Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Neurociências, Florianópolis, 2015. / Made available in DSpace on 2015-09-15T04:09:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2015 / As discinesias representam por uma série de movimentos involuntários orofaciais, do tronco e dos membros. Esta condição pode ser incapacitante e está presente em diversas doenças neurológicas, incluindo a esquizofrenia e a doença de Parkinson (DP). Até o presente momento, os mecanismos neuroquímicos associados ao desenvolvimento das discinesias são complexos. Neste sentido, este trabalho buscou investigar um possível efeito neuroprotetor da agmatina sobre as discinesias orofaciais (DOs) induzidas pela reserpina, devido à sua ação antioxidante e inibitória sobre a síntese de óxido nítrico (NO) e dos receptores glutamatérgicos do tipo NMDA (NMDAR). A indução das DOs em camundongos machos da linhagem Swiss foi realizada através de duas administrações de reserpina (1 mg/kg, via s.c.), com intervalo de 48 h, seguido do tratamento com agmatina sozinha ou associada à amantadina, MK801, arcaína ou 7-Nitroindazol (7-NI) pela via intraperitoneal (i.p), 24 h após a última administração de reserpina, sendo a avaliação das frequências das DOs realizada 30 min após os tratamentos. Foi avaliado o efeito da agmatina (30 mg/kg) no teste do campo aberto, nos níveis de nitrato e nitrito (NOx), nos parâmetros de estresse oxidativo e nos níveis de proteínas associadas às discinesias. Os resultados mostraram um efeito antidiscinético da agmatina (30 mg/kg) e um efeito sinérgico entre as doses sub-efetivas de agmatina (10 mg/kg) e MK801 (0,01 mg/kg) ou 7-NI (0,1 mg/kg). A dose ativa da arcaína (1 mg/kg) não alterou o efeito antidiscinético promovido pela agmatina. No córtex cerebral, a reserpina aumentou os níveis de NOx, no entanto a agmatina não reverteu este efeito, enquanto que no estriado não houve diferenças neste parâmetro entre os grupos avaliados. No teste do campo aberto, a agmatina não reverteu a hipolocomoção causada pela reserpina nos parâmetros avaliados. Neste modelo, não houve alteração dos parâmetros de estresse oxidativo avaliados no córtex pré-frontal e no estriado, nem nos níveis das proteínas TH, DAT, VMAT-2, DARPP 32, pDARPP 32[Thr75], e dos receptores dopaminérgicos D1 e D2 no estriado. Estes resultados sugerem, de maneira inédita, o potencial da agmatina em reverter as DOs induzidas pela reserpina em camundongos. Além disso, estes dados sugerem o envolvimento da inibição da produção do NO e do bloqueio dos NMDAR como possíveis mecanismos associados ao efeito antidiscinético da agmatina.<br> / Abstract : Dyskinesias consist in a series of trunk, limbs and orofacial involuntary movements. This condition can be disabling and can be observed in many neurological diseases, including schizophrenia and Parkinson's disease (PD). At this moment, the neurochemical mechanisms involved in the development of dyskinesias are complex. Thus, the aim of the present study was to investigate the putative protective effects of agmatine against the orofacial dyskinesias (ODs) induced by reserpine considering its inhibiting effects on nitric oxide (NO) synthesis and on glutamate NMDA receptors (NMDAR). ODs induction was performed in male Swiss mice through two reserpine injections (1 mg/kg, s.c) with an interval of 48 h. Twenty-four hours after the last reserpine administration, mice were treated with agmatine alone or in combination with amantadine, MK801, arcaine or 7-Nitroindazole (7-NI) by intraperitoneal (i.p.) route and, 30 min after the drugs treatments, the ODs frequency was evaluated. The effects of reserpine and agmatine (30 mg/kg) on locomotor activity were assessed in the open field test. Finally, nitrate and nitrite (NOx) levels, the oxidative stress parameters and the imunocontent of proteins related with dyskinesias were evaluated in cerebral cortex and striatum. The present results showed an antidyskinetic effect of agmatine (30 mg/kg) and a synergistic response following the co-administration of sub-effective doses of agmatine (10 mg/kg) and MK801 (0.01 mg/kg) or 7-NI (0.1 mg/kg). The active dose of arcaine (1 mg/kg) did not alter the antidyskinetic effect induced by agmatine. Reserpine increased NOx levels in cerebral cortex and agmatine did not reverse it, whereas in the striatum no significant differences were observed in NOx levels. In the open field test, agmatine failed to reverse the reduction of locomotor activity induced by reserpine. No changes in the oxidative stress parametres in prefrontal cortex and striatum as well as in the striatal imunocontent of TH, DAT, VMAT-2, DARPP 32, pDARPP 32[Thr75], dopamine D1 and D2 receptors were observed. These results demonstrate, for the first time, the potential of agmatine to reverse the ODs induced by reserpine in mice. Furthermore, the current findings suggest the involvement of the inhibition of NO production and the blockade of NMDAR as possible mechanisms associated with antidyskinetic effect of agmatine.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/134963 |
Date | January 2015 |
Creators | Cunha, Andréia Simões de Castro |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Prediger, Rui Daniel Schröder |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 100 p.| il., grafs., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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