Orientador: Paulo Eduardo de Andrade Baltar / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Economia / Made available in DSpace on 2018-08-14T01:39:56Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2009 / Resumo: A década de 90 representou um momento de inflexão na trajetória da economia brasileira, especialmente no que diz respeito ao papel do Estado. De uma economia fechada com forte presença estatal, rapidamente se transitou para um modelo econômico aberto com menor participação do estado. Nesse caminho, várias reformas, de natureza fiscal e no concernente às relações do país com o exterior, foram organizadas sob o pretexto de modernizar a estrutura econômica nacional. Entretanto, o novo modelo não propiciou um crescimento em bases sustentáveis, senão apenas movimentos de stop and go. Os investimentos, insuficientes em termos de volume e definidos segundo a lógica privada do mercado, se concentraram em produtos de baixo valor agregado e muitas vezes não comercializados no exterior. E ainda, a produção doméstica tornou-se cada vez mais depende da importação de bens de capital, insumos e componentes. Nesse sentido, os rebatimentos sobre a estrutura da produção interna e contas externas comprometeu o desenvolvimento do país. A nova organização da economia brasileira repercutiu negativamente sobre a capacidade de geração de empregos e a qualidade dos postos gerados. A absorção da população ativa, ainda apresentando crescimento expressivo e mudando seu perfil (mais adulta e feminina), tornou-se um sério problema. As oportunidades no núcleo capitalista, especialmente o protegido, ficaram mais estreitas e as condições de trabalho acompanharam tal estreitamento, especialmente entre os trabalhadores terceirizados (fenômeno que se intensificou no período). Além disso, a informalização do trabalho ganhou espaço entre os ocupados, com visíveis implicações sobre o grau de insegurança no mercado de trabalho. O desempenho da indústria de transformação contribuiu decisivamente para a ampliação da informalidade, seja pelo seu menor poder de geração de postos de trabalho, seja pelo processo de reestruturação adotado. Da mesma forma que no passado a indústria de transformação teve papel destacado no processo de estruturação do mercado de trabalho nacional, nos anos 90 sua contribuição para o processo de desestruturação desse mesmo mercado de trabalho foi expressiva. / Abstract: The 1990s represented a moment of inflection in the trajetory of Brazilian economy, mainly concerning the role of the State. Brazil shifted from a closed economy with the strong presence of the State to an open economic model with a decreasing participation of the federal sphere. In this process, many fiscal reformations related to the country's external relationships were organized under the pretext of modernizing the national economic structure. However, the new model has not allowed a significant maintainable development, but merely stop-and-go movements. The investments, which have been insufficient in terms of volume and defined according to the market private logic, have concentrated on low aggregated value products that are mostly not commercialized abroad. Besides, domestic production has become more and more dependent on the importation of capital goods, supplies and components. In this sense, the reboundings over the internal production structure and external bills have jeopardized the country's development. The new economic organization in Brazil has had a negative impact on the capacity of employment creation and the quality of the positions generated. The absortion of the economically active population, which has still presented an expressive growing and changed its profile (becoming more adult and feminine), has turned into a serious problem. The opportunities in the capitalist nucleus, specially the protected one, have narrowed, and the work conditions have followed this narrowing, mainly among outsourced workers (a phenomenon that intensified in the period). Furthermore, the informalization of employment has gained room among the occupied population with visible implications for the level of insecurity in the market employment. The performance of the transformation industry has decisively contributed to the growing of informality, either because of its smaller power of generating work places or because of the process of reconstruction embraced. Similarly to what happened in the past, when the transformation industry had an important role in the process of building the national employment market, in the 1990s its contribution to the process of desintegration of this same employment market was significant. / Doutorado / Economia Social e do Trabalho / Doutor em Desenvolvimento Economico
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/285659 |
Date | 08 March 2009 |
Creators | Gomes, Darcilene Claudio |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Baltar, Paulo Eduardo de Andrade, 1950-, Oliveira, Carlos Alonso Barbosa de, Proni, Marcelo Weishaupt, Galvão, Andréia, Carleial, Liana Maria da Frota |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Economia, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Econômico |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 214 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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