Return to search

Potenciais evocados auditivos de tronco encefalico em lactentes termos e prematuros / Auditory brainstem response in full-term and premature infants

Orientadores: Maria Francisca Colella dos Santos, Andrea Trevas Maciel Guerra / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-15T10:05:40Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Casali_RaquelLeme_M.pdf: 1957097 bytes, checksum: 0478a353098aaec7ddb8d41b65685008 (MD5)
Previous issue date: 2010 / Resumo: Introdução: O Potencial Evocado Auditivo de Tronco Encefálico (PEATE) é um exame objetivo de extrema importância no diagnóstico precoce de alterações auditivas em neonatos e lactentes, devido à dificuldade de se obter respostas audiológicas subjetivas fidedignas nessa população. Os dados normativos das respostas da população adulta para esse teste já estão bem estabelecidos na literatura. No entanto, os dados obtidos na população pediátrica, em especial referente aos prematuros, precisam ser mais estudados. O uso de critérios de normalidade para adultos na análise do PEATE de crianças pode levar a interpretação equivocada dos resultados devido à influência do processo de maturação do sistema auditivo. Nos últimos anos com o avanço da triagem auditiva neonatal e seguindo a preconização da detecção precoce de alterações auditivas houve um aumento da demanda de crianças muito novas para a conclusão do diagnóstico audiológico. Dessa forma, faz-se necessária a obtenção de dados normativos de neonatos e lactentes termos e prematuros para esse teste, os quais poderão ser utilizados como referência na interpretação dos resultados e, portanto, possibilitarão o aumento da precisão diagnóstica. Objetivos: Analisar o padrão de respostas de recém nascidos termos e prematuros para o PEATE, considerando os fatores gênero e orelha, e analisar a influência da maturação do sistema auditivo nas respostas eletrofisiológicas dessa população. Material e Métodos: Estudo de corte transversal e prospectivo. Foram avaliados 36 lactentes termos e 30 prematuros que permaneceram no alojamento conjunto, passaram no teste Emissões Otoacústicas Transientes, apresentaram curva timpanométrica tipo A e, com exceção da prematuridade, não apresentaram nenhum outro indicador de risco para perda auditiva. As avaliações ocorreram entre a alta hospitalar e o terceiro mês de vida, sendo constituídas por anamnese, medidas de imitância acústica e avaliação eletrofisiológica por meio do PEATE. Resultados: Na comparação das latências absolutas e interpicos das ondas I, III e V quanto às orelhas direita e esquerda foi observada diferença estatisticamente significante para o interpico I-III. Ao considerarmos o gênero masculino e feminino, não houve diferença significante para as latências absolutas e interpicos, tanto para os termos quanto para os prematuros. Na comparação das latências absolutas e interpicos entre prematuros e termos observou-se diferenças estatisticamente significantes para as latências absolutas das ondas I, III e V em 80 dB e da onda V em 60 e 20 dB. Verificou-se correlação inversa entre idade gestacional e latências absolutas. Foi observado que com o aumento da idade gestacional e consequentemente da maturação do sistema auditivo central ao nível do tronco encefálico ocorre uma diminuição contínua das latências absolutas de todas as ondas nos lactentes termos e prematuros. Essa diminuição está relacionada à progressiva mielinização das estruturas do sistema nervoso central. Conclusão: A maturação do sistema auditivo influencia as respostas do PEATE de neonatos e lactentes. Para evitar a interpretação equivocada dos resultados deve-se considerar a idade gestacional na análise do PEATE na população pediátrica / Abstract: Introduction: The Auditory Brainstem Response (ABR) is a very important objective test in early diagnosis of hearing impairment in newborns and infants due to the difficulty of obtaining reliable subjective auditory responses in this population. Normative data of the adult population's responses for this test are well established in the literature. However, the data for pediatric population, in particular concerning premature need to be further studied. The use of normality criteria for adults in the analysis of ABR in children can lead to misinterpretation of the results due to the influence of the auditory system's maturation. Nowadays, with the advance of newborn hearing screening and following the proposal of early detection of hearing impairment, there is an increased demand of very young children to complete the audiological diagnosis. Therefore, it is necessary to obtain normative data for term and premature newborns and infants for this test. These data can be used as a reference when interpreting the results and thus enable to increase the diagnostic accuracy. Objectives: To compare the ABR responses between full-term and premature children, considering gender and ear factors, and to analyze the influence of the auditory system maturation in the electrophysiological responses of this population. Methods: Transversal and prospective cohort study. We evaluated 36 full-term and 30 premature infants, who remained in the nursery, passed the Transient Otoacoustic Emissions test, presented tympanometric curve type A and, besides prematurity, did not have any other risk factors for hearing loss. The evaluations occurred between the discharge from the hospital and the third month of life, and consisted of history, acoustic immittance measures and evaluation of ABR. Results: Comparison of absolute and interpeak latencies of waves I, III and V on the right and left ears showed statistically significant difference in interpeak I-III, for which the values in the right ear were lower than in the left ear. In the comparison of absolute and interpeak latencies in relation to gender, there was no significant difference for the absolute and interpeak latencies for both full-term and premature infants, at all intensities evaluated. In the comparison of absolute and interpeak latencies between full-term and premature infants we observed statistically significant differences for absolute latencies of waves I, III and V at 80 dB and of wave V at 60 and 20 dB; for all intensities we observed longer latencies in premature. Inverse correlation was found between age and absolute latencies. It was observed that with gestational age increase, and hence of central auditory system's maturation at the brain stem, there is a continuous decrease of absolute latencies of all waves in terms and preterm infants. This decrease is related to the progressive myelination of the structures of central nervous system. Conclusions: Maturation of the auditory system influences the responses of the ABR of neonates and infants. To avoid misinterpretation of results, gestational age must be considered in the analysis of ABR in the pediatric population / Mestrado / Saude da Criança e do Adolescente / Mestre em Saude da Criança e do Adolescente

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/310941
Date02 November 2010
CreatorsCasali, Raquel Leme, 1984-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Maciel-Guerra, Andrea Trevas, 1960-, Colella-Santos, Maria Francisca, 1963-, Couto, Christiane Marques do, Lobo, Ivone Ferreira Neves
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format151 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0026 seconds