíveis
rochas-reservatório de hidrocarbonetos, foram estudados dez afloramentos
localizados na região central do Estado do Piauí, geologicamente inseridos na
borda sudeste da Bacia do Parnaíba. Três afloramentos mostram estratos silurianos
do Grupo Serra Grande (Ipú 1, Jaicós 1 e 3) e os demais exibem camadas do
devoniano ao eocarboníferas do Grupo Canindé (Itaim/ Pimenteiras 1 e 2, Cabeças
1 e 2, Poti 1, 2 e 3). As seqüências sedimentares aflorantes confirmam a existência
de dois ciclos sedimentares distintos ocorridos na Bacia, comandados por variações
de níveis eustáticos de um mar interior: uma seqüência devoniana e uma seqüência
devoniano-eocarbonífera. A seqüência devoniana está representada pela
Formação Cabeças, depositada em ambiente transicional de frente deltaica
proximal, dominado por fácies canalizadas e sigmoidais. A seqüência devonianoeocarbonífera
compõe uma mesma sucessão deposicional de plataforma marinha
rasa flúvio-deltaica, onde as fácies mais proximais pertencem à Formação Poti e, as
mais distais, à Formação Longá. A Formação Poti foi depositada sob sistema fluvial
meandrante em extensa planície de inundação com certa influência marinha e de
tempestades. Oito fácies sedimentares foram identificadas: conglomerados
suportados por clastos (Gcm), arenitos com estratificação cruzada de baixo ângulo
(Sl), arenitos com estratificação cruzada planar (Sp), arenitos com estratificação
cruzada acanalada/festonada (St), arenitos com marcas de ondas ou hummocky
(Sr), arenitos com estratificação planoparalela ou climbing ripples (Sh) e siltitos a
arenitos muito finos estratificados e com acamamento ondulado (Fl). A Formação
Ipú, visualizada no afloramento IP-1, apresenta quatro fácies de uma fase
eminentemente clástica de barras longitudinais de leitos fluviais entrelaçados de um
fandelta submerso. A Formação Jaicós, com grande continuidade lateral e
geometria geralmente tabular, foi analisada em dois afloramento (JC-1e JC-2),
mostrando quatro diferentes fácies de um canal fluvial primário de baixa energia
com migração de barras longitudinais truncadas por canais rasos. As formações
Itaim-Pimenteiras apresentam cinco fácies areníticas: no afloramento ITP-1 sugerem
uma deposição em frente deltaica de retrogradante a progradante de alta
energia, e no afloramento ITP-2, com a maior variedade faciológica na seqüência
do Grupo Canindé, uma deposição estuarina de regiões costeiras com interferência
de correntes de baixa energia. A Formação Cabeças, analisada em doisafloramentos de ampla continuidade lateral (CAB-1 e CAB-2), mostrou três fácies
arenosas atribuídas à deposição em planície deltaica com canais distributários
ativos, em barras de embocadura e com lobos migrando em direção ao centro da
bacia. E a seqüência regressiva entre as formações Longá e Poti foi avaliada em
três extensos afloramentos PT-1, PT-2 e PT-3, revelando quatro fácies relacionadas a
um ambiente fluvial meandrante com acreção lateral de barras, e periódicas
variações da velocidade de correntes. Três tipos principais de sistemas
deposicionais foram identificados por: depósitos plataformais constituídos por pelitos
laminados e arenitos finos com estratificação cruzada hummocky e plano-paralela
(em todas as unidades estratigráficas); depósitos litorâneos de arenitos finos a
médios com estratificação cruzada sigmoidal, ritmitos relacionados a planícies de
maré, arenitos bioturbados e siltitos com laminação plano-paralela (formações
Itaim, Cabeças e Poti); e depósitos fluviais principalmente do tipo anastomosado
compostos por arenitos grossos a conglomeráticos com estratificação cruzada
acanalada de barras e dunas em sistema sub-aquoso entrelaçado (formações
Jaicós e Poti). A correlação de afloramentos com perfis de RG possibilitou a
identificação de 52 marcos elétricos ou estratigráficos, definindo-se também três
seqüências deposicionais (da base para o topo): devoniana (do marco Jaic até o
M200), devoniano-eocarbonífera (do marco M200 até abaixo do M015), e
eocarbonífera (do marco M015 até o M010). A seqüência devoniana mostra um
intervalo transgressivo, correspondendo à Formação Itaim e parte da Formação
Pimenteiras, e um intervalo regressivo, correspondente às formações Pimenteiras e
Cabeças. É possível individualizar conjuntos de parasseqüências que correspondem
a uma seqüência vertical de fácies tempestíticas do tipo shoaling upward, sendo
frequentemente recobertas por um folhelho radioativo correspondente à superfície
de inundação da parasseqüência. A seqüência devoniano-eocarbonífera
apresenta um intervalo transgressivo corresponde à metade inferior da Formação
Longá e é formado por duas parasseqüências que representam sistemas
deposicionais de plataformas dominadas por tempestades. O intervalo regressivo
corresponde à Formação Poti, onde são individualizados dois conjuntos de
parasseqüências. Uma simulação numérica sintética dos dados adquiridos no
presente estudo demonstra que a análise faciológica detalhada de afloramentos
pode oferecer subsídios bastante interessantes na investigação de reservatórios
análogos de hidrocarbonetos

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/6502
Date January 2005
CreatorsHugo Santos, Victor
ContributorsFerreira de Lima Filho, Mário
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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