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Previous issue date: 2011-03-30 / This study aims to analyze comparatively the Psicossocial Clinic and
the Alienist and Psychiatric Clinics. As references, we will analyze five elements
mentioned by Robert Castel (1978): Theoric Code, Intervention Tecnology,
Institutional Device, Professional Staff and User Statute. Pinel s Phylosofical
Nosography was the first Theoric Code forged about madness. The Psychiatric Clinic
created manuals of diagnosis such as CID-10 and DSM-IV, wich to this day establish
the psychiatric practice. The Theoric Code of the psicossocial clinic possesses
importante theoric productions, such as the ones showed by the psychoanalists and
militants of the Brazilian Psychiatric Reform Antonio Lancetti, Ana Paula Lobosque
and Fernando Tenório. The asylum, in the Alienist Clinic; the Psychiatric Hospital, in
the Psychiatric Clinic, and the open equipments of the RASM, in the psychossocial
clinic, are the Institutional Devices that have been sheltering the madness. But the
fight for care for those who suffer from mental disorders being available at public
services still meets some resistance. In the asylum and the psychiatric hospital, the
alienist doctor and the psychiatric doctor are the central characters in the treatment of
madness. In the psycossocial clinic, the Professional Staff consists of several
professionals who entangle their knowledge and their skills in the assistence of those
who suffer from mental disorders. However, medical power is still outstanding in the
psycossocial clinic. The Alienist User Statute treated the mad as uncapable and
dangerous. In the psychiatric clinic, the mad also shares the status on mentally ill.
Whereas in the psychossocial clinic, the mad is seen, first of all, as a citizen, wich
implies the need of a clinic that s commited with transforming society s relationship
with madness. The Alienist Intervention Technology was the moral treatment
idealized by Pinel, whereas the one elaborated by the Psychiatric Clinic was the
Psychofarmacology Treatment. On the second half of the XXth century, the
Psychiatric Reform proposed a new intervention technology, the psychossocial
atention, nowadays transformed in a public policy in Brazil by the Ministry of Health.
Well into the 21st century, deep marks of the alienist clinic and the psychiatric clinic
still remain, in the relationship between society and madness, even considering the
advances of the psychossocial clinic.
Key words: Mental health; Alienism; Psicossocial Atention, Psychiatric Reform,
Foucault; Psychoanalysis. / O objetivo deste estudo é fazer uma análise comparativa entre a Clínica
Psicossocial e as Clínicas Alienista e Psiquiátrica. Como referência, analisaremos
cinco elementos citados por Robert Castel (1978): código teórico, tecnologia de
intervenção, dispositivo institucional, corpo de profissionais e estatuto de usuários. A
Nosografia Filosófica de Pinel foi o primeiro Código Teórico elaborado sobre a
loucura. A Clínica Psiquiátrica elaborou manuais diagnósticos, como o CID-10 ou
DSM-IV, que embasam até hoje o fazer psiquiátrico. O Código Teórico da clínica
psicossocial conta com produções teóricas importantes, como as apontadas pelos
psicanalistas e militantes da reforma psiquiátrica brasileira Antonio Lancetti, Ana
Marta Lobosque e Fernando Tenório. O asilo, na clínica alienista; o hospital
psiquiátrico, na clínica psiquiátrica, e os equipamentos abertos da RASM, na clínica
psicossocial, são os Dispositivos Institucionais que têm abrigado a loucura. Mas a
luta para que os cuidados aos portadores de transtorno mental sejam ofertados em
serviços abertos encontra ainda hoje grande resistência. No asilo e no hospital
psiquiátrico, o médico alienista e o médico psiquiatra são os personagens centrais
no tratamento da loucura. Na clínica psicossocial, o Corpo de Profissionais é
marcado por vários profissionais que entrelaçam seus saberes e suas práticas na
assistência aos portadores de transtorno mental. Entretanto, o poder médico ainda é
marcante na clínica psicossocial. O Estatuto de Usuário alienista retratava o louco
como incapaz e perigoso. Na clínica psiquiátrica, o louco assume também o status
de doente mental. Já na clínica psicossocial, o louco é visto, antes de tudo, como um
cidadão, o que implica na necessidade de uma clínica comprometida com a
transformação da relação da sociedade com a loucura. A Tecnologia de Intervenção
Alienista foi o tratamento moral idealizado por Pinel, enquanto o elaborado pela
Clínica Psiquiátrica foi o tratamento psicofarmacológico. Na segunda metade do
século XX, a Reforma Psiquiátrica propôs uma nova tecnologia de intervenção, a
atenção psicossocial, hoje transformada no Brasil em uma política pública pelo
Ministério da Saúde. Em pleno século XXI, marcas profundas da clínica alienista e
psiquiátrica ainda permanecem na relação da sociedade com a loucura, mesmo
considerando os avanços da clínica psicossocial.
Palavras-chave: Saúde Mental. Alienismo. Atenção Psicossocial. Reforma
Psiquiátrica. Foucault. Psicanálise.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:dspace.unifor.br:tede/94107 |
Date | 30 March 2011 |
Creators | Mascarenhas, Lirian Filgueiras |
Contributors | Pinheiro, Clara Virgínia de Queiroz, Arruda, Jose Maria, Teixeira, Leônia Cavalcante, Pinheiro, Clara Virgínia de Queiroz |
Publisher | Universidade de Fortaleza, Mestrado Em Psicologia, UNIFOR, Brasil, Centro de Ciências da Saúde |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UNIFOR, instname:Universidade de Fortaleza, instacron:UNIFOR |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | -8888772380865460381, 500, 500, 292441653440865123 |
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