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Estudo randomizado, duplamente mascarado, placebo controlado do uso do misoprostol versus placebo para histeroscopia diagnostica em mulheres na pos-menopausa

Orientador: Aarão Mendes Pinto-Neto / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-08T02:23:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: a histeroscopia é um dos procedimentos mais realizados em ginecologia. Muitos ensaios controlados sugerem vantagens no uso prévio de misoprostol para diminuir a resistência da cérvix uterina; entretanto este tipo de estudo ainda é escasso quando se compara o uso do misoprostol prévio à histeroscopia diagnóstica em mulheres na pós-menopausa. avaliar os efeitos intra e pós-operatórios em mulheres na pós-menopausa, submetidas à histeroscopia diagnóstica, sem anestesia, com uso prévio de misoprostol para amadurecimento do colo uterino. Sujeitos e métodos: foi realizado um estudo tipo ensaio clínico, duplamente mascarado, randomizado, em pós-menopausadas que se submeteram à histeroscopia diagnóstica sem anestesia no IMIP e no hospital Barão de Lucena, em Recife, Pernambuco. Foram incluídas 120 pacientes alocadas aleatoriamente em dois grupos, sendo 60 com uso de 200µg de misoprostol via vaginal e 60 com uso de 200µg de placebo. Foram estudadas as seguintes variáveis: tempo do procedimento, freqüência e intensidade da dor durante o exame, necessidade de dilatação cervical adicional, efeitos colaterais (sangramento genital, náuseas, vômitos, diarréia, hipertermia) e complicações (perfuração uterina, falso pertuito, laceração cervical, infecções, dor no pós-operatório imediato). Para análise estatística, utilizaram-se os testes de qui-quadrado de associação, testes exato de Fisher e Mann-Whitney para comparação dos grupos, considerando-se significativo um erro alfa menor que 5%. Resultados: os grupos foram semelhantes em relação à média de idade (61,3 e 59,2, p=0,09), paridade (04 e 04, p=0,88), IMC (27 e 27,5, p=0,55) e tempo de menopausa (12,5 versus 9,6, p=0,52), intervalo entre medicação e exame (8,4 e 8,2, p=0,4), meio distensor com CO2 (39% versus 32%, p=0,44) e indicações por mioma, espessamento ou sangramento genital (p=0,52; 0,37; 0,62, respectivamente). O grupo do misoprostol apresentou menor intensidade da dor durante o procedimento, tanto na comparação das medianas (05 versus 07, p=0,02) quanto nos escores acima de cinco (44,6% versus 66,7%, p=0,01). Não houve diferenças entre os grupos com relação à duração do procedimento (2,4 versus 2,0 min, p=0,3), presença de dor ao exame ou na biópsia (p=0,74 e p=0,19, respectivamente). Não ocorreu diferença na necessidade de dilatação (17,2 versus 20,3, p=0,66) nem na presença de efeitos colaterais ou complicações. Também não se observaram diferenças significativas na presença e intensidade da dor após o procedimento. Conclusão: o uso prévio de misoprostol parece diminuir a intensidade da dor durante a histeroscopia diagnóstica em pós-menopausadas; entretanto não demonstrou diferenças significativas em relação à diminuição do tempo para o procedimento e nem da necessidade de dilatação cervical entre os grupos, sugerindo não utilizá-lo rotineiramente e sim em alguns casos selecionados / Abstract: hysteroscopy is one of the most useful procedure to study uterine cavity and widely used in gynecologic clinic. Although many controlled clinical trials have shown advantages in the use of misoprostol in realeasing cérvix uterine resistanse, there are few evidence regarding its use before office hysteroscopy in postmenopausal women. Objective: to compare the trans and postoperative results of postmenopausal women underwent office hysteroscopy without anesthesia that used misoprostol or placebo previouslly to the procedure to mature the uterine cérvix in two teaching hospitals in Recife. Patients and methods: a randomized, double masked, clinical trial was conducted enrolling 120 postmenopausal women who had been submitted to office hysteroscopy without anesthesia at IMIP and Barão de Lucena teaching hospital. Among those patients 60 were randomized allocated in the study group using 200µg of vaginal misoprostol and 60 took part in the placebo group using 200µg of a vaginal placebo.The following variable were studied: duration of the procedure, frequency and intensity of pain during the exame, necessity of additional dilatation, side effect as (genital bleeding, nauseas, vomits, diarrhea, and hyperthermia) and complications (uterine perforation, false way, cervical laceration, infections and pain in the imediate postoperatory period). For analysis statistics we used the tests of association qui-square, accurate test of Fisher and Mann-Whitney for comparison of the groups, considering itself significant with lesser alpha error that 5%. Results: We found no significant statistic difference between the groups regarding age (61,3 e 59,2, p=0,09), parity (04 e 04, p=0,88), IMC (27 e 27,5, p=0,55) ,time since menopause (12,5 versus 9,6, p=0,52), time between medication and hysteroscopy (8,4 e 8,2, p=0,4), distensor fluid with CO2 (39% versus 32%, p=0,44) and the indication of the exam (myoma, endometrial thickness and postmenopausal bleeding (p=0,52; 0,37; 0,62, respectively).There was no differences between the groups with regard to duration of the procedure, presence of pain to the examination or hystopathologic findings. No differences in the necessity of extra cervical dilatation nor in the presence of side effects or complications was observed. We also didn't find any statistic difference regarding the presence and intensity of pain after the procedure. The misoprostol group had less pain during hysteroscopy than placebo group (p= 0,02). Conclusions: Although the previous use of misoprostol seems to decrease the intensity of pain during the hysteroscopy in postmenopausal women when compared with those who had used placebo, there were no significant difference in duration of procedure and necessity of extra cervical dilataion. Therefore we do not suggest its routinely use, but only in selected cases / Doutorado / Doutor em Tocoginecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/313663
Date12 December 2006
CreatorsCosta, Aurelio Antonio Ribeiro da
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Pinto-Neto, Aarão Mendes, 1952-
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format69f. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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