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Previous issue date: 2004-12-16T00:00:00Z / Os processos de downsizing tornaram-se tão freqüentes que é raro atualmente conhecer alguém que nunca tenha sido demitido. As demissões em massa se intensificaram no final da década de 80, atingiram seu ápice na década de 90 e continuam ocorrendo com freqüência (TOMASKO, 1992; CALDAS, 2000; WEISENFELD, BROCKNER e THIBAULT, 2000). Poderíamos pensar que, já que ser demitido tornou-se quase corriqueiro, isso tornaria as demissões menos traumáticas para as pessoas. Porém isso não é atestado por vários estudos sobre demissões, que mostram que os processos de downsizing trazem, em geral, conseqüências bastante dramáticas para os indivíduos. Vários estudos já foram realizados sobre os efeitos das demissões para os demitidos e para os remanescentes. Este trabalho visa entender como as pessoas que demitem dão sentido à prática de demitir, ou seja, quais as justificativas que usam ao praticarem atos que geralmente causam dor e sofrimento a outras pessoas. A pesquisa investiga também como os profissionais de recursos humanos, responsáveis pelas políticas e práticas relacionadas às pessoas dentro das organizações, dão sentido às demissões em massa, atividade que hoje é, muitas vezes, mais comum do que a própria contratação de pessoas. Para desvendar os sentidos produzidos pelos demissores e profissionais de recursos humanos em processos de downsizing, foram analisadas, com a metodologia de análise de conteúdo, entrevistas com 12 demissores e 13 profissionais de recursos humanos, no total de 25 entrevistas. A coleta do material de pesquisa ocorreu com entrevistas em profundidade semi-estruturadas. A análise das entrevistas nos permite dizer que as demissões, em geral, trazem conseqüências muito dramáticas para as pessoas: demitidos, remanescentes e demissores. Para que seja possível lidar com as demissões, os demissores constroem sentidos e percebem as práticas de downsizing como resultado da objetivação da globalização. Além disso, os demissores reforçam a promessa de ajuda aos demitidos na busca de uma nova posição, seja por meio de programas de recolocação profissional, seja no esforço individual dos demissores. Os demissores revelaram também sua percepção de que, de alguma maneira, os demitidos encontrarão novas oportunidades de trabalho. Nossa pesquisa também desvendou maneiras de legitimação dos processos de downsizing, com a contribuição da retórica da administração de recursos humanos diante desses processos. Para praticar atos que, em geral, trazem dor e sofrimento, os demissores precisam amenizar, de alguma maneira, as conseqüências do próprio ato. / Firms downsize their work force so frequently that it is rare to meet someone nowadays who has never been fired. The number of layoffs increased at the end of the eighties and had their pick in the nineties, and layoffs continue to be commonly implemented (TOMASKO, 1992; CALDAS, 2000; WEISENFELD, BROCKNER e THIBAULT, 2000). One could think that since layoffs have become so common, this would make dismissals less traumatic to individuals. However, this has not been verified in many studies about dismissals. These studies show that downsizing processes usually have dramatic consequences to individuals. Many studies have been conducted about dismissal effects on layoff victims and survivors. The objective of this work is to understand how managers who fire their employees in downsizing processes make sense of their dismissal practices, which are their explanations for implementing actions that usually bring pain and suffering to other people. This research also investigates how human resources professionals, responsible for policies and practices related to employees in the organizations, make sense of layoffs, activities that have become more common than recruiting and selection in many firms. To review the meanings produced by managers and human resources professionals in downsizing processes, twenty-five people were interviewed and the content of the interviews analyzed: twelve layoffs implementing managers and thirteen human resources professionals. We used the content analyses methodology to analyze the material, which was colleted via semi-structured interviews. The interview analysis allows us to say that usually the layoffs consequences are very dramatic to individuals: victims, survivors and implementing managers. To be able to deal with dismissals, managers make sense and perceive layoffs as a result of objectivation of globalization. Besides that, managers usually promise to help dismissed employees to find other work positions, via outplacement programs or via their own individual help. The implementing managers also reveled their perception that, somehow, the dismissed employees would find new work opportunities. Besides that, our research reveled that the human resources rhetoric is a mean to legitimize layoffs. To implement actions that usually bring pain and suffering to individuals, implementing managers need to find ways that somehow diminish the consequences of their own actions.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:bibliotecadigital.fgv.br:10438/2310 |
Date | 16 December 2004 |
Creators | Pliopas, Ana Luísa Villares da Silva Vieira |
Contributors | Bertero, Carlos Osmar, Limongi-França, Ana Cristina, Escolas::EAESP, Tonelli, Maria José |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional do FGV, instname:Fundação Getulio Vargas, instacron:FGV |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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