Return to search

Diálise peritoneal no idoso: análise de uma coorte multicêntrica brasileira

Submitted by Renata Lopes (renatasil82@gmail.com) on 2016-04-13T20:28:26Z
No. of bitstreams: 1
marciareginagianottifranco.pdf: 2076293 bytes, checksum: 2948894d5380690bf0e59bbdf1b8c54f (MD5) / Approved for entry into archive by Adriana Oliveira (adriana.oliveira@ufjf.edu.br) on 2016-06-02T14:29:55Z (GMT) No. of bitstreams: 1
marciareginagianottifranco.pdf: 2076293 bytes, checksum: 2948894d5380690bf0e59bbdf1b8c54f (MD5) / Made available in DSpace on 2016-06-02T14:29:55Z (GMT). No. of bitstreams: 1
marciareginagianottifranco.pdf: 2076293 bytes, checksum: 2948894d5380690bf0e59bbdf1b8c54f (MD5)
Previous issue date: 2015-11-20 / Introdução: Por ser idade avançada fator de risco para doença renal crônica (DRC), observa-
-se hoje maior e progressiva incidência de pacientes idosos em terapia renal substitutiva
(TRS). Por não haver estudos brasileiros sobre diálise peritoneal (DP) em pacientes idosos,
consideramos necessário compreender tópicos nessa população. Os objetivos deste estudo são
descrever uma coorte idosos em DP; avaliar fatores de risco associados à sobrevida; avaliar o
impacto da pressão arterial (PA), índice de massa corporal (IMC) e anemia na sobrevida.
Pacientes e Métodos: Um estudo de coorte prospectivo multicêntrico foi desenhado entre
dezembro/2004 e outubro/2007. Avaliados 102 centros, com mais de dez pacientes em DP
que usavam sistemas Baxter. Os dados coletados, por um médico e um enfermeiro, foram
divididos em: sociodemográficos, clínicos e laboratoriais. Os pacientes foram acompanhados
até óbito, transplante renal, transferência para hemodiálise (HD), recuperação da função renal
ou perda de seguimento. Considerados idosos, pacientes com mais de 60 anos e, incluídos,
todos os incidentes em DP que completaram 90 dias de terapia. Realizada análise descritiva
dos dados expressos como média ± desvio padrão, mediana ou percentagem, conforme
variáveis fossem categóricas ou numéricas (normais ou não). Normalidade foi avaliada pelo
Kolmogorov Smirnov. Para comparar os grupos em relação à terapia inicial, primeiro DP vs.
primeiro HD, utilizamos teste qui-quadrado ou Kruskal Wallis. Análise semelhante foi
utilizada comparando pacientes em DP automatizada (DPA) vs DP ambulatorial contínua
(DPAC). Dados foram comparados entre pacientes divididos de acordo com IMC através de
ANOVA, Kruskal Wallis ou qui quadrado. Realizadas análise de riscos competitivos e Cox
tempo dependente, considerando modalidade dialítica (DPA vs. DPAC) como variáveis
dependentes, já que o risco relativo (RR) não é proporcional ao longo do tempo da terapia.
Para sobrevida, utilizamos curva de Kaplan Meier e, quando necessário, log rank. Avaliamos
fatores de risco associados aos principais desfechos clínicos ou óbito usando modelo de
regressão de Cox. Aqueles transferidos de clínica, transferidos para HD, função renal
recuperada ou transplantados foram censurados. Associação do comportamento pressórico,
anemia e IMC com desfechos clínicos foi feita utilizando modelos de análise que consideram
estas variáveis como modificáveis no tempo (análises de regressão tempo dependente).
Realizamos joint model para dados longitudinais e tempo dependentes, avaliando o impacto
que uma variável longitudinal apresenta no tempo, na sobrevida. Adotamos sempre que
possível intervalo de confiança (IC) de 95% e cálculo da razão de chances. Software
utilizados: SPSS 15.0 e STATA 13. Resultados: 1) Média de idade em DPA 74.5 ± 6.8 anos
7
e 74.6 ± 6.7 em DPAC; 50.8% de mulheres em DPA e 54.4% em DPAC. Comorbidades:
diabetes (52.3% em DPA e 47% em DPAC) e hipertrofia ventricular esquerda (36.3% em
DPA e 46.1% em DPAC) onde 93,6% apresentou escore de Davies ≥ 2. Com análise de Cox
tempo dependente, o RR mostrou, que após o 180 mês, DPA revelou menor risco de
mortalidade (RR=0.25, CI=0.073-0.86) comparada com DPAC; 2) Pacientes desnutridos
(76.79 ± 7.53 anos) eram mais velhos (p = <0.0001) com maior percentual de morte (44.6%, p
= 0.001); diabetes mostrou alta prevalência nos obesos (68%, p <0.0001); níveis mais
elevados de PA (p = 0.002) estiveram presentes nos obesos e com sobrepeso. DPA foi mais
favorável a partir do 180 mês; para cada unidade de IMC ganha, ocorre diminuição de 1% no
risco de morte; aumento da PA sistólica foi protetor, chegando a 40% de diminuição do risco
de morte para um slope de 1 unidade; a média inicial da hemoglobina foi fator protetor com
cerca de 12% de diminuição no risco, para cada unidade de hemoglobina. Conclusões: Neste
estudo observamos que a modalidade DPA é mais favorável que DPAC a partir do 18° mês de
terapia e, que o aumento do IMC e da PA sistólica ao longo da terapia se mostrou protetor,
assim como a hemoglobina na admissão. / Introduction: Since old age is a risk factor for chronic kidney disease (CKD), we are
experiencing today higher and progressive incidence of elderly patients on renal replacement
therapy (RRT). As there is no Brazilian studies on peritoneal dialysis (PD) in elderly patients,
we consider necessary to understand topics in this population. The objectives of this study are
to describe a cohort of peritoneal dialysis elderly patients; evaluate risk factors associated
with patient survival; assess the impact of blood pressure, body mass index and anemia on
survival. Patients and Methods: A multicenter prospective cohort study was designed from
December 2004 to October 2007. Evaluated 102 centers with more than ten patients on
peritoneal dialysis and who were using Baxter systems. The data filled by nurses and
physicians, were divided into sociodemographic, clinical and laboratory. Patients were
followed until death, kidney transplantation, hemodialysis (HD) transfer, recovery of renal
function or loss of follow-up. Elderly patients were considered over 60 years of age and all
PD incidents patients incidents that have completed 90 days of therapy were included. We
performed a descriptive analysis of data, expressed as mean ± standard deviation, median, or
percentage, as the variables were categorical or numerical (normal or not). Normality was
assessed using the Kolmogorov-Smirnov test. To compare the groups regarding initial
therapy, first PD vs. HD first, we used the chi-square or Kruskal Wallis. A similar analysis
was used to compare patients on automated peritoneal dialysis (APD) vs continuous
ambulatory peritoneal dialysis (CAPD). Data were compared between the patients divided
according to body mass index (BMI) or blood pressure levels by ANOVA, Kruskal Wallis or
the chi square. Competitive risk analysis and time-dependent Cox were performed,
considering the dialysis modality (DPA vs. APD) as dependent variables, since HR is not
proportional throughout therapy time. To analyze survival, we used the Kaplan Meier curve
and the log rank, when required. We assess the risk factors associated with major clinical
outcomes or death using the Cox regression model. In this analysis, those transferred from the
clinic, transfer to HD, with recovery of renal function or transplant were censored. The
association of blood pressure behavior, anemia and BMI with clinical outcomes was done
using analysis models that consider these same variables as modified in time (time dependent
regression analysis). A joint model for longitudinal data and time dependent was conducted,
assessing impact of a longitudinal variable displays on survival. We adopted whenever
possible the 95% confidence interval (CI) and the calculation of odds ratio. Software used:
SPSS 15.0 and STATA 13. Results: 1) Mean age 74.5 ± 6.8 years in APD, 74.6 ± 6.7 in
9
CAPD, 50.8% female in APD, 54.4% in CAPD. Comorbidities: diabetes (52.3% in APD and
47% in CAPD) and left ventricular hypertrophy (36.3% in APD and 46.1% in CAPD)
whereas 93.6% presented Davies score ≥ 2. In Cox time dependent analysis, HR showed that
beyond 18 month, APD modality revealed lower risk of mortality (HR=0.25, CI=0.073-0.86)
when compared with CAPD. 2) Malnourished patients (76.79 ± 7.53 years) were older (p =
<0.0001) with higher percentage of death (44.6%, p = 0.001); diabetes showed higher
prevalence in obese patients (68%, p <0.0001); higher blood pressure levels (p = 0.002) were
present in obese and overweight patients. APD was a protective factor beyond 18 months;
increased BMI variation over time proved to be a protective factor, with a decrease of about
1% in risk of death for every BMI unit earned; increase of systolic blood pressure is
protective, reaching 40% decrease in risk of death for a slope of a unit; the mean initial
hemoglobin (Hb) is protective with approximately 12% decrease in risk of death for each Hb
unit. Conclusions: This study showed that APD is better than CAPD from the 18th month of
therapy, and that the increase in BMI and systolic BP throughout therapy proved protective,
as well as hemoglobin on admission.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:hermes.cpd.ufjf.br:ufjf/1328
Date20 November 2015
CreatorsFranco, Marcia Regina Gianotti
ContributorsFernandes, Natália Maria da Silva, Bastos, Marcus Gomes, Ezequiel, Danielle Guedes de Andrade, Souza, Edison Régio de Moraes, Matos, Jorge Paulo Strogoff de, Andrade, Luiz Carlos Ferreira de
PublisherUniversidade Federal de Juiz de Fora, Programa de Pós-graduação em Saúde Brasileira, UFJF, Brasil, Faculdade de Medicina
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFJF, instname:Universidade Federal de Juiz de Fora, instacron:UFJF
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0036 seconds