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Habitos bucais e outros comportamentos considerados nocivos a oclusão dentaria : (contribuição ao seu estudo)

Orientador : Manoel Carlos Muller de Araujo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Odontologia de Piracicaba / Made available in DSpace on 2018-08-03T12:51:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 1973 / Resumo: Com base na literatura ortodôntica apresentada a partir de 1930, pudemos empreender um estudo dos habitas bucais e outros comportamentos considerados nocivos à oclusão dentária. Encontramos muitas opiniões concordantes e algumas divergências, como era esperado. O assunto nos pareceu interessantíssimo e muito amplo, abrangendo a necessidade dos conhecimentos sobre Psicologia, Pediatria e Puericultura, além daqueles sobre Ortodontia. E, talvez por isso, a questão permanece crivada de dúvidas para muitos. Procuramos aclarar alguns pontos julgados fundamentais para oferecer a nós mesmas respostas que acreditamos serem a necessidade também de muitos odontopediatras e ortodontistas. Detivemo-nos, inicialmente, na busca das conceituações e na avaliação dos métodos utilizados pelos autores, no estudo do problema. Ao tentarmos, em seguida, encontrar os "porquês", agrupamos e analisamos as explicações encontradas para etiologia desses comportamentos. Neste capítulo, enumeramos interessantes conceitos, basicamente divididos entre os que seguem as escolas psicológicas e os que tendem mais para um determinismo funcional e estrutural. Em outras palavras, deparamo-nos com autores entendendo os hábitos como manifestações psíquicas e emocionais, enquanto outras explicam-nos como resultantes de desvios funcionais de nutrição principalmente da amamentação, respiração, coordenação neuro-muscular, ou ainda derivadas das próprias condições estruturais do sistema estômato-gnático. Procuramos, a seguir, expor considerações o respeito dos possíveis efeitos dos hábitos sobre a oclusão dentária e estruturas afins. Neste particular, duas correntes fundamentais se formam: a que salienta a nocividade dos hábitos e a que defende sua inocuidade para a oclusão. Dentre os numerosos autores que constituem a primeira corrente, há os que admitam efeitos somente sobre a posição dentária e os que consideram também a possibilidade de serem afetadas as partes ósseas dos maxilares. No que tange ao tratamento dos hábitos, as escolas se avolumam, compreendendo: 1) os que preconizam um ataque direto a esses comportamentos, mediante o uso de inúmeros dispositivos e expedientes inibidores o até punitivos, 2) os que recomendam ser o problema simplesmente ignorado, 3)os que só admitem tratamento psicológico e 4) aqueles que, talvez mais sensata objetivamente, preconizam tratamento com intervenção do ortodontista, do psicólogo, do pediatra, do foniatra e, eventualmente, do otorrinolaringologista, somadas à estreita colaboração dos pais. As divergências, por vezes aventadas, entre os pontos de vista dos médicos, dos ortodontistas o psicolnnos, nos parecem muito naturais e lógicas. E não se nos afiguram como situações conflitantes ou opostas. Notamos apenas uma certa relutância, de parte a parte, na aceitação dos conceitos e métodos adotados por uns e outros, o que certamente ocorre pelas limitações de formação profissional em cada um desses setores. Entendemos estarem errados os psicólogos e pediatras ao negligenciarem a possibilidade de encarar os hábitos bucais como nocivos a, pelo menos, uma parte das estruturas do corpo humano, cujas alterações e anormalidades podem, por sua vez, causar desajustes psíquicos e prejudicar a sociabilidade da criança. Entendemos errados os ortodontistas e odontopediatras que, preocupados com seu limitado campo de atuação, esquecem-se do paciente como um todo, buscando soluções imediatistas para questões que demandam conhecimentos de outras áreas da Medicina. Todavia, é com satisfação que notamos uma certa evolução no pensamento dos autores mais sensatos, ao encontrados psicólogos admitindo as preocupações dos ortodontistas e estes, talvez há mais tempo, procurando aplicar, ainda que rudimentarmente, alguns princípios da Psicologia. Abrem-se, pois, os caminhos racionais para a solução mais eficiente e humana de um dos problemas mais desagradáveis para o ortodontiasta e odontopediatra e seus pequenos pacientes / Abstract: This work was based on a review of orthodontic literature since 1930. It has been found many different opinions about the oral habits and other harmful behaviors to the dental occlusion. This is a very wide field which study includes the necessity of knowledge not only on Orthodontics but also on Psychology, Pediatrics and Child Study. The Author tried to make clear some fundamental points which see med to be the major necessity of many other orthodontists and pedodontists. In studying the problem it was first made an evaluation of the methods utilized by different researchers and attempts were also made to define concepts. In doing this work it was found in the cited literature some authors who understand the habits as an emotional and psychological manifestation and others who explain them as a result of functional deviation of nutrition (mainly. breast feeding], respiration, neuro-muscular coordination or derived also from the inner structural conditions of the stomato-gnathic system. In relation to the- effects on the habits on the dental occlusion and alike structures there are two basic chains of opinions: one which emphasizes the harmfulness of the habits and other which defends its innocousness. Among the great number of researchers who belongs to the first chain there are those who accept effects only upon the dental position and others who consider also the possibility of effects on the bone structures of the jaws. In relation to the treatment of the habits there are several opinions: 1) those who recommend a direct attack to this behaviors, by using various inhibitory and even punitive devices, 2) those who recommend be the problem just ignored, 3) those who only admit psychological treatment and finally 4) the ones, perhaps more wisely, who recommend the treatment by an orthodontist, a pediatrician, a speech therapist and eventually, a rhinologist, all of them with a close cooperation of the parents. Ocasionally, the divergences suggested, among physicians, orthodontists and psychologists points of view seem natural and logic to the Author. It has been noted onlyya certain reluctance, from any of the sides, to accept the concepts and methods adopted by one or another, which occurs in function of some natural limitations of the professional formation in each of these areas. The Author does not agres with the psychologists and pediatricians who neglect the possibility to consider the harmfulness of oral habits to, at least, a part of the human body structures, which deviations and abnormalities may cause psychological and social disadjustment to the child. Likewise the Author does not agree with those orthodontists and pedodontists who concerned with their limited field of work forget the patients as human beings, looking for immediats solutions for problems that frequently demand other medical knowledges. However, nowadays, it has bean noted a certain evolution in the thoughts of the researchers, so it is appearing psychologists who admit the orthodontists problems and vice-versa / Mestrado / Ortodontia / Mestre em Ciências

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/289829
Date03 August 2018
CreatorsBacchi, Everaldo Oliveira Santos, 1942-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Araujo, Manoel Carlos Muller de, 1927-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Odontologia de Piracicaba, Programa de Pós-Graduação em Ciências
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format138f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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