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Manutenção, preservação e perda do bilinguismo: português/guarani/kaingang na terra indígena Guarita-RS

Frizzo, Celina Eliane January 2017 (has links)
Submitted by Jeferson Rodrigues de Lima (jeferson.lima@uffs.edu.br) on 2017-07-13T16:47:28Z No. of bitstreams: 1 FRIZZO.pdf: 2895419 bytes, checksum: f6bfdf55d415e9f8486220a7a7eeae91 (MD5) / Approved for entry into archive by Diego dos Santos Borba (dborba@uffs.edu.br) on 2017-07-13T17:22:32Z (GMT) No. of bitstreams: 1 FRIZZO.pdf: 2895419 bytes, checksum: f6bfdf55d415e9f8486220a7a7eeae91 (MD5) / Made available in DSpace on 2017-07-13T17:22:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 FRIZZO.pdf: 2895419 bytes, checksum: f6bfdf55d415e9f8486220a7a7eeae91 (MD5) Previous issue date: 2017 / Manter e preservar uma língua é preservar a cultura de um povo, mais do que isso, a língua é uma questão de identidade dentro da sociedade. Partindo desta afirmação, realizamos uma pesquisa com os índios Guarani e Kaingang da Terra Indígena Guarita, maior terra indígena do Rio Grande do Sul, que abrange os municípios de Erval Seco, Redentora e Tenente Portela, no noroeste do estado, onde atualmente encontramos 6.001 indígenas. Temos o objetivo de levantar e descrever as principais crenças e atitudes linguísticas que levam os Guarani e Kaingang a abandonar suas variedades linguísticas e usar o português como idioma de comunicação. Para isso, selecionamos um total de 24 informantes a partir dos moldes teóricos metodológicos da Dialetologia Pluridimensional e Relacional (8 informantes Guarani, 8 informantes Kaingang e 8 informantes não indígenas), metodologia utilizada para essa pesquisa. Foram consideradas as dimensões diatópica (na qual analisamos as crenças e as atitudes quanto ao uso que cada comunidade faz de sua variedade), diastrática, (definidas a partir do contexto de cada um dos grupos, como: topodinâmicos (Td), e topostáticos (Ts). O grupo Td fica posicionado nas células superiores da cruz utilizada na metodologia, e Ts nas células inferiores), diageracional (Geração II (GII), informantes com 52 anos ou mais, e Geração I (GI), informantes de 18 a 36 anos) e diassexual (informantes do sexo masculino e feminino). Usamos alguns requisitos na seleção dos informantes: primeiramente, os informantes precisavam contemplar as particularidades de cada uma das dimensões, além de terem nascido na TIG e nas cidades de Tenente Portela e Redentora ou ter vivido pelo menos ¾ da vida e residir nesses locais atualmente. Para a coleta de dados aplicamos um questionário aos informantes, além de solicitar a eles que lessem alguns textos em português, Guarani e Kaingang, além disso, tivemos uma conversa livre com os informantes. O caderno de campo também foi utilizado para anotarmos todas as observações que fizéssemos enquanto observávamos os grupos. Após análise dos dados, percebemos que no grupo Kaingang são os homens que mais preservam a língua indígena e no grupo Guarani a preservação da língua coube ao grupo Ts. Além disso, também constatamos que todos os informantes, tanto indígenas quanto fóg/juruá, acham importante ensinar os filhos a falar a língua indígena, mas nem todos os indígenas procedem dessa maneira. Ademais, para o grupo fóg/juruá falar a língua indígena é um fator de identidade, é através dela que se mantém e se preserva a cultura do povo indígena. Ainda, em relação às crenças e atitudes, constatamos que para os informantes indígenas é importante que se fale a língua indígena; que a escola ensine a variedade indígena aos alunos e, além disso, a língua identifica os indivíduos indígenas. Contudo, é a língua portuguesa que vem ganhando maior espaço na vida de muitos indivíduos indígenas, ao ponto de ser, ela, a única língua que alguns indígenas falam, colocando em risco o bilinguismo indígena. / Maintaining and preserving a language is preserving the culture of its people; more than that, language is a matter of identity within society. Based on this assertion, we conducted a research involving the Guarani and Kaingang Indians of the Guarita Indigenous Land, the largest indigenous land in Rio Grande do Sul, it encompasses the municipalities of Erval Seco, Redentora and Tenente Portela, in the northwest of the state, where we currently find 6,001 indians. We aim to identify and describe the main linguistic beliefs and attitudes that make the Guaranis and Kaingangs abandon their linguistic varieties and adopt Portuguese as their communication language. To do so, we selected a total of 24 informants based on the theoretical methodological models of the Pluridimensional and Relational Dialectology (8 Guarani informants, 8 Kaingang informants and 8 non-indigenous informants), methodology which guides our research. The diatopic dimensions (in which we analyze the beliefs and attitudes regarding the use that each community makes of its variety), diastratic, (defined from the context of each of the groups, such as: topodinamic (Td), and topostatic (The Td group is positioned in the upper cells of the cross used in the methodology, and Ts in the lower cells), diagenerational (Generation II (GII), informants with 52 years old or more, and Generation I (GI), informants from 18 to 36 years old) and diasexual (male and female informants). Some requirements were used to select the informants: first, they had to contemplate the particularities of each one of the dimensions, besides being born in the TIG and in the cities of Tenente Portela and Redentora, or to have lived at least ¾ of their life in those cities and to reside there at the moment. In order to collect the data, we applied a questionnaire and asked the natives to read some texts in Portuguese, Guarani and Kaingang; we also had a free conversation with the informants. In addition to that, we made use of a field notebook to jot down any observations we made while observing the groups. After analyzing the data, we verified that in the Kaingang group men are the ones who most preserve the indigenous language, and in the Guarani group this role belongs to the Ts group. Besides this, we also verified that all informants, both indigenous and fóg/juruá, think it is important to teach the indigenous language to their children, not all indigenous people, however, have taught the language to their children. Furthemore, speaking the indigenous language is a factor of identity for the fóg/juruá group, it is through it that the culture of the indigenous people is preserved. In relation to beliefs and attitudes, we verified that for the indigenous informants, it is important to speak the indigenous language; to teach it at school, moreover, the language identifies the indigenous individuals. However, it is the Portuguese language that has been gaining more space in the lives of many indigenous individuals, to the point of being the only language that some indigenous people speak, putting at risk the indigenous bilingualism.
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Aspectos semânticos dos nomes classificados em Munduruku / Some semantic aspects of the language Munduruku (Tupi language of the Munduruku family)

Martines, George Verges 10 October 2007 (has links)
Este trabalho apresenta os estudos realizados de alguns aspectos semânticos da língua Munduruku (do tronco lingüístico Tupi), falada por mais de 7500 índios da nação conhecida pelo mesmo nome, que estão distribuídos por cerca de noventa aldeias no Pará, Amazonas e inclusive no Mato Grosso. Este trabalho circunscreveu-se ao grupo pertencente à aldeia Munduruku \"Praia do Mangue\", no oeste do Pará. Após uma sucinta apresentação do povo, parte-se para uma breve descrição morfossintática da língua, onde deparamos com o tema principal dessa dissertação: os classificadores nominais. Nesta língua, os substantivos são acrescidos de afixos nominais, que possuem a função de estabelecer uma relação associativa entre o nome e seu referente espacial. Neste trabalho busca-se provar que os classificadores geram significado através da carga semântica que possuem e, para poder chegar a esses resultados, revisamos as teorias da motivação ou arbitrariedade do signo lingüístico, a metáfora e suas peculiaridades, a metonímia com suas relações e a possível migração de uma estrutura metafórica existente para uma metonímica. O fundamento principal dessa dissertação é a propositura de Ullmann de que, em muitas línguas, palavras surgem das relações associativas que o falante tece em sua mente, estabelecendo um vínculo metafórico entre referente e referido. Tipo de relações que, nesta dissertação, transportamos para os afixos classificadores da língua Munduruku. Aplicando-se tais teorias aos classificadores usados nesta língua, consegue-se provar o fundo semântico inserido nos afixos e mais; a migração de um classificador de origem metafórica para uma metonímia. / This dissertation presents studies accomplished regarding some semantic aspects of the language Munduruku (Tupi language of the Munduruku family) spoken by over 7500 individuals of the homonymous nation. These people are spread around ninety villages situated in the states of Pará, Amazonas and also Mato Grosso. The developed research is restricted to the Munduruku indigenous village \"Praia do Mangue\" in western of Pará. After a succinct presentation of the Munduruku nation, we approach some aspects morphological and syntatics of the language. Finally, the subject matter involved in this dissertation: The nominal classifiers. In this language nouns are added with nominal affixes with the function to establish an associative relation between the noun and its spatial referent. In this work, we tried to demonstrate that classifiers generate meaning trough their semantic contents. To reach these results we checked the theory of motivation, the arbitrariness of the linguistics signs, the metaphor and its particularities, the metonymy and its relationship, as well as the posible migration fom a metaphorical structure to a metonymy. The theoretical fundaments adopted here are the Ullmann\'s propositions that says that in several languages, words become from the associative relationship that the speaker accomplish in his mind establishing a metaphorical bond between referring and referred. This kind of relationship we transported to the Munduruku language and its classifier affix. Applying these theories to the classifiers used in the Munduruku language, we can to prove the semantic properties inserted in the affixes, and more: the migration from metaphorical classifiers to another figure to speech; the metonymy.
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Aspectos semânticos dos nomes classificados em Munduruku / Some semantic aspects of the language Munduruku (Tupi language of the Munduruku family)

George Verges Martines 10 October 2007 (has links)
Este trabalho apresenta os estudos realizados de alguns aspectos semânticos da língua Munduruku (do tronco lingüístico Tupi), falada por mais de 7500 índios da nação conhecida pelo mesmo nome, que estão distribuídos por cerca de noventa aldeias no Pará, Amazonas e inclusive no Mato Grosso. Este trabalho circunscreveu-se ao grupo pertencente à aldeia Munduruku \"Praia do Mangue\", no oeste do Pará. Após uma sucinta apresentação do povo, parte-se para uma breve descrição morfossintática da língua, onde deparamos com o tema principal dessa dissertação: os classificadores nominais. Nesta língua, os substantivos são acrescidos de afixos nominais, que possuem a função de estabelecer uma relação associativa entre o nome e seu referente espacial. Neste trabalho busca-se provar que os classificadores geram significado através da carga semântica que possuem e, para poder chegar a esses resultados, revisamos as teorias da motivação ou arbitrariedade do signo lingüístico, a metáfora e suas peculiaridades, a metonímia com suas relações e a possível migração de uma estrutura metafórica existente para uma metonímica. O fundamento principal dessa dissertação é a propositura de Ullmann de que, em muitas línguas, palavras surgem das relações associativas que o falante tece em sua mente, estabelecendo um vínculo metafórico entre referente e referido. Tipo de relações que, nesta dissertação, transportamos para os afixos classificadores da língua Munduruku. Aplicando-se tais teorias aos classificadores usados nesta língua, consegue-se provar o fundo semântico inserido nos afixos e mais; a migração de um classificador de origem metafórica para uma metonímia. / This dissertation presents studies accomplished regarding some semantic aspects of the language Munduruku (Tupi language of the Munduruku family) spoken by over 7500 individuals of the homonymous nation. These people are spread around ninety villages situated in the states of Pará, Amazonas and also Mato Grosso. The developed research is restricted to the Munduruku indigenous village \"Praia do Mangue\" in western of Pará. After a succinct presentation of the Munduruku nation, we approach some aspects morphological and syntatics of the language. Finally, the subject matter involved in this dissertation: The nominal classifiers. In this language nouns are added with nominal affixes with the function to establish an associative relation between the noun and its spatial referent. In this work, we tried to demonstrate that classifiers generate meaning trough their semantic contents. To reach these results we checked the theory of motivation, the arbitrariness of the linguistics signs, the metaphor and its particularities, the metonymy and its relationship, as well as the posible migration fom a metaphorical structure to a metonymy. The theoretical fundaments adopted here are the Ullmann\'s propositions that says that in several languages, words become from the associative relationship that the speaker accomplish in his mind establishing a metaphorical bond between referring and referred. This kind of relationship we transported to the Munduruku language and its classifier affix. Applying these theories to the classifiers used in the Munduruku language, we can to prove the semantic properties inserted in the affixes, and more: the migration from metaphorical classifiers to another figure to speech; the metonymy.
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Fonologia Taurepang e comparação preliminar da fonologia de línguas do grupo Pemóng (família Caribe)

Nepomuceno Pessoa, Katia January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:36:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo7796_1.pdf: 8895129 bytes, checksum: 588d6e0e5d13281ff542220b7e51a1fa (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / O Taurepang é uma língua da Família Caribe falada no Norte de Roraima (Brasil) e faz parte, junto a outras línguas, como Arekuna, Macuxi, Ingarikó, Akawaio e Pemón, do grupo Pemóng. Mais estudos aprofundados sobre tais línguas são necessários para que se possa melhor compreender suas particularidades fonológicas e gramaticais e o grau de parentesco entre elas. O objetivo principal desta pesquisa é descrever a fonologia Taurepang e, a partir desta descrição, apresentar uma comparação preliminar de aspectos da fonologia segmental dessa língua com a de outras línguas do subgrupo Pemóng. Para o presente estudo, fez-se uso dos procedimentos de descoberta da Abordagem Distribucional, seguidos de reflexões pautadas em pressupostos da Fonologia Moderna, em particular, da Teoria métrica do Acento (Hayes, 1995). Os dados foram coletados na aldeia Boca da Mata, em Roraima. A análise evidenciou os seguintes aspetos: a) em nível segmental, a fonologia dessa língua mostra-se simples, apresentando alguns problemas na identificação de certos segmentos, como na identificação da subjacência de algumas vogais e da consoante oclusiva glotal, dificuldade esta atestada em outras línguas aparentadas; b) em nível suprassegmental, a análise do acento em Taurepang revela a existência do padrão rítmico iâmbico, observado em línguas como o Pemon, o Ingarikó e o Macuxi e em outras línguas da família Caribe, apresentando, ainda, particularidades no que se refere ao comportamento da realização do acento em palavras dissilábicas
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Marcação no contato linguístico: o português falado pelos Latundê

AMORIM, Gustavo da Silveira 10 March 2015 (has links)
LIMA, Stella Virginia Telles de Araujo Pereira, também é conhecida em citações bibliográficas por: TELLES, Stella / Submitted by Fernanda Rodrigues de Lima (fernanda.rlima@ufpe.br) on 2018-10-08T22:45:04Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) TESE Gustavo da Silveira Amorim.pdf: 2867627 bytes, checksum: 5638f16055e2fc330cb0a988bdef641a (MD5) / Approved for entry into archive by Alice Araujo (alice.caraujo@ufpe.br) on 2018-11-22T17:38:44Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) TESE Gustavo da Silveira Amorim.pdf: 2867627 bytes, checksum: 5638f16055e2fc330cb0a988bdef641a (MD5) / Made available in DSpace on 2018-11-22T17:38:45Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 811 bytes, checksum: e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34 (MD5) TESE Gustavo da Silveira Amorim.pdf: 2867627 bytes, checksum: 5638f16055e2fc330cb0a988bdef641a (MD5) Previous issue date: 2015-03-10 / O presente trabalho é o resultado de um estudo sobre a Marcação no Contato Linguístico entre o Latundê e o Português. Trata-se de uma investigação com base na abordagem tipológica da linguística visando à elucidação das unidades mais e as menos marcadas que são, ou não, transferidas no processo de acomodação dos inventários fonéticos de ambas as línguas. Utilizamos como base os pressupostos teóricos defendidos por CROFT (1990), JAKOBSON, (1953), BATTISTELLA (1996), MATRAS & ELSIK (2006) e LACY (2006) para a descrição dos universais linguísticos e da marcação. No que tange ao contato linguístico, nos respaldamos nas reflexões de ROMAINE (2000) THOMASON (2001), AIKHENVALD (2007) e HYMES (1971). Para descrição linguística e histórica dos Latundê, nos baseamos em TELLES (2002), ANOMBY (2009) e PRICE (1977). No que tange ao aporte fonético para descrição do contato entre ambas as línguas, nos valemos dos escritos de WEINREICH (1953), BISOL (1996), VAN COETSEM (1988) e MATRAS (2009). Quanto às análises, nos fundamentamos nas observações de SPENCER (1996) LASS (2000) e RICE (2007). O nosso corpus é formado de trinta horas de fala, transcritas foneticamente de acordo com IPA, de vinte informantes da comunidade Latundê. Os dados fazem parte do acervo do NEI (Núcleo de Estudos Indigenistas) da UFPE. A partir da nossa pesquisa chegamos à conclusão que: os mais jovens tendem a não transferir os padrões mais marcados da sua língua para a língua adquirida, enquanto os mais velhos reproduzem com menor frequência, os padrões mais marcados do Português; alguns contextos licenciam, enquanto outros bloqueiam a marcação, gerando um caráter variável que demonstra o quão conflitante é a situação do contato; embora não haja uma padronização, no que tange à estrutura silábica, o padrão CV é o mais recorrente, e menos marcado, corroborando o que apregoa os pressupostos da tipologia linguística, os processos que envolvem perda e permuta de segmentos são mais numerosos e mais marcados, dos que os que envolvem ganho de segmento; os fonemas não presentes no inventário fonológico do Latundê tendem a ser apagados ou reinterpretados pelo segmento mais próximo do Português; quanto à manutenção ou perda, o comportamento dos traços mais marcados do Latundê depende, não categoricamente, da fonologia do Português, a marcação não está condicionada apenas aos universais linguísticos, mas às especificidades da língua. / The present work describes phenomena of phonological transference of Latundê, a Brazilian indigenous language, in Portuguese, in language contact situation. The observed phenomena were examined under the light of the assumptions of Linguistic Marking in its typological approach. As basis, we used CROFT (1990), JAKOBSON, (1953), BATTISTELLA (1996), MATRAS ELSIK (2006) and LACY (2006) studies, for the description of linguistic universals and marking. About language contact, we were supported by the reflections of ROMAINE (2000) THOMASON (2001), AIKHENVALD (2007) and HYMES (1971). For the linguistic and historical description of Latundê, we were based on TELLES (2002), ANOMBY (2009) and PRICE (1977). About the phonology of Portuguese, we were supported by BISOL (1996). For description of the contact between both languages we used the writings of WEINREICH (1953), VAN COETSEM (1988) and MATRAS (2009). The one of phonological phenomena observed was backed in SPENCER (1996) LASS (2000) and RICE (2007). Our corpus is formed of thirty hours of talk, phonetically transcribed according to IPA. In the survey, we used the speech production of 20 individuals from the Ladundê people, among these, 8 belonging to the pre-contact generation with the non- indigenous society and 12 belonging to the post-contact generation. The data are part of the acquis of NEI (Núcleo de Estudos Indígenas) of UFPE. With our research, we came to the following results: post-contact generation tends not to transfer most marked patterns of their language to the acquired language, while the native of pre-contact generation do, in a lower frequency, the more marked standards of Portuguese. The processes that involve loss and exchange of segments are more numerous than those involving segment gain. The phonemes of Portuguese that do not exist in Latundê tend to be erased or reinterpreted by the closest segment to Portuguese, resulting in the loss of contrast and in the emergence of the unmarked through the phonological neutralisation. There are phenomena that show a tendency towards the universal, as the deletion of the coda in favor of CV standard syllabic, and others that are arising out of restrictions of Latundê, as the monophthongization of nasal diphthong and the change of vowel quality in word- final position. In the set of phenomena, we noticed that the interference is variable and not always motivated by phonological or natural marking. / El presente estudio describe los fenómenos de la transferencia fonológica del Latundé, una lengua indígena Brasilera, en el portugués, en una situación de contacto lingüístico. Los fenómenos observados fueron examinados a la luz de los presupuestos de marcación lingüística, en su abordaje tipológico. Como modelo de fundamentación, se han utilizado los estudios de CROFT (1990), JAKOBSON (1953), BATTISTELLA (1996), MATRAS & ELSIK (2006) y LACY (2006), para las descripción de los universales lingüísticos y de la marcación. Sobre el contacto lingüístico, fueron tomados como soporte científico las reflexiones de ROMAINE (2000), THOMASON (2001), AIKHENVALD (2007) y HYMES (1971). Para la descripción lingüística de los Lantundé, esta investigación se basó en TELLES (2002), ANOMBY (2009)y PRICE (1977). Sobre la fonología del portugués, se tuvieron en cuenta los estudios de BISOL (1996). Para la descripción del contacto entre ambas lenguas fueron necesarios los escritos de WEINREICH (1053), VAN COETSEM(1988) y MATRAS (2009). Finalmente, el estudio de los fenómenos fonológicos observados fueron abordados en las investigaciones de SPENCER (1996), LASS (2000) y RICE (2007). El corpus de este trabajo académico está compuesto por treinta horas de diálogos transcritos fonéticamente de acuerdo con el IPA. En la investigación se ha utilizado la producción del diálogo de 20 individuos del pueblo Latundé, dentro de ellos, 8 pertenecientes a la generación del pre contacto con la sociedad no indígena y 12 pertenecientes a la generación del post contacto. Los datos hacen parte del acervo del Núcleo de Estudios Indigenistas (NEI) de la UFPE. Con esta investigación se ha llegado a la siguiente conclusión: La generación post contacto tiende a no transferir los patrones más acentuados de su lengua hacia la lengua adquirida, mientras que los indígenas de la generación del pre contacto realizan con menor frecuencia los patrones más marcados del portugués. Los procesos que envuelven la pérdida y permuta de los segmentos son más numerosos de aquellos que involucran la ganancia del segmento. Los fonemas del portugués que no existen en el Latundé tienden a ser borrados o reinterpretados por el segmento más próximo al portugués, resultando en una pérdida de contraste y en la emergencia del no marcado a través de la neutralización fonológica. Hay fenómenos que revelan una tendencia a lo universal, como desvanecimiento de la coda en a favor de patrón silábico CV, y otros que son consecuencia de las restricciones del Latundé, como la monoptongación de diptongo nasal y la mudanza de la cualidad vocálica en posición final de la palabra. El en conjunto de fenómenos, verificamos que la interferencia es variable y no siempre está motivada por la acentuación fonológica o natural.
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Aspecto verbal na língua Dâw / Verbal aspect in the Daw language

Carvalho, Mauricio Oliveira Pires de 13 April 2016 (has links)
Este projeto tem o objetivo de descrever e analisar a morfologia de aspecto no idioma indígena amazônico Dâw (aprox. 100 falantes, pertencente à família Nadahup, anteriormente conhecida como Makú) em relação à descrição dada na única gramática disponível do idioma, Gramática e Fonologia Dâw, publicada por Silvana Martins em 2004. Naquela obra, a autora descreve 15 morfemas pós-verbais que chama de marcadores de aspecto, atribuindo funções aspectuais a cada um. Neste trabalho, analisamos a fundo essa afirmação, pondo em dúvida e reanalisando os 15 morfemas ditos aspectuais pela autora, com o intuito de verificar se a descrição da autora está correta. Os novos dados e análises confirmaram apenas parcialmente a análise de Martins, revelando na maioria dos casos que os morfemas desempenham funções bastante divergentes das propostas pela autora. Neste trabalho propomos uma nova classificação para a função desses morfemas, mediante à realização de trabalhos de campo junto aos falantes nativos do idioma no município de São Gabriel da Cachoeira, noroeste da Amazônia. As novas amostras dos trabalhos de campo e análise de outros materiais revelaram que alguns morfemas caíram em desuso, outros não possuem valor aspectual apreciável e outros são morfemas port-manteau tempo-aspecto-modais. Ainda outros possuem outras características, como quantificação dos argumentos do verbo (categoria que como veremos está bastante associada a aspecto) ou função adverbial. Os morfemas com valor aspectual revelaram ter efeitos diferentes com classes de verbos diferentes, como o morfema perfectivo, que com verbos ativos possui função perfectiva de ação concluída no passado, mas com verbos estativos possui valor de aspecto perfeito, ou seja, estado atual causado por transformação no passado. Também incluímos comparações com os sistemas aspectuais de outras línguas do Alto Rio Negro e com línguas tipologicamente similares do mundo inteiro. / This project aims to describe and analyze aspect morphology in the Amazonian indigenous language Dâw (approx. 100 speakers, belonging to Nadahup family, formerly known as Makú) in relation to the description found in the only available grammar on the language, Gramática e Fonologia Dâw, published by Silvana Martins in 2004. In that work, the author describes 15 post-verbal morphemes which she calls aspect markers assigning distinct aspectual functions to each of them. In this paper, we tested that assertion, questioning and eventually reanalyzing the alleged aspectual morpheme, in order to verify whether the description provided by that author is correct. The new data confirmed Martins analysis only partially, revealing in most cases that the morphemes play roles that diverge quite significantly from the authors description. In this paper we propose a new classification for these morphemes, based on the data collected during a field work in July 2015 with native Dâw speakers in São Gabriel da Cachoeira, in the northwestern Brazilian Amazon. The new field work samples and an in-depth analysis of other source materials revealed that some morphemes have become obsolete, others have no discernible aspectual value, and others are port-manteau time-aspect-modal morphemes. Some display features such as quantification of verbal arguments (as we shall see, quantifications is intertwined with aspect) or play adverbial roles. The morphemes with aspectual value were shown to behave differently depending on verbal classes, such as the perfective morpheme, which with active verbs has a perfective function, indicating action completed in the past, but with stative verbs it indicates perfect aspect, i.e., current state caused by transformation in the past. A comparison with the aspectual systems of other Upper Rio Negro languages as well as with other typologically similar languages worldwise is also provided.
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Aspecto verbal na língua Dâw / Verbal aspect in the Daw language

Mauricio Oliveira Pires de Carvalho 13 April 2016 (has links)
Este projeto tem o objetivo de descrever e analisar a morfologia de aspecto no idioma indígena amazônico Dâw (aprox. 100 falantes, pertencente à família Nadahup, anteriormente conhecida como Makú) em relação à descrição dada na única gramática disponível do idioma, Gramática e Fonologia Dâw, publicada por Silvana Martins em 2004. Naquela obra, a autora descreve 15 morfemas pós-verbais que chama de marcadores de aspecto, atribuindo funções aspectuais a cada um. Neste trabalho, analisamos a fundo essa afirmação, pondo em dúvida e reanalisando os 15 morfemas ditos aspectuais pela autora, com o intuito de verificar se a descrição da autora está correta. Os novos dados e análises confirmaram apenas parcialmente a análise de Martins, revelando na maioria dos casos que os morfemas desempenham funções bastante divergentes das propostas pela autora. Neste trabalho propomos uma nova classificação para a função desses morfemas, mediante à realização de trabalhos de campo junto aos falantes nativos do idioma no município de São Gabriel da Cachoeira, noroeste da Amazônia. As novas amostras dos trabalhos de campo e análise de outros materiais revelaram que alguns morfemas caíram em desuso, outros não possuem valor aspectual apreciável e outros são morfemas port-manteau tempo-aspecto-modais. Ainda outros possuem outras características, como quantificação dos argumentos do verbo (categoria que como veremos está bastante associada a aspecto) ou função adverbial. Os morfemas com valor aspectual revelaram ter efeitos diferentes com classes de verbos diferentes, como o morfema perfectivo, que com verbos ativos possui função perfectiva de ação concluída no passado, mas com verbos estativos possui valor de aspecto perfeito, ou seja, estado atual causado por transformação no passado. Também incluímos comparações com os sistemas aspectuais de outras línguas do Alto Rio Negro e com línguas tipologicamente similares do mundo inteiro. / This project aims to describe and analyze aspect morphology in the Amazonian indigenous language Dâw (approx. 100 speakers, belonging to Nadahup family, formerly known as Makú) in relation to the description found in the only available grammar on the language, Gramática e Fonologia Dâw, published by Silvana Martins in 2004. In that work, the author describes 15 post-verbal morphemes which she calls aspect markers assigning distinct aspectual functions to each of them. In this paper, we tested that assertion, questioning and eventually reanalyzing the alleged aspectual morpheme, in order to verify whether the description provided by that author is correct. The new data confirmed Martins analysis only partially, revealing in most cases that the morphemes play roles that diverge quite significantly from the authors description. In this paper we propose a new classification for these morphemes, based on the data collected during a field work in July 2015 with native Dâw speakers in São Gabriel da Cachoeira, in the northwestern Brazilian Amazon. The new field work samples and an in-depth analysis of other source materials revealed that some morphemes have become obsolete, others have no discernible aspectual value, and others are port-manteau time-aspect-modal morphemes. Some display features such as quantification of verbal arguments (as we shall see, quantifications is intertwined with aspect) or play adverbial roles. The morphemes with aspectual value were shown to behave differently depending on verbal classes, such as the perfective morpheme, which with active verbs has a perfective function, indicating action completed in the past, but with stative verbs it indicates perfect aspect, i.e., current state caused by transformation in the past. A comparison with the aspectual systems of other Upper Rio Negro languages as well as with other typologically similar languages worldwise is also provided.
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Fonologia segmental do lakondê (Família Nambikwára)

BRAGA, Ana Gabriela Modesto 24 February 2012 (has links)
Submitted by Amanda Silva (amanda.osilva2@ufpe.br) on 2015-03-10T12:50:40Z No. of bitstreams: 2 Fonologia Segmental do Lakondê _Família Nambikwára_ - Ana Gabriela M Braga _dissertação_ - com ficha catalográfica.pdf: 2152119 bytes, checksum: 60b1b68c1e53d81a7392cd212f32fd1f (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) / Made available in DSpace on 2015-03-10T12:50:40Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Fonologia Segmental do Lakondê _Família Nambikwára_ - Ana Gabriela M Braga _dissertação_ - com ficha catalográfica.pdf: 2152119 bytes, checksum: 60b1b68c1e53d81a7392cd212f32fd1f (MD5) license_rdf: 1232 bytes, checksum: 66e71c371cc565284e70f40736c94386 (MD5) Previous issue date: 2012-02-24 / Embora seja considerado um país monolíngüe, subsistem no Brasil atualmente cerca de 180 línguas indígenas, a maior parte delas contando já com poucos falantes, haja vista a necessidade de comunicação com falantes da língua de maior prestígio social: o português. Dentre as línguas ameaçadas de extinção, destacamos neste trabalho a língua Lakondê, da família lingüística Nambikwára, que se encontra numa situação extrema: há apenas uma falante, a qual já se encontra em idade avançada. O nosso estudo tem como objetivo descrever e analisar a fonologia segmental da língua Lakondê, contribuindo, dessa forma, com o registro e a preservação das línguas indígenas brasileiras, em especial, as línguas da família Nambikwára. O corpus utilizado na pesquisa foi coletado in loco no ano de 2001, junto à última falante, moradora da cidade Vilhena-RO, pela pesquisadora Stella Telles. Os dados utilizados constam de palavras e frases do universo da informante, elicitadas pela pesquisadora. Para a identificação dos fonemas foram utilizados os procedimentos de descoberta da Fonologia Estruturalista (Hyman, 1975; Cagliari, 2002). Para a análise da estrutura silábica e dos processos fonológicos, tomamos como base teórica os pressupostos da Fonologia Não-Linear, encontrados em Clements (1990), Kenstowicz (1994), Goldshmith (1995), Blevins (1995), Clements & Hume (1995). O modelo adotado segue a ideia de que os segmentos são formados por um feixe de traços hierarquizados e autônomos, bem como entende que a sílaba também é estruturada internamente. A partir da nossa pesquisa, concluímos que o sistema fonológico do Lakondê é constituído por onze consoantes e dezesseis vogais. A sílaba tem como molde (C)V(V)(C)(C), dentre os quais, o único elemento obrigatório é a primeira posição nuclear, ocupada sempre por uma vogal, que pode, inclusive, formar sílaba sozinha. Foi verificada a ocorrência de processos estritamente fonológicos: assimilação (progressiva e regressiva), fortalecimento, lenição, apagamento, inserção e coalescência.
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Fonética e Fonologia preliminar da língua Omágua/Kambeba

Santos, Yonara Cristina de Souza dos, (92) 991069814 22 December 2015 (has links)
Submitted by Alisson Leda (alisson-brasil@outlook.com) on 2018-04-27T18:38:37Z No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertaçao Yonara Kambeba PPGL 2015.pdf: 993736 bytes, checksum: ff86ac5b1a6c40763f0f9b7d3777a75c (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2018-04-30T12:38:59Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertaçao Yonara Kambeba PPGL 2015.pdf: 993736 bytes, checksum: ff86ac5b1a6c40763f0f9b7d3777a75c (MD5) / Approved for entry into archive by Divisão de Documentação/BC Biblioteca Central (ddbc@ufam.edu.br) on 2018-04-30T12:41:57Z (GMT) No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertaçao Yonara Kambeba PPGL 2015.pdf: 993736 bytes, checksum: ff86ac5b1a6c40763f0f9b7d3777a75c (MD5) / Made available in DSpace on 2018-04-30T12:41:57Z (GMT). No. of bitstreams: 2 license_rdf: 0 bytes, checksum: d41d8cd98f00b204e9800998ecf8427e (MD5) Dissertaçao Yonara Kambeba PPGL 2015.pdf: 993736 bytes, checksum: ff86ac5b1a6c40763f0f9b7d3777a75c (MD5) Previous issue date: 2015-12-22 / CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This work aims to study and describe preliminarily the the phonology of the Omágua / Kambeba language, belonging to the Tupi Trunk, Tupi - Guarani family, spoken by indigenous that are currently distributed in five villages in the state of Amazonas, Rio Solimões and Rio Negro. The study of the Omágua / Kambeba language contributes to the knowledge of Brazilian indigenous languages, especially to the languages of the Amazon region. This dissertation presents four chapters, conclusion and references. Descriptive linguistics is used and how all the elements of a language and their relations to each other function within the system. The phonetics and phonological description of the language follows basically the models of Pike (1947), Gleason (1978) and Katamba (1989), besides the postulates of Kenstowicz (1994) for analysis of the syllabic structure, and a study of the accent in simple words. / Este trabalho tem por objetivo estudar e descrever preliminarmente a fonologia da língua Omágua/Kambeba, pertencente ao Tronco Tupi, família Tupi-guarani, falada por indígenas que atualmente estão distribuídos em cinco aldeias no estado do Amazonas, no Rio Solimões e no Rio Negro. O estudo da língua Omágua/Kambeba contribui para o conhecimento das línguas indígenas brasileiras, especialmente para as línguas da região amazônica. O trabalho apresenta quatro capítulos, conclusão e referências. Utiliza-se a linguística descritiva e como todos os elementos de uma língua e suas relações entre si funcionam dentro do sistema. A descrição fonética e fonológica da língua segue basicamente os modelos de Pike (1947), Gleason (1978) e Katamba (1989), além os postulados de Kenstowicz (1994) para análise da estrutura silábica, e um estudo do acento em palavras simples.
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Análise fonológica do Saynáwa (Pano): a língua dos índios da T. I. Jamináwa do Igarapé Preto

COUTO, Claudio André Cavalcanti 31 January 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T18:34:27Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo456_1.pdf: 2168487 bytes, checksum: 25bea05927df8bbc66e7baab07b5fd9a (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Nosso trabalho tem como objeto de estudo a fonologia do Saynáwa, idioma falado pelos índios Saynáwa, que vivem na T.I. Jamináwa do Igarapé Preto, no município de Rodrigues Alves-AC. Essa língua, até então desconhecida, pertencente à família lingüística Pano, corre sérios riscos de extinção, contando apenas com 8 falantes. O objetivo deste trabalho foi o de descrever e analisar a fonologia segmental e suprassegmental do Saynáwa, identificando seus fonemas consonantais e vocálicos, seus padrões silábicos, como ocorre a silabificação, como o acento da língua é atribuído, quais são seus constituintes prosódicos e quais são seus principais processos fonológicos. O corpus foi obtido através de pesquisa de campo, por nós realizada em 2008. Nossa análise partiu dos procedimentos de descoberta do estruturalismo norte-americano, através da abordagem estruturalista distribucional, nos apoiando em Comrie e Smith (1977), Gleason (1978), e Lass (1984); mas teve nas teorias fonológicas não-lineares seu principal referencial, nos concentrando em Goldsmith (1979, 1995), Nespor e Vogel (1986), Clements (1990), Kenstowicz (1994), Hayes (1995), Clements e Hume (1995). Como resultado, identificamos a existência de 13 fonemas consonantais, de 4 fonemas vocálicos, e a estrutura (C)V(C) como molde silábico. O acento é métrico, não sendo distintivo, e obedece ao padrão rítmico Iâmbico, formando iambos da direita para a esquerda e aplicando-se a Regra final à direita. A estrutura métrica do Saynáwa não está relacionada apenas ao acento, mas também a outros aspectos da fonologia dessa língua, interagindo com seu subsistema prosódico e motivando alguns de seus processos fonológicos. Os principais processos fonológicos identificados foram: a assimilação (nasalização e palatalização), o alongamento iâmbico, a inserção, a lenição, e a neutralização

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