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Avaliação da influência das comorbidades na qualidade de vida em pacientes com artrite reumatoide

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Previous issue date: 2017-08-30 / CAPES / A artrite reumatoide (AR), doença inflamatória articular crônica, pode afetar a qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS), dependendo da presença de comorbidades, presença de deformidades, intensidade da atividade da doença e dados sociodemográficos. A prevalência das comorbidades varia entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nestes há deficiência de publicação sobre o impacto das comorbidades na QVRS em AR. A maioria dos estudos que tratam de AR, QVRS e comorbidades, não incluem hipertensão, dislipidemia e fibromialgia. Avaliou-se a influência da presença de comorbidades na QVRS de paciente com AR, focando o contexto de país em desenvolvimento. O estudo foi baseado no banco de dados de pesquisa multicêntrica transversal de pacientes com AR, realizado no Brasil, de 2014 a 2015. Os componentes físico (CF), e mental (CM) do SF-12 tiveram associações com as variáveis independentes. Foram consideradas: presença de comorbidades hipertensão, diabetes, dislipidemia, obesidade, depressão, osteoporose e fibromialgia; número de comorbidades; dados clínicos, Questionário de Avaliação de Saúde (HAQ-DI), Escala de Atividade da Doença (DAS28), Escala Analógica de Dor (EVA), Classe Funcional pelo Critério de Steinbrocker, presença de deformidades e internação pelas comorbidades; dados sociodemográficos, sexo, idade, escolaridade, situação trabalhista, consumo de álcool e tabagismo. Foram 689 pacientes, a maioria do sexo feminino (86,9%). A mediana e intervalo interquartílico da idade foram 58,0 (16,2) anos, da duração da doença foram 11,0 (12,0) anos e do escore do CF foram 43,68 (22,66) e do CM foram 34,81 (15,96). A comorbidade mais frequente foi a hipertensão, sendo observada em 324 pacientes (47%), seguida pela dislipidemia, relatada em 30,2%. Houve associação negativa significativa entre o CF e depressão (diferença de média (dm) =-8,19; p=0,001), fibromialgia (dm=-7,18; p=0,000), tabagismo (dm=-5,27; p=0,031), diabetes (dm=- 3,52; p=0,045) e sexo feminino (dm=-0,19; p=0,000). Por outro lado, houve associação positiva significativa entre o CF e internação por comorbidades (dm=7,54; p=0,005), consumo de álcool (dm=7,35; p=0,006) e situação trabalhista ativa (dm=3,28; p<0,01). Encontrou-se associação positiva significativa entre o CM e situação trabalhista ativa (dm=4,04; p<0,01), presença de deformidade (dm=3,56; p=0,000) e hipertensão (dm=2,21; p=0,002). Na comparação dos pacientes com e sem comorbidade, a situação trabalhista ativa (p<0,025) obteve diferença significativa de frequências; a classe funcional (p<0,05) e a EVA (p=0,02) apresentaram médias com diferenças significativas. O número de comorbidades e os CF e CM apresentaram correlações significativas negativas. Ainda HAQ-DI, DAS28, EVA e classe funcional foram correlacionados significativamente com os CF e CM e duração da doença e CF. Na regressão linear múltipla Stepwise, verificou-se influência negativa maior da depressão, seguido do tabagismo, fibromialgia e sexo feminino no CF. No entanto, a internação por comorbidade e consumo de álcool apresentaram influência positiva ao CF. Confirmou-se que quanto maior o número de comorbidades, menor a QVRS. Quanto maior DAS28, EVA e HAQ-DI, pior QVRS. / Rheumatoid arthritis (RA), a chronic inflammatory joint disease, can result in impairment of health-related quality of life (HRQoL), depending on the intensity of disease activity, deformities, presence of comorbidities, and sociodemographic data. The prevalence of the comorbidities varies between developed and developing countries. There is a lack of publication on the impact of comorbidities on HRQoL in RA in developing countries. Most studies dealing with RA, HRQoL and comorbidities do not include hypertension, dyslipidemia and fibromyalgia. The master’s thesis objective was to evaluate the impact of the presence of comorbidities on the HRQoL of patients with RA, in the context of a developing country. The study was a cross-sectional analysis based on multicenter research database in Brazil, of patients diagnosed with RA, performed from 2014 to 2015. The physical component summary - PCS, and mental component summary - MCS of the SF-12 had associations verified with the independent variables chosen: comorbidities - hypertension, diabetes mellitus (DM), dyslipidemia, obesity, depression, osteoporosis and fibromyalgia; number of comorbidities; clinical data: Health Assessment Questionnaire Disability Index (HAQ-DI), Disease Activity Scale (DAS 28), Analog Pain Scale according to patient (VAS), Functional Class according to Steinbrocker criteria, presence of deformities and hospitalization for comorbidities at the last 12 months; sociodemographic data: sex, age, schooling, labor situation, alcohol consumption and smoking. There were 689 patients with RA, the majority of them female (86.9%). The median and interquartile range of age were 58.0 (16.2) years, the duration of the disease were 11.0 (12.0) years and the PCS was 43.68 (22.66) and MCS was 34.81 (15.96). Regarding comorbidities, the most frequent was hypertension, observed in 324 patients (47%), followed by dyslipidemia, reported in 30.2% of the cases. There was a significant negative association between the PCS and the dichotomous variables: depression (average difference (ad) =-8.19; p=0.001), fibromyalgia (ad=-7.18; p=0.000), smoking (ad=-5,27; p=0,031), DM (ad=-3.52; p=0.045) and sex female (ad=-0.19; p=0.000). On the other hand, there was significant positive association between the PCS and the dichotomous variables: hospitalization (ad=7.54; p=0.005), alcohol comsumption (ad=7.35; p=0.006) and active labor situation (ad=3.28; p<0.01). There was a significant positive association between MCS and active labor situation (ad=4.04, p<0.01), presence of deformity (ad=3.56, p=0.000) and hypertension (ad=2.21; p=0.002). In the comparison of patients with and without comorbidities, the active labor situation (p<0.025) showed a significant difference in frequencies; the averages of functional class (p<0.05) and of VAS (p=0.02) presented significant differences between these groups. The number of comorbidities and PCS and MCS were significantly negative correlated. Still HAQ-DI, DAS28, VAS and functional class were significantly negative correlated with the PCS and MCS and duration of the disease with the PCS. By the stepwise linear regression where each variable appears with its isolated effect, there was a greater significant negative influence in the PCS of depression, followed in descending order, smoking, fibromyalgia and female sex. In turn, hospitalization for comorbidity and alcohol consumption corresponded to an increment in PCS. It was confirmed that the number of comorbidities is associated with the decrease in the HRQoL of the RA patient. The greater intensity of disease activity and pain and functional disability, the worse the HRQoL.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/27582
Date30 August 2017
CreatorsDIAS, Evelina Recamonde
Contributorshttp://lattes.cnpq.br/9182477114421476, MARQUES, Cláudia Diniz Lopes, GOMES, Bruno Severo
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco, Programa de Pos Graduacao em Ciencias da Saude, UFPE, Brasil
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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