O propósito central deste estudo é investigar se existe um prazo \"ótimo\" para o rodízio mandatório de firmas de auditoria no Brasil. Primeiramente, buscou-se evidências através da percepção de agentes do mercado para fundamentar o desenvolvimento de um modelo de estudo da qualidade de auditoria em função do tempo de relacionamento auditor-auditado tenure, considerando de forma isolada o efeito da tenure nas vertentes da qualidade, competência e independência, de acordo com o conceito de DeAngelo (1981b). Com base em um modelo quadrático, que consiste em uma simplificação do modelo originalmente proposto, foi realizada uma aplicação empírica com dados de companhias abertas brasileiras, listadas na Bovespa, referente ao período de 1998 a 2016. Os resultados sugerem ser possível estimar o prazo \"ótimo\" para o rodízio mandatório de firmas de auditoria em aproximadamente 5,7 anos. Testes adicionais foram realizados para conferir robustez a este resultado, indicando que o prazo \"ótimo\" seria em torno de 6 e 8,8 anos. Esses resultados indicam, portanto, que o prazo atualmente utilizado pela CVM (5 anos para empresas que não têm comitê de auditoria estatutário e 10 anos para as que têm) é compatível com os prazos estimados para se estabelecer o maior nível de qualidade média de auditoria possível. Tendo em vista que os prazos estimados são superiores a 5 anos, talvez não haja prejuízos, no que se refere à maximização da qualidade média da auditoria, se o prazo atualmente adotado for ligeiramente estendido. / The aim of this work is to investigate whether there is an \"optimal\" period for the mandatory audit firm rotation in Brazil. Firstly, evidence was sought through the perception of market agents to support the development of a model of audit quality as a function of the audit tenure, considering separately the effects of audit tenure on the audit quality components, competence and independence, according to DeAngelo\'s (1981b) concept. Based on a quadratic model, which consists of a simplification of the model originally proposed, an empirical application was made with data from Brazilian companies, listed on Bovespa, for the period from 1998 to 2016. The results suggest that it is possible to estimate an \"optimal\" audit tenure period for the mandatory audit firm rotation in Brazil around 5.7 years. Additional tests were performed to give robustness to the results, indicating that the \"optimal\" period would be around 6 and 8.8 years. These results indicate, therefore, that the term currently used by the CVM (5 years for companies that do not have statutory audit committee and 10 years for those that have) is compatible with the estimated terms to establish the highest possible level of the average audit quality. Given that the estimated timeframe is greater than 5 years, there may be no impairment in maximizing the average audit quality if the current rotation period is slightly extended.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-20022018-152730 |
Date | 30 November 2017 |
Creators | Patrícia Romualdo de Almeida |
Contributors | Luiz Nelson Guedes de Carvalho, Guillermo Oscar Braunbeck, Lucio Rodrigues Capelletto, Fábio Moraes da Costa |
Publisher | Universidade de São Paulo, Controladoria e Contabilidade, USP, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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