O experimento foi realizado no Biotério Experimental da USP em Pirassununga - SP. Na primeira fase foram utilizados 42 coelhos machos em crescimento da raça Nova Zelândia mantidos individualmente durante todo o experimento. O ensaio biológico totalizou 150 dias. Na Fase 1 os animais receberam dietas com indução de hipercolesterolemia (0,5% de colesterol), com desequilíbrio na proporção de Omega-6/Omega-3 (n-6:n-3) de 15:1 e vice versa e balanço na proporção de n-6:n-3 de 4:1 (controle), totalizando 6 ensaios, os quais foram divididos aleatoriamente em 7 grupos de 6 coelhos cada. Óleos de girassol e de peixe foram utilizados como fontes de ácidos graxos poli-insaturados n-6 e n-3, respectivamente. Na Fase 2, os animais remanescentes continuaram recebendo as mesmas dietas, exceto no grupo B (hipercolesterolemia) que passou a receber o tratamento controle para verificar o efeito. No final da Fase 1, três animais de cada grupo foram eutanasiados com retirada da artéria aorta para determinação de placas lipídicas, histopatológica, colesterol total e imunohistoquímica para verificação da expressão da enzima LDL-receptor e determinação histopatológica do tecido hepático. Em soro foram realizadas determinações de perfil de ácidos graxos, colesterol total, LDL e HDL-colesterol e triacilgliceróis. Células endoteliais aórticas de coelhos foram isoladas para a realização do teste dose resposta com óleo de peixe para identificar a melhor relação do consumo destes ácidos graxos comparando com o experimento in vivo. O objetivo deste trabalho foi monitorar os efeitos do fornecimento de cada dieta sobre o teor de colesterol total, LDLcolesterol, HDL-colesterol e triacilgliceróis em sangue de coelhos. No geral, o perfil de ácidos graxos no soro correspondeu diretamente com a dieta consumida. Os principais efeitos dos ácidos graxos poli-insaturados Omega 3 foi a redução dos lipídios séricos quando os coelhos remanescentes da dieta hipercolesterolêmica (0,5% de colesterol e n-6:n-3 de 2:1) passaram a receber o equilíbrio da relação de ácidos graxos 4:1 de n-6:n-3. O teor de colesterol total no soro, artérias e o crescimento dos ateromas foram influenciados pelo elevado consumo de ácidos graxos n-6 e n-3 associados à adição de colesterol nas dietas. Por outro lado verificamos que o excesso de Omega 3 associado ou não ao colesterol contribuiu para o agravamento das placas ateroscleróticas inclusive deposição de cálcio nas mesmas e paredes endoteliais. Provavelmente, o excesso de n-3 tenha ocasionado efeito contrário às suas funções anti-inflamatória, antiagregatória e anti-trombótica. Dietas hipercolesterolêmicas provocaram esteatose hepática e o elevado consumo de Omega-6 em detrimento do baixo consumo de Omega -3 induziram hepatite crônica. Já o consumo elevado de Omega-3, sem colesterol, regrediu a esteatose hepática nos animais. O consumo equilibrado de n-6:n-3 reduziu a expressão da enzima LDL-receptor no grupo que anteriormente recebeu dieta hipercolesterolêmica. Ressaltando-se a importância do consumo equilibrado destes ácidos graxos já que esta enzima é controlada pelo colesterol livre circulante. No teste dose-resposta em células endoteliais da aorta de coelhos foi evidenciado que a melhor proporção de n-6:n-3 seria de 9 vezes mais do que a concentração de Omega 3 recomendada de 5:1. / The experiment was conducted at the Experimental Biotery by USP in Pirassununga - SP. In the first phase were used 42 male rabbits growing New Zealand breed individually maintained throughout the experiment. The biological assay amounted to 150 days. In phase 1, the animals received diets induced hypercholesterolemia (0.5% cholesterol) with imbalance in the ratio of Omega-6 / Omega-3 (n-6 / n-3) 15:1 and vice versa, and balance the ratio of n-6 / n-3 of 4:1 (control), totaling six tests, which were randomly divided into 7 groups of six rabbits each. Sunflower and fish oils were used as sources of fatty acids polyunsaturated n-6 and n-3, respectively. In Phase 2, the remaining animals continued to receive the same diets except in group B (hypercholesterolemia) who went on to receive the control treatment to check the effect. At the end of Phase 1, three animals from each group were sacrificed with the aorta artery removed for determination of lipid plaques, histopathology, immunohistochemistry and total cholesterol to verify the expression of LDL-receptor enzyme and determination of histopathological liver tissue. In serum profile were made determinations of fatty acids, total cholesterol, LDL and HDL cholesterol and triglycerides. Aortic endothelial cells of rabbits were isolated to perform the dose response test with fish oil to identify the best value for the consumption of these fatty acids compared to the in vivo experiment. The objective of this work was to monitor the effects of provision for each diet on total cholesterol, LDL-cholesterol, HDLcholesterol and triglycerides in the blood of rabbits. In general, the profile of fatty acids in serum corresponded directly with the diet consumed. The main effects of polyunsaturated Omega 3 fatty acids was the reduction of serum lipids when the remaining rabbits with hypercholesterolemic diet (0.5% cholesterol and n-6: n-3 2:1) have received the balance of the relationship fatty acid 4:1 n-6: n-3. The total cholesterol content in serum, the growth of arteries and atheroma were influenced by a high intake of n-6 fatty acids and n-3 associated with the addition of cholesterol in diets. On the other hand we verified that the excess of Omega 3 with or without cholesterol contributed to the aggravation of the atherosclerotic plaques including deposition of calcium in them and endothelial walls. Probably the excess of n-3 has caused the opposite effect to their anti-inflammatory, anti-thrombotic and anti-aggregatory functions. Hypercholesterolemic diets caused hepatic steatosis and high intake of Omega-6 to the detriment of low consumption of Omega -3 induced chronic hepatitis. High consumption of Omega-3, no cholesterol, decreased hepatic steatosis in animals. Highlighting the importance of the balanced intake of this fatty acids, since this enzyme is controlled by circulating free cholesterol. In dose-response test in endothelial cells of the rabbits aorta was evident that the best ratio of n-6: n-3, nine times more than the recommended concentration of Omega 3 to 5:1.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-14052015-095032 |
Date | 04 March 2015 |
Creators | Deborah Pedroso Galles |
Contributors | Mônica Roberta Mazalli Medina, Flavio Vieira Meirelles, Angélica Simone Cravo Pereira |
Publisher | Universidade de São Paulo, Engenharia de Alimentos, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0026 seconds