[pt] Os movimentos sociais não são um campo novo de estudo na Geografia e nas Ciências Sociais, mas atualmente, tem-se revelado uma importante área para a interpretação das mudanças sociais. Comunidades ribeirinhas, indígenas, camponeses, quilombolas e comunidades tradicionais são exemplos de grupos que buscam através de diversas formas de organização a legitimação de seus direitos promovendo assim novas estratégias e práticas de luta. Outro grupo inserido nesse contexto são as populações que se articulam contra a construção de barragens e tentam assegurar seus modos de vida. Esses movimentos se colocam em oposição a políticas de apropriação do território que o interpretam apenas como fontes de recursos e, não em sua multiplicidade de sentidos, tais como seus valores simbólicos e culturais. Nessas disputas territoriais, os movimentos sociais que se estabelecem contra barragens passam a ter no lugar e no território sés pilares, atribuindo-lhes novos significados e os relacionando à produção de identidades individuais e coletivas. Desta forma, o objetivo central do presente trabalho é analisar como se constituiu a organização e mobilização do movimento territorial que atuou contra a construção da Pequena Central Hidrelétrica Santa Rosa I obra prevista para ser instalada no Rio Preto na divisa dos municípios de Belmiro Braga e Rio das Flores, nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro respectivamente. A pesquisa busca analisar em que medida as articulações feitas entre diversos agentes (Associação de Moradores, Organizações Não Governamentais, Comitês de Bacia e Ministério Público) e em diferentes escalas foram importantes para que o projeto da obra não fosse concretizado até o momento. Além do apoio bibliográfico, foram realizadas entrevistas com os agentes envolvidos assim como a análise de documentos elaborados durante o processo de licenciamento da barragem. / [en] Social movements are not a new field of study in Geography and the social sciences , but currently , it has proved an important area for the interpretation of social change. River communities, indigenous, peasants , quilombolas and traditional communities are examples of groups seeking through various forms of organization the legitimacy of their rights thus promoting new strategies and practices. Another group entered in this context are the populations that articulate against the construction of dams to try to secure their livelihoods. These movements place themselves in opposition to political appropriation of the territory who interpret only as sources, and not in multiplicity of meanings, such as their symbolic and cultural values. These territorial disputes, social movements against dams that are established shall be in place and ifs territory pillars, giving them new meanings and relating to the production of individual and collective identities . The central aim of this paper is to analyze how to set up the organization and mobilization of territorial movement that against the construction of small hydroelectric Santa Rosa I work expected to be installed in the Black River on the border of the cities of Braga and Rio Belmiro Flores , in the states of Minas Gerais and Rio de Janeiro respectively. The research aims to analyze to what extent the articulations between different actors (Association of Residents, Non-Governmental Organizations and Local Committees) and at different scales were important to the project not been implemented until now. In addition to the bibliographic, interviews with those involved as well as analysis of documents produced during the process of licensing the dam were performed.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:23824 |
Date | 18 December 2014 |
Creators | JULIANA FERREIRA ROMEIRO |
Contributors | REGINA CELIA DE MATTOS |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | TEXTO |
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