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Milagres constantes e inconstantes: variações no discurso jesuítico : 1610-1640

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Previous issue date: 2005 / The analysis discussed in this paper proposes the reconsideration about the study of the miracle appealed into the Jesuitical documentation, privileging the pronounced elements in the religious speech which followed and culminate inside the phenomenon. The miracles were selected from De Angelis Collection, between the period of 1610 to 1640. It should be presented the huge quantity of the miracles registration in Jesuitical letters, aiming the phenomenon as one at the peak of Jesuitical religious experiments. It seems that, being clear construction of a model as well as the necessary missionary filter,that a miracle account should cover: first, to emphasize the degree of kindness / demoniac action (or to set an example of Christianity models), soon afterward to present a conclusion — the interpretation lead by Jesuit reporter / filter / spreader. When this is presented in the condition of letter author as well as the reporter character of the phenomenon, the miracle is evidenced as an ideal model, characterized as the example cases. Grasping the attention about these modal elements, we realize that when the Jesuit stops being an active character of the phenomenon, the account elements change themselves. The judgment about the heavenly validity, compared to the miracle, it should be given by the missioner as well as we could classify it as demoniac action. / A análise em questão propõe reconsiderar o estudo do milagre, recorrente na documentação jesuítica, privilegiando os elementos articulados no discurso religioso que acompanham e culminam no fenômeno. Os milagres foram selecionados na Coleção De Angelis, no período entre 1610 e 1640. Deve se ter presente a grande quantidade de registros destes fenômenos nas cartas jesuíticas, apontando o fenômeno como um dos ápices da experiência religiosa dos inacianos. Parece, assim, ficar evidente a construção de um modelo, bem como os necessários filtros missionários que um relato de milagre deveria percorrer: num primeiro momento, enfatizar o grau de gentilidade e ação demoníaca (ou então, exemplificando modelos de cristandade), para logo em seguida apresentar a conclusão - interpretação conduzida pelo jesuíta, relator/filtro/divulgador. Quando este se apresenta na condição de autor das cartas, bem como a personagem relatora do fenômeno, o milagre evidencia-se como um modelo idealizado, característicos como casos de edificação. Detendo a atenção sobre estes elementos modelares, percebe-se que na medida em que o jesuíta deixa de se constituir personagem ativa no fenômeno, os elementos do relato modificam-se. O julgamento sobre a validade celeste, em relação ao milagre, seria concedido pelo missionário, assim como poderia classificá-lo como ação demoníaca.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:RI_PUC_RS:oai:meriva.pucrs.br:10923/3767
Date January 2005
CreatorsBerto, Carla
ContributorsSantos, Maria Cristina dos
PublisherPontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da PUC_RS, instname:Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, instacron:PUC_RS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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