O objetivo dessa tese foi avaliar alguns desses fatores, verificar a influência da ortodontia sobre alterações oclusais, limiares de dor à pressão da região orofacial, hábitos orais parafuncionais, e percepção de qualidade de vida. Foram selecionados 111 pacientes com idade entre 13 e 55 anos e ausência de sintomas de DTM que iniciaram terapia ortodôntica corretiva. O experimento foi dividido em três etapas: t1 (no momento da instalação do aparelho), t2 (2 meses após o início do tratamento), e t3 (6 meses após o início do tratamento). Em todas etapas os pacientes foram examinados clinicamente para avaliação oclusal e seus limiares de dor à pressão foram avaliados com um algômetro digital. Também foram aplicados questionários sobre hábitos orais parafuncionais (OBC) e percepção de saúde oral na qualidade de vida (OHIP-14br). Foram feitas comparações a respeito de cada variável quantitativa considerando os três tempos de avaliação por meio de Análise de variância (ANOVA) a um critério. O teste t foi utilizado para avaliar diferenças entre as médias das variáveis quantitativas no tempo inicial (t1) e tempo final (t3) de avaliação. Para avaliar o efeito da ortodontia sobre variáveis qualitativas oclusais foi utilizado o teste exato de Fisher. Foram considerados estatisticamente significantes aqueles resultados que apresentaram nível de significância igual ou menor que 0,05. Nenhum dos 111 pacientes desenvolveram sintomas de DTM até o momento final de avaliação. Não foram observadas mudanças oclusais quantitativas significativas (p>0,05) entre t1 e t3, no entanto os fatores qualitativos como mudanças nos padrões oclusais foram alterados significativamente (p<0,05). O tratamento ortodôntico não alterou os limiares de dor à pressão, mas foi observado um aumento significativo (p<0,05) nos escores de OHIP entre os períodos t1 e t3. O tratamento ortodôntico também não aumentou ou diminuiu a presença de hábitos orais parafuncionais, e não foram encontradas diferenças entre sexo e Limear de Dor a Pressão (LDP) nos indivíduos que possuíam mais ou menos hábitos. No entanto, pacientes mais velhos relataram maiores escores de OBC, e foi encontrada correlação entre pacientes com maiores escores de OBC e menores escores para o OHIP. O estudo concluiu que a movimentação ortodôntica não teve efeito sobre limiares de dor na região orofacial e não influencia na presença de hábitos orais parafuncionais. No entanto, o tratamento ortodôntico teve um efeito positivo sobre a percepção de saúde oral na qualidade de vida. / The aim of this thesis was to evaluate some of these factors, examining the influence of orthodontics on occlusal changes, pain pressure thresholds of the orofacial region, parafunctional oral habits, and the perception of quality of life. 111 patients aged 13 to 55 that showed no signs or symptoms of TMD and began orthodontic treatment were selected. The experiment was divided into three phases: t1 (when the orthodontic device was installed), t2 (two months after the installation), and t3 (six months after the start of the treatment). At all phases, the patients were examined clinically for occlusal evaluation and their pain pressure thresholds were assessed with an analog algometer. They were also applied questionnaires on parafunctional oral habits (OBC) and perception of oral health on the quality of life (OHIP-14br). Comparisons were made with respect to each quantitative variable considering the three phases of evaluation through a one-way analysis of variance (ANOVA) for each variable. The t test was used to assess differences between the means of quantitative variables at baseline (T1) and the final evaluation (t3). To evaluate the effect of orthodontics on occlusal qualitative variables Fisher\'s exact test was used. Statistical significance was considered for those results with a significance level equal to or less than 0.05. None of the 111 patients developed symptoms of TMD within the evaluation time. No significant occlusal quantitative changes were observed (p> 0.05) between t1 and t3, however the qualitative factors considered as occlusal patterns were significantly changed (p <0.05). Orthodontic treatment did not alter pain pressure thresholds but a significant increase (p <0.05) in scores of OHIP was observed between phases t1 and t3. Orthodontic treatment did not increase or decrease the pesence of parafunctional oral habits, and no differences were found between sex and LDP in individuals who possessed more/less parafunctional habits. However, older patients reported higher OBC scores, and correlation was found between patients with higher OBC scores and lower scores for OHIP. The study concluded that orthodontic treatment did not have an effect on orofacial pain hresholds, nor the presence of parafunctional oral habits. The perception of oral health on quality of life improved significantly with treatment and patients with lessparafunctional oral habits presented a better quality of life.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-07112016-091356 |
Date | 13 June 2016 |
Creators | Caio Vinicius Martins do Valle |
Contributors | Paulo Cesar Rodrigues Conti, Daniela Gamba Garib Carreira, Renata Rodrigues de Almeida Pedrin, Renato Oliveira Ferreira da Silva, Danilo Furquim Siqueira, Simone Soares |
Publisher | Universidade de São Paulo, Ciências Odontológicas Aplicadas, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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