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Hidrogeoquímica das águas subterrâneas da Bacia Sedimentar Potiguar/RN e caracterização da salinização do aquífero cárstico Jandaíra

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Previous issue date: 2013-08-05 / PETROBRAS/UO-RNCE / Os levantamentos executados numa área de aproximadamente 800 km2, no âmbito
da Bacia Sedimentar Potiguar, evidenciaram que nesse setor o aquífero cárstico Jandaíra,
de natureza livre, é a principal unidade aquífera rasa, constituindo assim, o objeto principal
desse estudo. O aquífero Barreiras, estratigraficamente superior ao Jandaíra, poroso
granular e essencialmente livre, tem espessura litológica e saturada descontínua,
funcionando predominantemente como uma unidade de transferência e recarga do aquífero
Jandaíra subjacente.
A superfície potenciométrica do aquífero Jandaíra apresenta comportamento
uniforme e contínuo, refletindo a ocorrência de uma rede de condutos e cavidades
interligadas, impondo condições que definem um padrão regular de escoamento das águas
subterrâneas que coincide com a declividade geral do terreno.
A caracterização hidrogeoquímica do aquífero Jandaíra evidenciou mudanças
significativas na concentração iônica dessas águas, onde o nível de salinização apresenta
relação com os componentes geográficos e climáticos que imperam nesse domínio. Esse
cenário permitiu a separação das águas amostradas em dois grupos principais com
características distintas, onde a hidroquímica do aquífero Jandaíra é determinada pela
combinação de fatores diversos, como: a interações entre a água e a litologia aquífera
durante o processo de circulação; a presença de sais na zona insaturada que atingem a
zona saturada durante os eventos de recarga e a distância em relação à linha de costa.
No Grupo 1 foram agrupadas as águas de salinidade inferior, classificadas como
doces a ligeiramente salobras, STD médio de 1116 mg/L e fácies predominantemente
bicarbonatada cloretada mista. Além dos processos naturais de interação água-rocha, o
quimismo dessas águas se dá em resposta aos mecanismos de concentração cíclica de sais
por evaporação, os quais atingem a zona saturada durante os eventos de recarga.
No Grupo 2 estão as águas altamente mineralizadas, classificadas como
moderadamente salobras a salgadas, STD médio de 6888 mg/L e fácies cloretadas mistas.
Além da ocorrência dos mesmos processos referidos para o Grupo 1, destaca-se para o
Grupo 2 que a assinatura geoquímica dessas águas pode ser influenciada pela intrusão
salina natural. As condições climáticas em domínio semiárido propiciam uma recarga pouco
eficiente e, portanto, uma frente de escoamento subterrâneo reduzida e incapaz de evitar o
avanço da cunha salina no interior do continente.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpe.br:123456789/10532
Date05 August 2013
CreatorsSTEIN, Paula
ContributorsSANTOS, Almany Costa, MELO, Germano Júnior, DINIZ FILHO, José Braz
PublisherUniversidade Federal de Pernambuco
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguageBreton
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPE, instname:Universidade Federal de Pernambuco, instacron:UFPE
RightsAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil, http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/, info:eu-repo/semantics/openAccess

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