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O fechamento das escolas do campo em Sergipe : territórios em disputa (2007-2015)

This research approached the closures of rural schools in Sergipe state from 2007 to 2015 and
aimed to analyse the historical and social aspects that conducted this process. Our hypothesis
is that there is an unequal dispute of development models that caused profound contradictions
between the policies for rural development as a territory restricted to economic production and
the Social Movements struggle for the construction of a new territory for life production in
which education play a strategic role. In order to attain our objective, we sought to appropriate
the historical and dialectical materialism method in order to elicit - in its own concreteness of
this process - an analysis based on its totality in articulation with the singularity of the country
development model with its contradictions, and the specificity encompassed in the closure of
rural schools in Sergipe during period ranging. Our bibliographic study was accompanied by
documentary research, statistical data from School Census (INEP) and interviews conducted by
former municipal managers and leaders of peasant Social Movements in the state. Our results
demonstrate evident withdrawal of the State’s role in relation to its offer with the closure of 404
rural schools, of which 296 were extinct and 108 were considered paralysed over the years in
question. The closures were more evident in Sergipe’s High Sertão and Center South regions
and the justification presented were: empty classrooms, lack of adequate structure at schools,
pursuit for improvements in quality of education tied to the end of multigrades and a better
financial management for municipal teachers’ payment. However, the peasant social
movements’ analysis considers the closures as withdrawal of rights and as a way to empty the
countryside. Our historical analysis enabled us to conjecture about this reality and to understand
that economic policy on rural area are related to education policies and financing in it. In turn,
they are guided by the overlapping of economic rationality over social demands of peasant
population. Such comprehension enables us to assess that rural schools are territories in dispute
and their closure is due to a policy that promotes the country as a territory restricted to economic
production, opposed to the historical struggles for the construction of a counter-hegemonic
peasant territory, where Rural Education is born and defended. / A presente pesquisa abordou o fechamento das escolas do campo no Estado de Sergipe entre os
anos de 2007 a 2015 e objetivou analisar os aspectos históricos e sociais que conduzem este
processo. Nossa hipótese foi a de que existe uma disputa desigual de modelos de
desenvolvimento que provocam profundas contradições entre a política de promoção do campo
como território apenas de produção econômica e a luta dos Movimentos Sociais pela construção
de um novo território de produção da vida em que a educação tem um papel estratégico. Para
alcançar nosso objetivo, procuramos nos apropriar do método do materialismo históricodialético,
no intuito de trazer na própria concretude deste processo uma análise baseada na sua
totalidade em articulação com a singularidade do modelo de desenvolvimento do campo com
suas contradições, e a especificidade que se encerra no fechamento das escolas do campo em
Sergipe no período estabelecido. Nosso estudo bibliográfico foi acompanhado de pesquisa
documental, análise de dados estatísticos do Censo Escolar (INEP) e de entrevistas realizadas
com ex-gestores municipais e lideranças de Movimentos Sociais camponeses do Estado.
Nossos resultados demonstram a evidente retirada do papel do Estado em sua oferta com o
fechamento de 404 escolas do campo, destas, 296 foram extintas e 108 se somaram ao status de
paralisada ao longo dos nove anos em questão. Os fechamentos foram mais evidentes no Alto
Sertão e no Centro Sul sergipano e as principais justificativas apresentadas foram: esvaziamento
das turmas, falta de estrutura adequada nas escolas, a busca por melhorias na qualidade do
ensino atrelada ao fim do multisseriado e a melhor gestão financeira para pagamentos dos
professores municipais. A análise dos Movimentos Sociais camponeses entende os fechamentos
como uma retirada de direitos e mais uma forma de esvaziar o campo. Nossa análise histórica
nos permitiu estabelecer um olhar sobre esta realidade e compreender que a política econômica
para o campo está em razão direta à condução das políticas e financiamento educacional para o
mesmo. Estas, por sua vez, pautadas na sobreposição da racionalidade econômica às demandas
sociais da população camponesa. Tal compreensão nos permite aferir que a escola do campo é
um território em disputa e o seu fechamento se trata de um seguimento à política de promoção
do campo como território apenas de produção econômica, oposta à histórica luta pela
construção do território camponês contra-hegemônico, onde nasce e se defende a Educação do
Campo. / São Cristóvão, SE

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/9208
Date27 February 2018
CreatorsCorreia, Elis Santos
ContributorsBretas, Silvana Aparecida
PublisherPós-Graduação em Educação, Universidade Federal de Sergipe
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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