A perda dentária representa o acúmulo de agravos à saúde bucal ao longo da vida. Estudos apontam que minorias étnico-raciais apresentam maior prevalência de perda dentária mesmo após ajuste para fatores demográficos e socioeconômicos; e sugerem que o efeito residual desta associação poderia ser explicado pela discriminação. O objetivo do estudo foi avaliar a relação entre perda dentária e cor da pele, bem como a contribuição da discriminação auto-referida, condição material de vida e hábitos comportamentais como explicações para esta associação. O estudo foi realizado a partir da análise transversal de dados do Estudo Pro-saúde, que avaliou uma coorte de 4030 funcionarios tecnico-administrativos de campi universitários no Rio de Janeiro, através de questionários auto-preenchíveis, entre1999 e 2001. A análise estatística foi realizada através da regressão logística ordinal. As análises foram feitas para os conjunto de variáveis, em que a variável cor da pele foi mantida independente da significância estatística. No primeiro bloco, a associação entre cor da pele e perda dentária foi controlada por variáveis demográficas (idade, sexo). No segundo bloco ,controlou-se pelas variáveis do bloco 1 mais fatores comportamentais (i.e. fumo, visita ao dentistas, consumo de álcool e situação conjugal). No terceiro bloco controlou-se pelas variáveis do bloco 1 mais fatores socioeconômicos (situação econômica na infância, grau de instrução da mãe, grau de instrução atual e renda familiar equivalizada). No quarto bloco, foram testadas as associações com variáveis de discriminação. No modelo final, foram mantidas as variáveis que alcançaram o nível de significância de 25,0% nos blocos (modelos) prévios. Após ajuste para fatores demográficos, condição material de vida e hábitos comportamentais, a chance de perda dentária continuou maior entre negros (OR=1,46; IC95% 1,21–1,77) e pardos (OR=1,31; IC95% 1,10–1,55) em relação aos brancos. A discriminação auto referida não foi associada ao desfecho. / Tooth loss is the accumulation of oral health hazards such as lack of access to dental care, inappropriate health behavioral, low socioeconomic status. Studies have also shown more tooth loss among racial/ethnic minorities. Racial discrimination has been associated with racial/ethnic disparities in health, affecting the individual and population health. The study aims to evaluate the association between race-ethnicity and tooth loss and the role of socioeconomic status, health behaviors, health services access and self-reported discrimination. Baseline cross-sectional data were obtained from the Pro-Saúde Cohort Study (Rio de Janeiro-Brazil) in 4030 civil servants, and analyzed with ordered logistic regression. The outcome was self-reported tooth loss measured in four ordered categories. In the full model, adjusted for behavioral, socioeconomic, dental care and demographic variables, the OR was, respectively 1.31 (IC 95%: 1.10–1.55) and 1.46 (IC 95%: 1.21–1.77) for browns and blacks. There was no significant association between tooth loss and self-reported discrimination.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:lume.ufrgs.br:10183/52696 |
Date | January 2011 |
Creators | Gonçalves, Letícia Gomes |
Contributors | Celeste, Roger Keller |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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