Com o objetivo de realizar uma análise das contribuições das Organizações Não- Governamentais (ONGs) na redução da pobreza, foi feito um estudo de caráter exploratório em San Gaspar Chajul e em Santa Bárbara, comunidades localizadas na região noroeste da Guatemala. Os principais informantes foram os dirigentes e os técnicos das sete ONGs estudadas - três, em San Gaspar Chajul, e quatro, em Santa Bárbara, assim como os seus beneficiários, além das principais lideranças locais. O trabalho empírico teve como base a abordagem de um enfoque metodológico qualitativo. As técnicas utilizadas para a coleta de dados primários foram entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Nas duas comunidades de estudo, elementos físico-geográficos, bem como sociais, econômicos, políticos e históricos incidem na configuração da pobreza. Mas, também, os aspectos históricos influenciam na configuração das ONGs que atualmente trabalham nestas localidades. Em Santa Bárbara, onde o conflito armado interno limitou o processo organizativo, estas entidades são organizadas e dirigidas por pessoas externas às comunidades; enquanto em San Gaspar Chajul, onde a população apresenta uma história de maior participação sócio-organizativa, as ONGs são basicamente dirigidas por pessoas próprias das comunidades. Os projetos executados pelas ONGs, em ambas as localidades, apresentam, também, diferenças. Em San Gaspar Chajul, estes são principalmente de caráter produtivo, e, em Santa Bárbara, têm prioridade os projetos de caráter social. Nos dois casos, de maneira direta ou indireta, o objetivo das ONGs é incidir no problema da pobreza, predominando um discurso que rejeita as ações paternalistas e assistencialistas. Como alternativa, buscam promover a participação e o protagonismo dos seus beneficiários. Contudo, considera-se que as ações das ONGs no atendimento da pobreza não são substanciais. Apesar dos seus projetos atenderem algumas necessidades da população, são limitadas as suas contribuições, já que a abordagem da pobreza é feita apenas no sentido de carência de recurso. Como conseqüência, longe de propiciar que a população tenha capacidade de agir por si mesma, gerando autonomia, torna-a dependente dos seus programas de desenvolvimento. / Con el objetivo de realizar un análisis de las contribuciones de las Organizaciones No Gubernamentales (ONGs) en la reducción de la pobreza, fue hecho un estudio de carácter exploratorio en San Gaspar Chapul y Santa Bárbara, comunidades localizadas en la región nor-occidente de Guatemala. Los informantes principales fueron los dirigentes y los técnicos de siete ONGs estudiadas –tres, en San Gaspar Chajul, y cuatro, en Santa Bárbara, así como a sus beneficiarios, además de los principales líderes locales. El trabajo empírico tuvo como base el abordaje de un enfoque metodológico cualitativo. Las técnicas utilizadas para la recolección de los datos primarios fueron entrevistas semi-estructuradas y observación participante. En las dos comunidades de estudio, elementos físico-geográficos, así como sociales, económicos, políticos e históricos inciden en la configuración de la pobreza. Pero también, los aspectos históricos influencian en la configuración de las ONGs que actualmente trabajan en estas localidades. En Santa Bárbara, en donde el conflicto armado interno limitó el proceso organizativo, estas entidades son organizadas y dirigidas por personas externas a las comunidades: mientras que en San Gaspar Chajul, donde la población presenta una historia de mayor participación socio-organizativa, las ONGs son básicamente dirigidas por personas propias de las comunidades. Los proyectos ejecutados por los ONGs son básicamente dirigidas por personas propias de las comunidades. Los proyectos ejecutados por las ONGs, en ambas localidades, presentan, también, diferencias. En San Gaspar Chajul, estos son principalmente de carácter productivo, y, en Santa Bárbara, tienen prioridad los proyectos de carácter social. En ambos casos, de manera directa o indirecta, el objetivo de las ONGs es incidir en el problema de la pobreza, predominando un discurso que rechaza las acciones paternalistas y asistencialistas. Como alternativa, buscan promover la participación y el protagonismo de sus beneficiarios. Sin embargo, se considera que las acciones de las ONGs en el atendimiento a la pobreza no son substanciales. A pesar de que sus proyectos atiendan algunas necesidades de la población, son limitadas sus contribuciones, ya que el abordaje de la pobreza es hecha únicamente en el sentido de carencia de recurso. Como consecuencia, lejos de propiciar que la población tenga capacidad de accionar por si misma, generando autonomía, la torna dependiente de sus programas de desarrollo.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15633 |
Date | January 2008 |
Creators | Tzay, Gladys Yolanda Bala |
Contributors | Waquil, Paulo Dabdab |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0024 seconds