Nesse trabalho partimos da hipótese de que associado à recuperação econômica da região metropolitana do Rio de Janeiro em meados da década de 1990 estaria ocorrendo um processo de reestruturação espacial, marcado pela ocorrência da dispersão metropolitana e da reconfiguração da centralidade metropolitana. A dispersão metropolitana e a reconfiguração da centralidade metropolitana são vistas como facetas de um mesmo processo de reestruturação espacial que se desenvolve com ritmos diferenciados em diferentes regiões metropolitanas. A dispersão metropolitana significa o esgarçamento do tecido metropolitano, com a ampliação dos vazios entre as áreas efetivamente ocupadas e entre os extremos da região metropolitana, o que se dá a partir da produção de áreas urbanizadas descontínuas que conjugam enclaves e outras formas de urbanização como loteamentos populares e conjuntos habitacionais. A reconfiguração da centralidade metropolitana representa a transição de uma estrutura monocêntrica para uma estrutura policêntrica de centros, que se dá à medida que alguns municípios metropolitanos ampliam o grau de concentração de funções centrais além de passar a concentrar algumas funções anteriormente somente encontradas na metrópole. Ambas as facetas da reestruturação espacial na atualidade apontam para uma forma de produção do espaço mais dispersa, fragmentada e articulada em escala regional. Na região metropolitana do Rio de Janeiro, região essa marcada por uma extrema concentração de população e atividades econômicas na metrópole, a reestruturação espacial se evidencia a partir de um ponto de ruptura nas tendências seculares de concentração econômica e populacional na metrópole. / In this work, we start from the hypothesis that associated with the economic recovery in the mid-1990s was occurring a restructuring process, marked by the occurrence of metropolitan dispersion and reconfiguration of metropolitan centrality. The metropolitan dispersion and reconfiguration of metropolitan centrality are seen as facets of the same spatial restructuring process that develops at different paces in different metropolitan regions. The metropolitan dispersion means the fraying of the metropolitan urban area, with the expansion of the voids between the effectively occupied areas and between the extremes of the metropolitan region, what happens from the production of discontinuous urban areas that combine enclaves and another form of urbanization like popular allotments and housing states. The reconfiguration of metropolitan centrality represents the transition from a monocentric structure to a policentric structure of centers, thats happen according as some metropolitan municipalities extend the degree of concentration of central functions besides passing to concentrate some central functions previously only found in the metropolis. Both facets of present spatial restructuring point to a form of production of space more dispersed, fragmented and articulated on a regional scale. In the metropolitan region of Rio de Janeiro, region marked by an extreme concentration of population and economic activities in the metropolis, the spatial restructuring is evidenced from of a breaking point in the secular trends of economic and population concentration in the metropolis.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-10042017-124411 |
Date | 07 December 2016 |
Creators | Silva, Oséias Teixeira da |
Contributors | Lencioni, Sandra |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
Page generated in 0.0021 seconds