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Contexto de vulnerabilidade de travestis e sua associação com a não realização do teste anti-HIV / Vulnerability context of transvestites and their association with non-performance of the test anti-HIV

PINHEIRO JÚNIOR, Francisco Marto Leal. Contexto de vulnerabilidade de travestis e sua associação com a não realização do teste ANTI-HIV. 2013. 94 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Universidade Federal do Ceará. Faculdade de Medicina, Fortaleza, 2013. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2014-06-26T15:33:56Z
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Previous issue date: 2013 / Introduction: Transwomen (travesti) present various factors which make them vulnerable to HIV. However commonly, transwomen do not test for HIV. The same factors which increase HIV vulnerability could act as barriers to HIV testing. Aim: To characterize the contexts of vulnerability to HIV among tranwomen in Fortaleza/CE, so as to identify those factors associated with not testing. Methodology: We carried out an epidemiological cross-sectional survey among 304 transwomen. We included transwomen aged 14 or older who stated that had oral or anal sex with men during the past 12 months. We used the Respondent Driving Sampling (RDS) method to collect data. We analyzed our data using Respondent Driven Sampling Analysis Tool version 5.6 (RDSAT) and the Statistical Package for the Social Sciences version 13.0 (SPSS). Our analysis plan is descriptive and analytical (bivariate and multivariate regression). Results: The individual context of vulnerability was characterized by risky behaviors and sexual practices, such as no condom use at last sex (29.9%) and prostitution (83.5%); lack of information about STDs (21.7%) and HIV (29.5%); and alcohol abuse (49.0%). The social context of vulnerability included low income (34.3%), with a great number of transwomen in classes D and E (39.0%), and a history of discrimination (87.3%). In the context of the programmatic vulnerability, taking part in activities organized by NGOs was more relevant than use of the public health service (83.8% vs. 34.2%) for testing. Sixty-eight per cent (68.0%) of transwomen had never tested. The factors strongly associated with not testing were: first sexual relation under the age of 10 (OR = 6.760), the use of illegal drugs during the sex (OR = 2.384), being under 18 years old (OR = 4.221), suffering discrimination (OR = 3.962) and distrusting the confidentiality of the test result (OR = 3.763). Conclusion: Transwomen are involved in multiple contexts of vulnerability to HIV much more complex than other groups of men who have sex with men. Nevertheless, they avoid HIV testing. Therefore, new strategies for HIV prevention must be developed. Transwomen must be encouraged to test, through programs that address the special vulnerabilities of this group. Such actions may reduce the number of new infections and precocious HIV-positive diagnoses. / Introdução: Travestis apresentam diversos fatores que as colocam em vulnerabilidade ao HIV. Contudo, grandes números de travestis não realizam comumente o teste anti-HIV. Muitos fatores que tornam travestis vulneráveis ao HIV também podem funcionar como barreiras à testagem anti-HIV. Objetivo: Caracterizar os contextos de vulnerabilidade ao HIV entre travestis da cidade de Fortaleza/CE e identificar, dentre os fatores de vulnerabilidade detectados, aqueles que determinam a não realização da testagem sorológica ao HIV. Metodologia: Pesquisa de cunho epidemiológica do tipo transversal. A amostra do estudo foi composta por 304 travestis da cidade de Fortaleza/CE, com 14 anos de idade ou mais, que referiram ter praticado sexo anal ou oral com homens nos últimos 12 meses e que se definiram como travestis. O método de coleta de dados utilizado foi o Respondent Driving Sampling. Os dados foram analisados através dos softwares estatísticos Respondent Driven Sampling Analysis Tool versão 5.6 (RDSAT) e Statistical Package for the Social Sciences versão 13.0 (SPSS). As analises constaram de estatística descritiva e analítica (regressão bivariada e multivariada). Resultados: O contexto de vulnerabilidade individual de travestis foi caracterizado por comportamentos e práticas sexuais de risco, como última relação sexual desprotegida (29,9%) e prostituição (83,5%), baixo conhecimento sobre DST (21,7%) e HIV (29,5%) e uso abusivo álcool (49,0%). O contexto de vulnerabilidade social incluiu baixa renda (34,3%), grande número de travestis nas classes D/E (39,0%) e história de discriminação (87,3%). No contexto de vulnerabilidade programático destaca-se a maior participação em atividades promovidas por ONGs do que no serviço público de saúde (83,8% x 34,2%). 68% das travestis não fizeram nenhum teste anti-HIV na vida. Foram considerados determinantes da não realização da testagem anti-HIV: a primeira relação sexual antes dos 10 anos de idade (OR= 6.760), o uso de drogas ilícitas durante o sexo (OR= 2.384), ter menos de 18 anos (OR= 4.221), sofrer discriminação (OR= 3.962) e não acreditar na confidenciabilidade do resultado do teste (OR=3.763).Conclusão:Travestis estão envolvidas por um contexto de vulnerabilidade ao HIV bem mais complexo do que outros grupos de homens que fazem sexo com homens. Entretanto, permanecem sem realizar teste anti-HIV. É preciso elaborar novas estratégias de prevenção ao HIV e estímulo a realização do teste anti-HIV que considerem as especificidades deste grupo. Isto poderá contribuir para a redução de novas contaminações e diagnóstico precoce de casos positivos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.repositorio.ufc.br:riufc/8344
Date January 2013
CreatorsPinheiro Junior, Francisco Marto Leal
ContributorsPires Neto, Roberto da Justa
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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