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Desinstitucionalização e a prática nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva, Florianópolis, 2011 / Made available in DSpace on 2012-10-26T05:17:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
298156.pdf: 1269886 bytes, checksum: bfc7ba4ed3c3628433b2d6a3cab80773 (MD5) / Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, caracterizada como exploratória e descritiva que visa analisar a percepção dos profissionais sobre a desinstitucionalização e a prática nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) de Santa Catarina. O campo de pesquisa ficou delimitado nos 12 CAPS II, que estão distribuídos por todas as regiões do estado e são estruturados para prestar atendimento especificamente aos sujeitos diagnosticados com algum "transtorno mental" e egressos de hospitais psiquiátricos. A coleta dos dados ocorreu por meio de entrevistas semi-estruturadas com 12 coordenadores e um técnico e aplicação de questionários abertos com 22 técnicos graduados. Os relatos das entrevistas e dos questionários foram distribuídos em categorias e subcategorias que foram definidas a posteriori a coleta de dados. A análise foi realizada com base no pensamento hermenêutico-dialético, o qual possibilita compreender a realidade em transformação dentro de um contexto histórico. Os resultados da pesquisa demonstraram que a maioria dos profissionais conhecem as propostas da desinstitucionalização, mas encontram dificuldades em aplicar na prática cotidiana nos CAPS. Já alguns profissionais apresentam uma compreensão equivocada sobre a desinstitucionalização, de forma que não acreditam, não sabem ou não distinguem de desospitalização. A desinstitucionalização nos CAPS pode significar um avanço nas práticas no âmbito da saúde mental, pois os próprios profissionais perceberam que estão reproduzindo o modelo manicomial. Observa-se que não são realizadas ações de desinstitucionalização voltadas aos sujeitos que estão um longo período nos hospitais psiquiátricos de Santa Catarina. No estado, praticamente não existem dispositivos para a reinserção social dos sujeitos com sofrimento psíquico. A deficiência da articulação entre os CAPS e os demais serviços de saúde é uma questão crucial que tem como efeito o retrocesso no âmbito da saúde mental. A situação atual de Santa Catarina requer que os CAPS trabalhem no limiar da institucionalização, uma vez que os usuários não têm o suporte fora das instituições que prestam assistência à saúde mental. / This is a qualitative research approach, characterized as exploratory and descriptive which analyze the perceptions of professionals regarding deinstitutionalization and the practice in the network of Centers for Psychosocial Care (CAPS) in Santa Catarina (SC). The field of research was limited to 12 CAPS II, which are found in all the regions of the state and structured to attend specifically to patients diagnosed with mental disorders and patients who have left psychiatric hospitals. The data was collected through semi-structured interviews with 12 coordinators and a technician and the application of open questionnaires conducted with 22 technicians. The results of interviews and questionnaires were placed in categories and subcategories that were defined after the collection of data. The analysis was based on the hermeneutic-dialectical thinking that allow to understand the reality with in a historical context. The reports demonstrated that many professionals are aware of the proposals of deinstitutionalization but have difficulties to apply them in daily practice in CAPS. Some professionals present a dubious understanding of de-institutionalization, in that either they do not believe in it, or do not know how do distinguish it from de-hospitalization. The professionals have the impression that they are reproducing the asylum model, this fact is a signal that deinstitutionalization could lead to an advance in mental health treatment. There have been few actions of deinstitutionalization for the people who have been for a long periods in psychiatric hospitals in Santa Catarina. There are almost no resources in Santa Catarina for the reintroduction of subjects with psychiatric problems into the community. The lack of connection between CAPS and the health services is a critical problem that has the effect of holding back mental health treatment in Santa Catarina. The current situation in Santa Catarina demands that CAPS works at the limits of institucionalization, even if users do not have support outside of institutions that provide mental health assistance.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/95717
Date January 2011
CreatorsMartinhago, Fernanda
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Oliveira, Walter Ferreira de
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format112 p.| il.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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