Orientador: Carlos Rodrigues Brandão / Dissertação (mestrado)-Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filofia e Ciencias Humanas / Made available in DSpace on 2018-07-13T20:39:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Cortez_JoaoBatista_M.pdf: 4498512 bytes, checksum: e30856c2169ddfdfb7abf0261e7b404f (MD5)
Previous issue date: 1987 / Resumo: O presente trabalho, abordando as relações entre memória social e a reorganização da apropriação do trabalho no período de 60 a 80, marcado por projetos desenvolvimentistas no agreste do Rio Grande do Norte, buscou a compreensão da presença dos trabalhadores na história, mas principalmente sua própria visão dessa história. A opção por histórias de vidas se deveu ao fato de que, sendo uma das fontes da história de grupos sociais excluídos da história documentada, também por se constituir por um grupo, permitiu que esse mesmo se percebesse historicamente em seus próprios relatos. O grupo com que trabalhamos foi formado por 15 pessoas, antigos trabalhadores rurais, moradores da região há pelo menos 50 anos e todos com mais de 60 anos de idade. O sentido de rememorar dado pelo grupo permitiu que os fatos relevantes desse período fossem reconstruídos e que essas imagens do passado, espelhando as condições de vida e de trabalho do represente também contribuíssem para melhor entender as ações do presente, determinantes para a visao de classe do grupo em relação à sua própria história. A reconstrução desse período exigiu um retrospecto histórico dos programas eprojetos, especialmente do CRUTAC, ligado à Universidade, e das posturas desenvolvimentistas vigentes na época, principalmente em relação ao Nordeste Brasileiro. Se a memória coletiva desses trabalhadores, em suas articulações, traçou marcos divisórios sobre oprocesso histórico, a partir do que considerava seu espaço social, é a sua situação de classe que explicou essa divisão: a cidade como era e como é, seus costumes, sua educação, sua saúde dentro de um tempo que correspondeu à sua saída do sítio para a cidade, da fartura para o dinheiro que não dava para a feira. Ultrapassando os limites desses marcos divisórios, se percebiam por sua situação de classe, nos trabalhadores mais antigos, identificando-se com eles na escravidão que perdurava e no sofrimento de ter a força física de seu trabalho explorado ao máximo. O conjunto de valores e de representações que construíam em seus relatos, principalmente de festas, se referia à perda da reprodução de um modelo de organização social, onde o sentido era dado pela referência, a terra, como possibilidade de sobrevivência / Abstract: The present work, approaching the relationship between social memory and the reorganization of the appropriation of work in the period of time from 1960 to 1980 marked by develop mental projects in the "agreste" of the state of Rio Grande do Norte, searched for the comprehension of the presence of the workers in history, but mainly for their own view of such history. The option for histories of lives was due to the fact that,being one of the sources of the history of social groups excluded from documented history, and also for constituting a group,it allowed that this same group became aware of itself historically in its own reports. The group with which we have worked was formed by 15 people, old rural workers, inhabitants of the region for at least 50 years and alI of them with more than 60 years of age. The direction that the group gave to the act of remorating allowed that the relevant facts of that period were rememorat reconstructed and that these images of the past, mirroring the living and working conditions of the present, also contributed for the better understanding of the actions of the present, determinant for the group's view of class in relation to its own history. The reconstruction of that period required a historic retrospective of the programs and projects, mainly of the CRUTAC, linked to the University, and of the developmental postures in force at that time, mainly in relation to the Brazilian Northeast. If the collective memory of these workers, in its articulations, drew dividing marks on the historic process starting from what it considered its social space, it was their situation of class that explained such division: the city as it was and as it is, their habits, their education, their health within a time that corresponded to their exit form the small farm towards the city, from plenty to a situation where the money was not enough for the food. While reporting, they outreached the limitations of these dividing marks, and thus, became aware of each other through their situation of class, identifying themselves with the older workers in the slavery that lasted and in the suffering of having the physical strength of their work explored to ita maximum. The set af values and af representations which they constructed in their reports, rnainly of parties, referred to the 1055 of the reproduction of a rnodel of a social organization where the rneaning was given by the reference to the land as possibility of survival / Mestrado / Mestre em Antropologia Social
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/278720 |
Date | 13 July 2018 |
Creators | Cortez, João Batista |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Brandão, Carlos Rodrigues, 1940-, Brandão, Carlos Rodrigues |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | viii, 216f., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0023 seconds