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Voz passiva em libras? ou outras estratégias de topicalização?

Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Letras, Departamento de Linguística, Português e Línguas Clássicas, Programa de Pós-Graduação em Linguística, 2014. / Submitted by Ana Cristina Barbosa da Silva (annabds@hotmail.com) on 2014-11-18T15:31:03Z
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2014_JoaoPauloVitorioMiranda.pdf: 2373249 bytes, checksum: 1ce8444899d346a7e4e8bb47bf6c84ad (MD5) / Perceber a voz passiva como uma estratégia morfológica e sintática para i) aumentar a topicalidade de um paciente – colocando-o na posição sintática de sujeito – e, necessariamente, ii) diminuir a importância do agente – colocando-o na periferia da frase ou até apagando-a dela – é tarefa que vai muito além de transformar, mecanicamente, sentenças ativas em passivas. A presente pesquisa apresenta um estudo da sintaxe da Libras a fim de descobrir se tais características, tão presentes em (algumas) línguas orais, são observadas em Libras. Ou, dito de outra forma: como os enunciados, em Libras, colocam o paciente em posição de tópico? Haveria ainda, nos dados observados, mudança nas funções sintáticas dos argumentos, em que o paciente assumiria a função de sujeito? Questionamentos merecedores de destaque nesse processo de análise e descrição de uma língua de sinais. É, mediante o olhar funcionalista-tipológico que esta dissertação evidencia o paciente em posição de tópico, além de outras estratégias utilizadas para topicalizar em Libras. Consideramos, a partir desse olhar, que a língua é um conjunto de ferramentas, dinâmica, cujos componentes linguísticos são analisados na interação verbal, descartando uma preocupação exclusiva com a pura competência para a organização gramatical das frases. Este estudo nos fez perceber a infinidade de fenômenos linguísticos ainda tão pouco (ou nunca) analisados na Libras. Como resultados, constatamos que não há uma forma morfossintática específica e que poderia ser chamada de voz passiva em Libras, mas há formas possíveis de topicalizar o paciente a partir de construções (pro)tipicamente transitivas. Nosso percurso metodológico acabou por nos mostrar que mesmo surdos altamente escolarizados têm dificuldade em compreender a passiva do português, o que nos deixa um espaço novo para futuras pesquisas sobre a temática. _________________________________________________________________________________ ABSTRACT / To understand the passive form as a morphological and syntactical strategy that can i) rise the topicality of a patient - moving it to the subjects’ syntactical position – and, necessarily, ii) reduce the agent’s importance - moving it to the phrasal periphery or even extracting it – it’s a task that goes beyond of only transforming, mechanically, active sentences into passive ones. The present research aims to investigate the syntax of the Libras and to find out if those above cited features, that are so present in (some) spoken languages, are found in Libras. Or, put another way: as the statements, in Libras, set the patient in a topic position? There would have, in the collected data, changings in the syntactical functions of the arguments, in which the patient would take over the subject’s position? This questions deserving an attention concerning to an analysis and description’s process of a signed language. And it is, by the functionalist-typological perspective that this master thesis finds the patient in the topic position, and other strategies used in order to set the topic, in Libras. Consider, from that look, that language is seen as a set of dynamic tools, whose linguistic components are taken from verbal interaction, abandoning the exclusive preoccupation with the pure competence instead of the grammatical organization of the phrases.This study collaborated to the awareness of how many linguistic phenomena have been excluded from the Libras research’s agenda. As a result, we find that there is no specific morphosyntactic form and could be called passive in Libras, but there are possible ways to topicalizar the patient from buildings (pro) typically transitive. Our methodological approach turned out to show us that even highly educated deaf have difficulty understanding the passive of the portuguese, which makes us a new space for future research on the topic.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unb.br:10482/16933
Date31 July 2014
CreatorsMiranda, João Paulo Vitório
ContributorsGomes, Dioney Moreira
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UnB, instname:Universidade de Brasília, instacron:UNB
RightsA concessão da licença deste item refere-se ao termo de autorização impresso assinado pelo autor com as seguintes condições: Na qualidade de titular dos direitos de autor da publicação, autorizo a Universidade de Brasília e o IBICT a disponibilizar por meio dos sites www.bce.unb.br, www.ibict.br, http://hercules.vtls.com/cgi-bin/ndltd/chameleon?lng=pt&skin=ndltd sem ressarcimento dos direitos autorais, de acordo com a Lei nº 9610/98, o texto integral da obra disponibilizada, conforme permissões assinaladas, para fins de leitura, impressão e/ou download, a título de divulgação da produção científica brasileira, a partir desta data., info:eu-repo/semantics/openAccess

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