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AvaliaÃÃo da atividade neuroprotetora do extrato padronizado de Camellia sinensis e de seus princÃpios bioativos: envolvimento de aÃÃes anti-inflamatÃrias e antioxidantes / Neuroprotective properties of the standardized extract from Camellia sinensis (Green tea) and its main bioactive components: involvement of anti-inflammatory and antioxidant actions

CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior / A doenÃa de Parkinson (DP) à uma desordem neurodegenerativa caracterizada pela destruiÃÃo dos neurÃnios nigroestriatais dopaminÃrgicos. O tratamento atual à apenas sintomÃtico e, atà o presente momento, nÃo existem drogas capazes de inibir a degeneraÃÃo neuronal. Assim à grande a procura por agentes neuroprotetores que possam impedir ou retardar a progressÃo desta doenÃa. A Camellia sinensis à uma espÃcie da famÃlia Theaceae, popularmente conhecida como chÃ-verde (CV). VÃrios estudos tÃm demonstrado os efeitos benÃficos desta planta e de seus princÃpios bioativos contra doenÃas neurodegenerativas. O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito neuroprotetor do extrato padronizado do chÃ-verde e de suas catequinas, epicatequina (EC) e epigalocatequina 3-galato (EGCG), no modelo de DP induzida por 6-OHDA em ratos, bem como estudar o efeito do CV em modelos de inflamaÃÃo e nocicepÃÃo. Os animais (ratos Wistar machos, 180-250 g) foram tratados por via oral com CV (25 ou 50 mg/kg), catequinas (EC ou EGCG, na dose de 10 mg/kg), a associaÃÃo de CV (25 mg/kg) + L-DOPA (25 mg/kg) e com L-DOPA sozinha (nas doses de 25 ou 50 mg/kg) durante 14 dias consecutivos; os tratamentos foram iniciados 1h antes da lesÃo estriatal unilateral por 6-OHDA (24 Âg/2ÂL). Nos testes comportamentais, os resultados mostraram que houve um aumento significativo do nÃmero de rotaÃÃes induzidas por apomorfina, diminuiÃÃo da atividade locomotora no teste do campo aberto, aumento do tempo de imobilidade no teste no nado forÃado, aumento do tempo de encontro da plataforma no teste do labirinto aquÃtico e aumento do nÃmero de quedas no teste do rota rod nos animais lesionados com 6-OHDA, em comparaÃÃo com os animais falso-operados. Essas modificaÃÃes foram, em parte ou totalmente, revertidas apÃs os tratamentos com CV, CV + L-DOPA, EC, EGCG e L-DOPA sozinha. A 6-OHDA provocou morte neuronal, evidenciada pela reduÃÃo dos nÃveis de dopamina e metabolitos (DOPAC e HVA) no estriado direito lesionado quando comparado com o estriado esquerdo nÃo-lesionado (contralateral). Essa depleÃÃo foi significativamente atenuada nos animais lesionados e tratados com CV, L-DOPA, EC, EGCG e associaÃÃo CV 25 + L-DOPA 25; estas mesmas drogas diminuÃram os nÃveis de TBARS (indicador de peroxidaÃÃo lipÃdica) e nitrito/nitrato (indicador de estresse oxidativo) no estriado de ratos submetidos a lesÃo estriatal por 6-OHDA. Experimentos in vitro demonstraram que o CV (0,1-100 Âg/Âl) apresentou um forte efeito antioxidante, ao reduzir a produÃÃo de substÃncias oxidantes em neutrÃfilos humanos estimulados por PMA. Na coloraÃÃo de Nissl, observou-se que nos animais lesionados e tratados com CV, EGCG e CV + L-DOPA houve uma preservaÃÃo dos neurÃnios hipocampais. Os tratamentos com CV e CV+L-DOPA aumentaram a imunorreatividade para TH e diminuÃram a imunomarcaÃÃo para COX-2 no estriado, bem como o CV e EGCG atenuaram a marcaÃÃo para iNOS no hipocampo dos animais tratados, em relaÃÃo ao grupo controle. Observou-se que o CV potencializou os efeitos da L-DOPA, evidenciando um possÃvel efeito sinÃrgico entre essas drogas. Em outra etapa do estudo, avaliou-se a atividade anti-inflamatÃria/antinociceptiva do CV. Assim, no modelo de edema de pata, induzido por carragenina ou dextrano, verificou-se uma diminuiÃÃo do volume do edema da pata dos ratos, apÃs tratamento com CV, em relaÃÃo aos do grupo controle (tratado apenas com Ãgua destilada). O CV produziu efeito antinociceptivo, nos testes da formalina e das contorÃÃes abdominais, induzidas por Ãcido acÃtico, como tambÃm nos testes da placa quente e de Hargreaves, possivelmente atravÃs da ativaÃÃo de receptores opioides e da reduÃÃo do processo inflamatÃrio. Nestes testes de nocicepÃÃo e inflamaÃÃo, o CV potencializou os efeitos da morfina, indometacina e dexametasona. Portanto, nossos resultados evidenciaram os efeitos neuroprotetores do CV e de seus princÃpios bioativos, EC e EGCG, possivelmente decorrentes de suas propriedades anti-inflamatÃrias e antioxidantes, tornando-as opÃÃes terapÃuticas futuras para a prevenÃÃo ou tratamento de doenÃas neurodegenerativas, como a doenÃa de Parkinson.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:10013
Date27 February 2015
CreatorsNatÃlia Bità Pinto
ContributorsGlauce Socorro de Barros Viana, Iri Sandro Pampolha Lima, AntÃnio Josà Lapa, SilvÃnia Maria Mendes Vasconcelos, Carlos Augusto Ciarlini Teixeira
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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