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Aluztane Di Lauro.pdf: 12185951 bytes, checksum: 5f97c7dfbdbfc739ae1dc78fea1aa95b (MD5) / Desde a descoberta da agricultura pelo homem neolítico, até os dias atuais, as sociedades têm marcado profundamente sua relação com o meio natural, na busca incessante de produzir
alimentos. Inicialmente, como fonte de sobrevivência e auto-consumo dos grupos sedentários e, posteriormente, com a descoberta e introdução das técnicas, estes tiveram o melhoramento da produção, passando a gerar o excedente. A partir de então, a natureza passou a sofrer com as interferências antrópicas , cada vez mais intensificadas, sendo modelada e remodelada ,
para atender as pressões de uma agricultura capitalista, que ao longo do tempo, mostrou-se insustentável, uma vez que, a produção em larga escala, alimenta as bases capitalistas no/do campo para atender o mercado externo. Não se pode perder de vista, que agricultura brasileira, assim como a maioria dos países da América Latina, surge no contexto das grandes
plantations, voltada para atender as demandas internacionais e com isto, os grupos humanos tiveram que percorrer um longo caminho para atingir os níveis tecnológicos e produtivos da atualidade. Para se chegar a essa agricultura tecnificada, fez-se necessário a extinção de
muitas espécies animais e vegetais, assim como, dos seus habitats naturais. A separação
homem/natureza foi preponderante para desencadear não só o desequilíbrio e
desaparecimento de vários ecossistemas, pois, promoveu, também, a eliminação de muitos povos e suas culturas. Nesse contexto, a agricultura tecnológica , inserida no contexto da globalização, tem criado e recriado novas e profundas relações de produção no campo, proporcionando o aumento da produtividade , e, por outro lado, provocando a diminuição da mão-de-obra e a conseqüente expulsão do homem do campo para os centros urbanos. Nesse direcionamento, é mister mencionar que a agricultura brasileira tecno-científica globalizada, responsável por gerar Commodities, para reprodução e acumulação de capital dos grandes latifundiários e empresários, vem degradando não só os ecossistemas naturais, mas também
degrada as condições de vida do próprio homem, principalmente, daqueles excluídos desse processo produtivo e , com isso, se submetem a condições sub-humanas de sobrevivência. Enquanto isso, os progressos tecnológicos atingem os continentes e suas regiões de forma diferenciada e cada vez mais excludente e segregatória, repercutindo em profundas crises socioambientais a níveis local, regional e global. Nessa perspectiva, a presente pesquisa, tem como objetivo principal, estudar as transformações socioambientais a partir de 1970, em
Vitória da Conquista, Barra do Choça e Planalto, quando a cultura cafeeira é implantada no Sudoeste da Bahia, subsidiada pelo Governo, tendo sua base atrelada aos princípios da “Revolução Verde, e conseqüentemente , promovendo profundas e visíveis modificações sócio-espaciais nos mesmos. Por meio de imagens de satélite LANDSAT 5-TM dos anos de 1988 e 2008, foram gerados mapas finais de uso da terra para melhor visualização das
mudanças ocorridas nos três municípios baianos, e, também, a sobreposição dos dois mapas
finais, demonstrando o grau de devastação das matas ao longo de vinte anos. Além deste
procedimento, tabelas, gráficos e fotografias de campo, foram analisadas e comentadas, para
que melhor se compreenda as transformações a nível econômico, político e, sobretudo
socioambiental, que os mesmos tiveram desde a chegada do café, em 1970 até 2008.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:192.168.11:11:ri/17824 |
Date | January 2011 |
Creators | Lauro, Aluztane Di |
Contributors | Scheer, Marcia Aparecida Procópio da Silva, Gonçalves, Neyde Maria Santos, Silva, Ardemírio de Barros |
Publisher | Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO), UFBA, brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFBA, instname:Universidade Federal da Bahia, instacron:UFBA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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