Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, do Trabalho e das Organizações, 2013. / Submitted by Alaíde Gonçalves dos Santos (alaide@unb.br) on 2014-05-05T11:59:57Z
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2013_LeticiaValenteRamos.pdf: 635260 bytes, checksum: 46b310287161be51216d066b5cb7ed9d (MD5) / A evolução da organização do trabalho do fordismo ao pós-fordismo e, em particular, as mudanças de paradigmas técno-gerenciais trouxeram uma complexidade para o trabalho do gestor. Com objetivo de traçar um panorama histórico e conceitual que fundamentasse o presente estudo, apresentamos a evolução das teorias administrativas, das escolas de administração e suas respectivas imagens de homem e estabelecemos as relações com a psicodinâmica do trabalho. A organização do trabalho é a força como, por um lado, as tarefas são definidas, divididas e distribuídas entre os trabalhadores; por outro lado, a forma como são concebidas as prescrições e, finalmente, a forma como se operam a fiscalização, o controle, a ordem, a direção e a hierarquia. O coletivo não existe em função da vontade. Ele é construído. Uma situação de coletivo exige que o sujeito esteja em condição de renunciar à onipotência e enfrentar as impotências diante das adversidades da organização do trabalho, ao criar laços sociais afetivos que o resgatem da solidão e do desamparo. A presente pesquisa teve como objetivo geral analisar a relação entre a organização do trabalho dos gestores intermediários em uma multinacional localizada no nordeste do Brasil e a constituição do coletivo de trabalho. Apresentam-se como objetivos específicos: (1) descrever a organização do trabalho prescrita e real; (2) descrever o prazer-sofrimento; (3) descrever as estratégias de defesa e, (4) descrever o coletivo de trabalho desses gestores. Participaram da pesquisa 05 gestores intermediários. Todos do sexo masculino. O mais jovem tem 33 anos e o mais velho 56. O tempo de serviço na filial brasileira varia entre 1 ano e 15 anos. Eles atuam nos departamentos de vendas, de peças e de serviços. A coleta de dados foi realizada por meio de três entrevistas semiestruturadas com cada um dos gestores. No total foram 15 entrevistas. Todas as entrevistas foram virtuais (skype). Foram gravadas, transcritas e submetidas à análise de conteúdo categorial temática de acordo com os estudos de Bardin (2011). Verifica-se que a organização do trabalho dos gestores intermediários estudados é marcada pela divisão de tarefas e de homens, a qual resulta em uma competição exacerbada entre eles. A departamentalização marcada pela interdependência entre os departamentos gera pressão e aumenta a competição. Os sistemas flexíveis de produção geram instabilidade e precarizam as relações de trabalho. Identificamos que a flexibilização aumenta a discrepância entre o trabalho prescrito e o real. Concluímos que este modelo de organização de trabalho impede a constituição do coletivo dos gestores pesquisados. Como consequência da organização do trabalho e da ausência do coletivo, verificamos que os gestores utilizam estratégias de defesa de adaptação e de exploração. Apuramos que eles sofrem de duas patologias sociais: a sobrecarga e a servidão voluntária. Como contribuição, Verifica-se que há escassez de estudos que relacionam a organização do trabalho com a constituição do coletivo de trabalho assim como estudos que abordam a psicodinâmica do trabalho com gestores intermediários. Diante dessa escassez, sugere-se que estudos futuros em psicodinâmica envolvam esta categoria profissional. Espera-se que este estudo contribua com pesquisadores que utilizam a abordagem da psicodinâmica do trabalho e outras abordagens, no aprofundamento de estudos sobre gestão. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT / The developments of the organization of work from the fordism until the post-fordism, particularly the changes on techno-managerial paradigms brought complexity to managers work. To provide a conceptual and historical overview that can substantiate this study we will present the evolution of administration theories and schools and also their images of man in order to establish the connections with the psychodynamics of work theory. The organization of work is how work is defined, divided and distributed among workers, how the prescriptions are designed and how monitoring, control, order, direction and hierarchy operate. The collective of work does not depend on will. It is built. It demands the forgoing of omnipotence and confrontation against powerlessness towards work organization adversities. The main objective of this study is to analyze the relation between the organization of wok of middle managers from a multinational company located in the northeast of Brazil and the constitution of their collective of work. The specific objectives are: (1) describe the prescribed and real organization of work; (2) describe pleasure-suffering; (3) describe defense strategies and, (4) describe these middle managers collective of work. Five middle managers participated on this study. All of them are male. The youngest is 33 and the oldest is 56 years old. The length of service with the company varies from 1 to 15 years. They hold positions within the sales, the parts and the services departments. Data was collected using semi-structured interviews. The researcher conducted three interviews with each participant for a total of 15 interviews. All of them were through skype. The interviews were recorded, transcribed and submitted to the categorical content analysis according to Bardin (2011). It can be observed that the organization of work of the middle managers studied is characterized by the division of tasks and of workers which leads to exacerbated competition among them. Departmentalization and interdependence among departments increase competition and generates pressure. Flexible production systems generate instability and lead to worse work relations. We have identified that flexible production enhance the discrepancy between prescribed and real work. Our conclusion is that this organization of work model prevent the collective of work to be constituted by the middle managers. As a consequence, they use defense strategies of adaptation and exploitation. There is evidence that these managers suffer from two social pathologies: overload and voluntary servitude. As a contribution, we observed that there are few studies on the relation between the organization of work and he constitution of the collective of work, also there are few studies with middle managers regarding the psychodynamics of work theory. Therefore, we suggest that future studies on the psychodynamics of work include this professional category. We expect that this study can contribute with researchers who use the psychodynamics of work approach and other approaches to deepen the studies on management.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/15544 |
Date | 08 1900 |
Creators | Ramos, Letícia Valente |
Contributors | Mendes, Ana Magnólia Bezerra |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB |
Rights | A concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess |
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