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Estudo de seguranÃa farmacolÃgica do Ãcido caurenÃico, um diterpeno bioativo isolado do Ãleo resina de Copaifera langsdorfii. / Safety pharmacological studies of kaurenoic acid, a bioative diterpene isolated from Copaifera langsdorfii oil resin.

nÃo hà / O Ãleo resina da Copaifera langsdorfii (ORCL), popularmente reputado como produto natural para o tratamento de afecÃÃes inflamatÃrias e para promover cicatrizaÃÃo de Ãlceras e de feridas à rico em Ãcido caurenÃico, um diterpeno com diversas propriedades farmacolÃgicas como antiinflamatÃria, antinociceptiva, diurÃtica, vasodilatadora e hipoglicemiante. AlÃm disso, apresentou genotoxicidade e, portanto os nÃveis do AK necessitam serem limitados em preparaÃÃes comerciais do ORCL. O presente trabalho pretende avaliar a seguranÃa do uso do AK utilizando testes de citotoxicidade in vitro, toxicidade aguda em camundongos, screening para aÃÃo no sistema nervoso central (SNC) in vivo e em eventos cardiovasculares, respiratÃrios e reprodutivos, in vivo e in vitro. Os testes de toxicidade foram realizados usando larvas de Artemia sp., eritrÃcitos de ratos e humano, linhagens tumorais, gametas e embriÃes de ouriÃo (L. variegatus). Para o estudo cardiovascular foram utilizados ECG e pressÃo arterial em rato anestesiado, coraÃÃo isolado perfundido (rato e cobaio), Ãtrios, leito mesentÃrico perfundido e preparaÃÃo de aorta de ratos in vitro. Os efeitos reprodutivos foram analisados na implantaÃÃo e na organogÃnese de embriÃes de camundongos. AK nÃo foi tÃxico para o SNC de acordo com os parÃmetros observados no teste do campo aberto e do rota rod. AK (atà 1g/Kg) e nÃo induziu toxicidade nem atingiu a DL50 em camundongos atà 72h apÃs a sua administraÃÃo. AK à tÃxico para Artemia sp. (CL50 2,00  0,48&#61549;g/mL = 6,6&#61549;M); hemolÃtico (CE50 74&#61549;M - rato e 56&#61549;M - humano); manifesta aÃÃo antiproliferativa (AK 78&#61549;M) contra a MCF-7 (inibiÃÃo de 95%) e a HCT-8 (inibiÃÃo de 45%), embriotÃxico para ouriÃos (L. variegatus), na fertilizaÃÃo e nos estÃgios de blastocisto e larval (CI50 84,2&#61549;M, 44,7&#61549;M e <10&#61549;M, respectivamente). No ECG, nÃo houve alteraÃÃo no intervalo QT, porÃm induziu bradicardia com uma tendÃncia para o prolongamento do intervalo PR, e promoveu hipotensÃo no rato normotenso anestesiado (10mg/Kg). No coraÃÃo perfundido in vitro, AK promoveu inotropismo negativo (1000&#61549;g; 59%) parcialmente revertido pela adrenalina (300ng). Inotropismo negativo similar foi evidenciado em cobaio (AK 300&#61549;g, 47 % e 1000&#61549;g, 50%). Nos Ãtrios isolados, AK (1 - 1000&#61549;g/mL = 3&#61549;M - 3mM) nÃo demonstrou uma mudanÃa nem na freqÃÃncia cardÃaca nem na forÃa da contraÃÃo. Em anel de aorta prÃ-contraÃdas por Phe (1-10&#61549;M), AK (1 - 300&#61549;g/mL = 3&#61549;M â 1mM) nÃo mostrou efeito relaxante, mas quando prÃ-incubado (AK 50&#61549;g/mL = 160&#61549;M) causou inibiÃÃo significativa da contraÃÃo mÃxima na curva dose-resposta de Phe (10-12 a 3X10-5M). AK (atà 50mg/Kg) nÃo apresentou atividade estrogÃnica ou antiestrogÃnica sobre ratas impÃberes. Na embriogÃnese de camundongos, AK reduziu o ganho de peso das grÃvidas (AK 25mg/Kg) sem afetar sua performance reprodutiva, o que ocorreu com AK 50 mg/Kg (perdas embrionÃrias de 83%). Durante a organogÃnese houve reduÃÃo do ganho de peso materno, do ganho de peso fetal e placental e retardo na ossificaÃÃo dos fetos (AK 25mg/Kg), que progrediu atà a perda significativa das gestaÃÃes (AK 50mg/Kg). Conclui-se que AK, nas doses testadas, mostrou-se seguro para animais com relaÃÃo à toxicidade aguda e para os sistemas da Bateria Central de estudos de SeguranÃa FarmacolÃgica, porÃm apresentou toxicidade significativa nos eventos relacionados Ãs cÃlulas mitÃticas ou à diferenciaÃÃo celular e nos reprodutivos (estudos suplementares), provavelmente devido aos seus efeitos antiproliferativos e antiinflamatÃrios. Portanto, necessita-se cautela no uso do Ãleo-resina de copaÃba durante a gestaÃÃo. / CopaÃba oil-resin from Copaifera langsdorfii is a popular natural health product used for the treatment of sore throat, urinary and pulmonary affections, and to promote healing of ulcers and wounds. The oil-resin contains various terpenoid components including kaurenoic acid (KA), a principal diterpenoid that manifests anti-inflammatory, antinociceptive, diuretic, vasodilator and hypoglycemic effects. Besides, KA at higher concentrations demonstrates genotoxicity in the tests of Comet and Micronucleus in vitro. Because of this genotoxic potential, it needs to be restrained the concentration of KA in commercial preparations of copaiba oil. The present work therefore aims to assess the safety of KA through cytotoxicity and acute toxicity tests, studying the effects on central nervous system (CNS), cardiovascular, respiratory and reproductive systems in vivo and in vitro. The toxicity tests were performed using Brine shrimp (Artemia sp.) larvae, rat and human erythrocytes, tumor cell lines, and sea urchin (Lytechinus variegatus) gametes and embryos. In the study of cardiovascular effects, KA was examined on rat ECG and blood pressure, rat or guinea pig isolated perfused heart, atria, aorta, and on rat mesenteric perfusion. The reproductive effects of KA were examined on implantation and organogenesis in mice. The results obtained from the open field and rota rod tests did not reveal any apparent toxicity of KA to the CNS. The KA up to an oral dose of 1g/kg in mice produced no measurable toxicity and the 50% lethal dose (LD50) through a 72h oral toxicity study could not be established. On the other hand, KA showed a very high toxicity to Artemia sp. (LC50 2.00  0.48&#61549;g/mL = 6,6&#61549;M); hemolytic activity (EC50 of 74&#61549;M and 56&#61549;M on rat and human RBCs, respectively); manifested antiproliferative effects (78 &#61549;M) against MCF-7 (95% inhibition) and HCT-8 (45% inhibition); embryotoxicity to L. variegates, impaired the fertilization and development of blastula and larval stages with an IC50 of 84.2 &#61549;M, 44.7&#61549;M and <10&#61549;M, respectively). On ECG, there was no significant alteration in the QT interval but did produce bradycardia and showed a tendency to prolong the PR interval. KA (10mg/Kg) induced a hypotensive response in anesthetized normotensive rats. On perfused rat heart, KA at 1000 &#61549;g showed a negative inotropic effect (59%) partially reverted by adrenaline (300ng). A similar negative inotropism was evidenced in guinea pig heart (KA 300&#61549;g, 47% and 1000&#61549;g, 50%). In isolated atrium, KA (1-1000&#61549;g/mL = 3&#61549;M â 3mM) demonstrated neither bradycardia nor a change in cardiac contractile force. In aortic rings pre-contracted by phenylephrine (1-10&#61549;M), KA (1-300&#61549;g/mL = 3&#61549;M - 1mM) failed to produce a relaxant effect but, however, pre-incubation with KA (50&#61549;g/mL = 160&#61549;M) significantly inhibited the maximal contraction induced by phenylephrine as evidenced by a rightward shift in the concentration-response curve. KA, at oral doses up to 50mg/Kg was found to be free from estrogenic or antiestrogenic effects in mice. Nevertheless, 50 mg/Kg treatment with KA promoted heavy embryonic loss, and at 25mg/Kg, although it caused no such impairment but significantly affected the maternal weight gain during pregnancy. During the organogenesis phase, a reduction in maternal, fetal and placental weight gains was observed. Besides, KA treatment groups showed markedly delayed fetal ossifications (25mg/Kg) and an adverse pregnancy outcome (50mg/Kg). In conclusion, the data obtained from in vivo experimentation suggest that KA, at the doses tested, is apparently safe and free from undesirable effects in all the studied organ systems (core battery of safety pharmacology studies) except the reproductive one (supplemental studies), where in its antiproliferative and anti-inflammatory actions may possibly contribute to impaired pregnancy outcome. Therefore, a caution needs to be exercised in the use of copaiba oil resin during pregnancy.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.teses.ufc.br:5347
Date19 July 2006
CreatorsKarina Moreira de Alencar Cunha
ContributorsVietla Satyanarayana Rao, LetÃcia Veras Costa-Lotufo, Nilberto Robson FalcÃo do Nascimento, Fernanda Regina de Castro Almeida, Maria Bernadete de Sousa Maia
PublisherUniversidade Federal do CearÃ, Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Farmacologia, UFC, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC, instname:Universidade Federal do Ceará, instacron:UFC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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