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Origens sociais e trajetórias profissionais das primeiras mulheres policiais pertencentes ao círculo de oficiais da Polícia Militar do Pará

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Previous issue date: 2013 / Essa dissertação é um estudo da origem social e da trajetória profissional das oficiais femininos e seu pioneirismo. Foram entrevistadas nove mulheres oficiais em busca de informações qualitativas, suas histórias de vida e suas percepções sobre o pioneirismo feminino da instituição, para investigar as condições objetivas e subjetivas de sua trajetória na instituição policial. Optou-se pela abordagem qualitativa de modo a identificar padrões socioculturais e um saber adquirido pela vivência, além das estratégias de sobrevivência, afirmação e autoproteção na carreira policial. As dificuldades foram muitas, pois não conseguimos sensibilizar os sujeitos para a importância de se resgatar a história das mulheres, que não se envolveram com o tema. Outra dificuldade, o brusco falecimento da líder do grupo, o que provocou um arrefecimento do ânimo dos sujeitos, causando sérias dificuldades no convencimento das demais quanto à sua participação. Ao ouvir seus relatos percebe-se a herança identificadora da instituição pelas agentes, que mesmo após um tempo de reserva preservam o habitus adquirido ao vestir a farda, uma herança de um sistema simbólico institucional, fazendo com que falem em nome da instituição. Percebeu-se que as policiais sofreram violência, seja quando são estigmatizadas como minoria, quando seu trabalho é relegado à esfera administrativa, um não reconhecimento de suas habilidades, quer pelo preconceito e discriminação que sofrem tanto em relação às cotas de inserção e quanto à distribuição de cargos, quer pelo emprego nas funções menos relevantes, mas principalmente por não darem-se conta desses fatos. Ser policial feminino é fazer parte de um grupo estigmatizado e visto de forma negativa, cujas diferenças não são aceitas nem reconhecidas, cuja verdade é desqualificada por um grupo dominante. Esta subalternidade dá origem a um fenômeno chamado “teto de vidro”, caracterizado por uma “barreira invisível”, institucionalizada pelo universo masculino, impedindo a ascensão profissional do segmento feminino na hierarquia da organização paraense. / This dissertation is a study of the social origins and career paths of female officers and a pioneer. We interviewed nine women officers in search of qualitative information, their life stories and their perceptions about the pioneering women of the institution, to investigate the objective and subjective conditions of his career in the police force. We opted for a qualitative approach to identify socio-cultural patterns and knowledge acquired by experience, beyond survival strategies, affirmation and self-protection in the police career. The difficulties were many, because we can not sensitize individuals to the importance of rescuing the history of women, who were not involved with the topic. Another difficulty, the sudden death of the leader of the group, which led to a cooling of the spirit of the subject, causing serious difficulties in convincing the others about their participation. Upon hearing their stories we see the legacy of the institution by identifying agents that even after a reservation time preserve the habitus acquired when wearing the uniform, a legacy of a symbolic system institutional, causing speak on behalf of the institution. It was noticed that the police have experienced violence, either when they are stigmatized as a minority, when your work is relegated to administrative, not a recognition of their skills, either by prejudice and discrimination they suffer both in relation to dimensions of insertion and on the distribution positions, either by employing the functions less relevant, but mostly for not giving up account of these facts. Being female police officer is part of a stigmatized group and viewed negatively, whose differences are not accepted nor recognized, whose truth is disqualified by a dominant group. This subordination gives rise to a phenomenon called "glass ceiling", characterized by an "invisible barrier", institutionalized by the male universe, preventing the rise of professional women's segment in the hierarchy of the paraense organization.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpa.br:2011/4838
Date24 May 2013
CreatorsLEITE, Máurea Mendes
ContributorsCARDOSO, Luis Fernando Cardoso e, NUMMER, Fernanda V.
PublisherUniversidade Federal do Pará, Programa de Pós-Graduação em Segurança Pública, UFPA, Brasil, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPA, instname:Universidade Federal do Pará, instacron:UFPA
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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