As lesões de tornozelo, mais precisamente na articulação subtalar, chamadas de entorses, estão bastante presentes no âmbito esportivo. No futsal, esporte amplamente praticado em nosso país, a entorse por inversão do tornozelo está entre as lesões que mais acometem os atletas em todos os níveis de sua prática devido às exigências que o esporte impõe. Avaliações isocinéticas têm sido utilizadas na medição de performances musculares com o intuído de se obterem dados mais precisos em relação às forças produzidas por diferentes grupos musculares. A razão de torque e ativação são duas variáveis que podem ser medidas nestes testes servindo como parâmetro para detectar possíveis desequilíbrios musculares entre músculos agonistas/antagonistas. Este trabalho buscou avaliar as razões de torque e ativação, bem como a potência e o trabalho musculares realizados pela musculatura eversora e inversora do tornozelo em atletas de uma equipe de futsal. Foram avaliados 13 atletas, dos quais 7 atletas com lesão unilateral de tornozelo serviram de amostra para uma comparação entre o membro lesado e não lesado. As razões de torque e ativação da musculatura eversora e inversora do tornozelo foram avaliadas durante contrações isométricas voluntárias máximas nos ângulos de -20º de inversão, 0º e 20º de eversão, e isocinéticas concêntricas e excêntricas nas velocidades de 60º, 120º e 180º/s. As variáveis de trabalho e potência também foram obtidas nestes testes. As razões de torque foram obtidas com a divisão dos valores do pico de torque eversor pelo pico de torque inversor, e as razões de ativação da mesma forma, porém dividindo o valor RMS do sinal EMG dos músculos eversores Fibular Curto e Fibular Longo pelo músculo inversor Tibial Anterior. Os valores encontrados nas razões de torque convencionais e funcionais não demonstraram diferenças significativas entre o grupo de tornozelos com e sem lesão, com exceção da razão funcional inversora EVexc/INVcon, na qual foram encontrados valores maiores no grupo lesado, o que indica possível desequilíbrio na relação Ev/Inv. As razões de ativação não mostraram diferenças significativas entre os dois grupos. Já as variáveis trabalho e potência foram equivalentes nos dois grupos, o que demonstra que após a lesão e a recuperação destes atletas, e com a volta as atividades esportivas houve um reestabelecimento na produção das forças musculares que atuam na musculatura eversora e inversora do tornozelo. / The ankle injuries, more precisely in "subtalar" joint, called sprains, are very present at the sportive universe. In the indoor soccer, commonly practiced in our country, the sprains by the ankle inversion is between the injuries that happens more for the athletes at all levels of the practice because of the requirements imposed by the sport. Isokinetic evaluations have been used in the medication of muscular performance with the intention of getting more precise data about the strength produced by different muscular groups. The torque and activation ratios are two variables that can be measured in these tests, serving as parameter to detect possible muscular unbalance between agonist/antagonist muscles. This paper sought to evaluate the torque and activation ratios, and the power and muscular work done by the evertor and invertor ankle musculature, in indoor soccer players as well. Thirteen athletes were evaluated, seven of them that have unilateral ankle injury, were used to compare the injured and the healthy member. The torque and activation ratios at the evertor and invertor ankle musculature were evaluated during maximum voluntary isometrics contractions at the angles of -20º inversion, 0o and 20º eversion, and concentric and eccentric isokinetics at the velocities of 60º 120º and 180º/s. The work and power variables were also obtained in this tests. The torque ratio were obtained by dividing the evertor torque peak by the invertor torque peak, and the activation ratio by the same way, but dividing the RMS value by the EMG signal from the Short and Long Fibular Muscles Evertor by the Previous Tibial Muscle Invertor. The values found at the conventional and functional torque ratios, not showed significant differences between injured and health ankles, except for the invertor functional ratio EVexc/INVcon, which we found bigger values at the injured group, and this points for an unbalance at the Ev/Inv relation. The activation ratio not showed significant difference between the groups. But the power and work variables were equivalents in both groups, which demonstrate that after these athletes injures and the recuperations, and with the returning to the sportive activities, there were an reestablishing at the production of the muscular strength that actuate in the evertor and invetor ankle musculature.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/15756 |
Date | January 2008 |
Creators | Liotto, Giuliano Jacques |
Contributors | Vaz, Marco Aurelio |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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