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Previous issue date: 2009 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais de avaliação
processual construídas por professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental da
Rede Municipal da cidade do Recife/PE. Constituiram-se como referenciais para
estudos de avaliação os autores: Perrenoud (1999; 2004), Esteban (1999; 2005),
Silva (2003; 2004), Hoffmann (2003; 2005a) e Luckesi (2005). Para a Teoria das
Representações Sociais nos apoiamos em Moscovici (1978; 2003) e Jodelet (2001;
2005). A pesquisa, de natureza qualitativa, foi realizada junto a vinte professoras da
RPA 5, graduadas em Pedagogia e com formação acadêmica iniciada na década de
1990. Para definição do grupo realizamos um estudo exploratório. Os procedimentos
de coleta utilizados foram a observação e a entrevista semi-estruturada. A pesquisa
foi dividida em duas fases. Na primeira, observamos as práticas avaliativas de duas
professoras no intuito de nos aproximar de suas representações sociais de avaliação
processual. Na segunda, fizemos uso da entrevista com as vinte professoras
incluindo, nesse grupo, as duas docentes que tiveram suas práticas observadas.
Nosso intuito com o seu uso foi aprofundar e esclarecer os aspectos constituintes
das representações sociais de avaliação processual. A técnica utilizada para analisar
os registros das observações e depoimentos das entrevistas foi a Análise de
Conteúdo de Bardin (2004). Os resultados, no que se refere as professoras que
tiveram suas práticas observadas, nos autorizam a afirmar que a avaliação
processual tem ganhado configurações distintas. O processo avaliativo
desencadeado em sala de aula nos revelou que, para uma das docentes, a
representação social de avaliação processual se define por sua continuidade em
função do quantitativo de conteúdos, instrumentos avaliativos e atividades prescritas.
A segunda professora observada revelou uma representação social de avaliação
processual centrada no acompanhamento permanente dos percursos de
aprendizagem dos alunos descartando o forte viés de linearidade e somatório. Esses
últimos achados foram reforçados pelos depoimentos das entrevistadas. Para elas, a
representação social de avaliação processual centra-se no acompanhamento
ininterrupto, observando avanços, dúvidas e dificuldades dos alunos. Embora o
grupo de professoras deixe transparecer em seus depoimentos que se apropriaram
de conceitos coerentes com o novo paradigma da avaliação formativa e reconheçam
sua validade manifestaram-se, de modo geral, em conflito com as implicações
desses conceitos para as práticas. Essas evidências revelam, sobretudo, que o
mecanismo de ancoragem é o que se apresenta de forma mais patente em seus
discursos, já que esse conhecimento pode não estar sendo orientador de suas
práticas. Nossos resultados levam-nos a reconhecer que as políticas educacionais e
as instâncias formadoras devem considerar as representações sociais do grupo de
professoras como ponto de partida para o trabalho de formação docente a fim de
que suas posturas não incidam sob uma mera repetição do discurso ideológico sem
transformações que contribuam efetivamente para um novo fazer avaliativo
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/4265 |
Date | 31 January 2009 |
Creators | GUERRA, Gleice Kelly de Souza |
Contributors | MACHADO, Laêda Bezerra |
Publisher | Universidade Federal de Pernambuco |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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