Return to search

A territorialização da cafeicultura no Planalto da Conquista/Bahia : transformações e contradições no espaço agrário / The TERRITORIALIZATION OF COFFEE IN THE HIGHLANDS OF CONQUEST / BAHIA: transformations and contradictions in agrarian space.

This study aims to analyze the territorialization of Coffee Culture in the plateau of conquista, Bahia, considering the opposition agribusiness X peasantry. The research included the six major coffee producing districts of the Plateau : Vitória da Conquista, Barra do Choça, Ribeirão do largo, Encruzilhada, Planalto e Poções. Besides the theoretical study, we evaluated the changes and contradictions that have been promoted in agrarian space, the public policies for the agricultural sector, particularly those related to coffee production, the question of labor and manpower employed in the coffee, well as the main consequences of coffee in the territorial context. The study allowed the analysis of the contrary, that they understood the territorial capital from the coffee activity. The categories of analysis that supported the work were the "space" and "territory". The main elements of the empirical question of this study were justified and supported by field research. In all districts a land structure was identified with extensive concentration of small units that produce coffee, led of course by farmers / peasants, who live with the large and medium enterprises in agribusiness, now developing its activities in the small farming, now selling its manpower in the larger coffee farms. The journey of wheels‟ workers ranging from 10 to 12 hours a day, with a range of approximately one hour for lunch. This range is formal because in most cases is not used for rest, the worker sacrifices to collect a larger amount of coffee, trying to increase production. It was found that 64.1% of these workers coming from other municipalities, that is, they do a seasonal migration between municipalities throughout the sampling period, as will the search for properties that offer better conditions of wage, in other words, a greater production of coffee. Workers interviewed, found that 81% own their own homes, but most do not have adequate infrastructure, a factor that directly reflects the poor quality of life for workers. As for schooling, 70% have incomplete primary, 18% are illiterate and only 2% have the second degree. Thus, most are unaware of their rights and do not claim for improvements and labor rights. So dodge the situation, highlighting these facets, given the need to survive the dynamism of the capitalist mode of production, which contributed decisively to determine the relationship of subordination of the rural working class. It was noted also that the quickly population‟s growth has resulted in swelling and the consequent increase of urban socioeconomic problems, due to lack of infrastructure and investments in required public policies. This is because the public policies implemented in the Plateau are geared primarily to support the productive chain of coffee (PRONAF investments, the creation of Class Councils, Banks, Offices and agencies linked to all levels of government), lacking, therefore, greater attention to the diversification of agricultural production and other local investment policies in the agricultural sector in general. / Este estudo tem a finalidade de analisar a Territorialização da Cafeicultura no Planalto da Conquista/Bahia, considerando a oposição agronegócio X campesinato. A pesquisa contemplou os seis principais municípios produtores de café do Planalto: Vitória da Conquista, Barra do Choça, Ribeirão do largo, Encruzilhada, Planalto e Poções. Além das abordagens teóricas, foram analisadas as transformações e contradições promovidas no espaço agrário; as políticas públicas implementadas para o setor agrícola, em especial as que estão relacionadas à cafeicultura; a questão do trabalho e a mão-de-obra empregada na cafeicultura; bem como as principais conseqüências da territorialização da cafeicultura nesse contexto. A pesquisa permitiu a análise dos contrários, para que se compreendesse a territorialização do capital a partir da atividade cafeeira. As categorias de análise que deram suporte ao trabalho foram o espaço e o território . Os principais elementos da questão empírica deste trabalho foram fundamentados e respaldados com a pesquisa de campo. Em todos os municípios foi identificada uma estrutura fundiária com acentuada presença de pequenas unidades produtoras de café, conduzidas, evidentemente, por lavradores/camponeses, que convivem com os grandes e médios empreendimentos do agronegócio, ora desenvolvendo as atividades na sua pequena lavoura, ora vendendo sua força de trabalho nas grandes propriedades de café. A jornada dos trabalhadores volantes varia de 10 a 12 horas por dia, com um intervalo de aproximadamente uma hora para o almoço. Esse intervalo é formal porque na maioria das vezes não é utilizado para descansar, pois o trabalhador sacrifica-o para colher uma quantidade maior de café, tentando aumentar a produção. Também foi constatado que 64,1% desses trabalhadores procedem de outros municípios, isto é, eles realizam uma migração sazonal entre os municípios durante todo o período da colheita, pois vão em busca das propriedades que oferecem condições de melhoria salarial, ou seja, uma produção maior de café. Dos trabalhadores entrevistados, constatou-se que 81% possuem casa própria, porém, a maioria não possui infra-estrutura adequada, fator que reflete diretamente na má qualidade de vida desses trabalhadores. Quanto à escolarização, 70% têm o primário incompleto, 18% são analfabetos e apenas 2% têm o 2º grau. Assim, a maioria não tem conhecimento dos seus direitos e não reivindicam por melhorias trabalhistas. Constatou-se, também, que o acelerado crescimento demográfico teve como resultado o inchamento urbano e o conseqüente aumento dos problemas socioeconômicos, devido à falta de infra-estrutura e investimentos em políticas públicas necessárias. Isto, porque as políticas públicas implantadas no Planalto estão voltadas basicamente para sustentar a cadeia produtiva do café, (como os investimentos do PRONAF, a criação de Conselhos de classes, Bancos, Secretarias e órgãos ligados a todas as esferas governamentais), carecendo, portanto, de maior atenção para a diversificação da produção agrícola local e outras políticas de investimento no setor agrário como um todo.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/5486
Date06 July 2011
CreatorsSoares, Venozina de Oliveira
ContributorsLocatel, Celso Donizete
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Geografia, UFS, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0144 seconds