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Previous issue date: 2017-04-20 / The occupation of determined physical space by the human being and the need of localization
in the geographic space perform that the man names spaces, ensuring his survival. So, by
means of toponymic studies, knowledge which composes the Onomastic, it is verified the
relationship established between the naming and culture and the history. The Toponymy
occupies it studies in the names of places, cities, villages etc., besides of geographical
elements. The research approaches the toponymy from the Brazilian State of Maranhão,
specially focused in the hydronymia from indigenous origin related to the region comprised
for the North Mesoregion from Maranhão that is located inside the hidrographic region of the
western northest ocidental. This area, also known as Frente Litorânea de expansão do espaço
maranhense, represents a dense water network (rivers, lakes, lagoons, streams, igarapes,
swamps) that allowed/allows the displacement and the survival of the man in the Maranhão
territory, as integrant part of the territory which belonged, in the eighteenth century, to the
Maranhão Colonial State which possessed an indigenous population composed by 30 peoples,
approximately 250.000 individuals, being one of the Brazilian centers with a huge density of
indigenous speaks which belongs to two language trunks – Macro-jê and Tupi-Guarani or
Macro-Tupi. Currently, Maranhão has an indigenous self-declared population of 37,272
individuals (IBGE, 2010). Considering this reality, we aim to delineate general trends of the
Maranhão hydronymy, with emphasis on the names of indigenous origin that fall within the
area delimited for this study. For collecting the data, we performed na indirect research in the
public collection, intending to collect old maps, besides of research in documents and official
sites, for the search of current maps. To the achievement of the corpus, it was realized the
survey of: (i) the whole hydronymia of the mesoregion from the North of Maranhão, by
means of current maps from IBGE and (ii) hydronymia in maps from the territoty of
Maranhão from seventeenth, eihteenth, nineteenth and twentieth centuries and in works of
chroniclers as Claude d’Abbeville, Yves d’Évreux and Frei Francisco de Nossa Senhora dos
Prazeres Maranhão The studies of Dauzat (1926), Vasconcelos (1931), Dick (1990, 1992,
1999, 2000, 2001, 2004, 2007), Isquerdo (2006, 2009, 2011), Seabra (2006, 2008, 2012),
Isquerdo e Seabra (2010), Rosselló i Verger (2010) and Mujika Ulazia (2010) based this
research. With this material we constitute the corpus of the research with: (i) current maps
that are inserted in six microregions and total 60 municipalities in Maranhão and correspond
to a total of 823 hydrographies, of which 233 are of indigenous origin (more specifically Tupi
- LT), 551 (NE), and (ii) ancient maps whose data reveal a considerable indigenous presence
in the Maranhão hydronymy of the region investigated. Some rather emblematic examples can
be noticed in Itapecuru-Mirim, Icatu, Pindaré and Mearim. The data presented the
phytotopyms and zootopony taxa of physical nature as the most recurrents, so that the
influence of the environment (vegetables and animals) was significant on the nomination of
the hydronymies collected. According to the data, it was possible to understand the
relationship that the man establishes with the language, culture and environment, since the
toponym, as a part of the lexicon of a language, reflects values and beliefs of a linguistic
community. / A ocupação de determinado espaço físico pelo ser humano e a necessidade de se localizar no
ambiente geográfico fazem com que o homem nomeie esses espaços, garantindo assim sua
sobrevivência. Desse modo, por meio dos estudos toponímicos, área do conhecimento que
compõe a Onomástica, verifica-se a relação que se estabelece entre o ato de nomear e a
cultura e a história. A Toponímia se ocupa do estudo dos nomes de lugares, cidades, aldeias
etc., além de elementos geográficos. Esta pesquisar se volta, portanto, para a toponímia
maranhense, com foco precisamente na hidronímia de origem indígena relativa à região
compreendida pela Mesorregião Norte Maranhense que se situa dentro da Região
Hidrográfica do Atlântico Nordeste Ocidental, na parte maranhense. Essa área, também
conhecida como Frente Litorânea de expansão do espaço maranhense, reúne uma densa rede
hídrica (rios, lagos, lagoas, riachos, igarapés, brejos) que permitiu/permite o deslocamento e a
sobrevivência do homem na região. O Maranhão, como parte integrante do território que
pertenceu, no século XVIII, ao Estado Colonial do Maranhão, possuía uma população
indígena formada por cerca de 30 povos, aproximadamente 250.000 indivíduos, sendo assim
um dos centros brasileiros de maior densidade de falares indígenas pertencentes a dois troncos
linguísticos – Macro-Jê e Tupi-Guarani ou Macro-Tupi. Atualmente o Maranhão conta com
uma população autodeclarada indígena de 37.272 indivíduos (IBGE, 2010). Considerando
essa realidade, objetivamos delinear tendências gerais da hidronímia maranhense, com ênfase
nos nomes de origem indígena que se inserem na área delimitada para este estudo. Para coleta
dos dados realizamos, pesquisa indireta, nos acervos públicos do Estado do Maranhão, com
vista à recolha de mapas antigos. Ainda, em documentos e em sites oficiais, para a busca de
mapas atuais. Para obtenção do corpus, foi realizado o levantamento de: (i) a hidronímia da
Mesorregião Norte Maranhense, por meio de mapas atuais do IBGE (2010) e (ii) da
hidronímia em mapas do território maranhense dos séculos XVII, XVIII, XIX e XX, e em
trabalhos de cronistas, como Claude d’Abbeville, Yves d’Évreux e Frei Francisco de Nossa
Senhora dos Prazeres Maranhão. Os estudos de Dauzat (1926), Vasconcelos (1931), Dick
(1990, 1992, 1999, 2000, 2001, 2004, 2007), Isquerdo (2006, 2009, 2011), Seabra (2006,
2008, 2012), Isquerdo e Seabra (2010), Rosselló i Verger (2010) e Mujika Ulazia (2010)
fundamentaram esta pesquisa. Com esse material constituímos o corpus da pesquisa com: (i)
mapas atuais que estão inseridos em seis microrregiões e somam 60 municípios maranhenses
e corresponde a um total de 823 hidrônimos, sendo 233 de origem indígena (mais
especificamente tupi – LT), 551 de origem portuguesa (LP) e 38 de origem desconhecida, que
foram por nós considerados como não encontrados (NE), e (ii) mapas antigos cujos dados
revelam uma considerável presença indígena na hidronímia maranhense da região investigada.
Alguns exemplos bastante emblemáticos podem ser notados em Itapecuru-Mirim, Icatu,
Pindaré e Mearim. Os dados ainda apresentaram as taxionomias Fitotopônimos e
Zootopônimos, de natureza física, como as mais recorrentes. Desse modo a influência do
ambiente (vegetais e animais) foi significante na nomeação dos hidrônimos coletados. Com
base nesses dados, foi possível entender a relação que o homem estabelece com a língua, a
cultura e o ambiente, uma vez que o topônimo, como parte do léxico de uma língua, reflete
valores e crenças de uma comunidade linguística.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2:tede/1617 |
Date | 20 April 2017 |
Creators | Pereira, Edson Lemos |
Contributors | Ramos, Conceição de Maria de Araújo |
Publisher | Universidade Federal do Maranhão, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM LETRAS/CCH, UFMA, Brasil, DEPARTAMENTO DE LETRAS/CCH |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMA, instname:Universidade Federal do Maranhão, instacron:UFMA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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