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Mulheres policiais: formação e atuação profissional das primeiras alunas da Academia da Polícia Civil de Santa Catarina (1967-1977)Casagrande, Maria Aparecida 21 October 2013 (has links)
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Educação. / This study is the result of research undertaken in the Masters Program in the Graduate Diploma in Education from the University of the Extreme South of Santa Catarina, entitled " Police Women: training and professional experience of the first students of the Academy of Civil Police of Santa Catarina (1967 - 1977) ", in which I analyze, from the perspective of gender relations, the process of formation of the first women in ACADEPOL / SC between the years 1967-1977, as well as their professional career in the police. The study was conducted based on the following guiding questions: What led women to opt for police career? What is the context in which it occurred this entry? What are their memories about the training process? How gender issues permeate the knowledge and practices in their processes of formation and in their professional careers? In this study, we analyzed documents available on the Public Security Bureau and at ACADEPOL / SC, as well as holding interviews with eight students who entered the Civil Police in the years 1967 to 1977 and participated in the Training Courses. The theoreticalmethodological of this research is limited in the field of history of education, having three central concepts: Gender, Memory and School Culture. A qualitative approach was the most appropriate for the study, having oral history as the main methodology used for data collection, allowing the students to speak out, telling their experiences and give new meaning to their memories. Revisit the stories of the first students who were part of this scenario was significant and revealed multiple gender relations, since the entry of the profession during the training course to the career path, enabling them a differentiated experience for the female world of the time. The study allowed the observation that the marks of gender inequality were naturalized during the training courses attended in ACADEPOL / SC, the interviews, however, were more evident in the course of their professional careers. On the one hand, while recognizing the practical prejudiced by the Civil Police, the women police did not confront before inequalities, but found ways to survive, creating subterfuge to deal with the male culture. On the other hand, the presence of women in the police institution contributes to reinterpretation of gender relations: either the Training Courses, both in professional careers. One can not say that there was a substantial change in these relationships, but we can say that the changes are in constant motion. In this context, the entry of women in the professional history of male dominance, not necessarily strengthens the relations of discrimination and prejudice in labor relations, but challenges and contributes to the visibility of women in space monopolized by men. The invisibility of women is an important factor in legitimizing gender inequalities. Certainly, to understand these inequalities between male and female, need to stop looking only for women but also for turning men, as the construction of roles is relational. / O presente estudo é resultado da pesquisa desenvolvida no Mestrado no âmbito do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade do Extremo Sul Catarinense, intitulada “Mulheres Policiais: formação e atuação profissional das primeiras alunas da Academia da Polícia Civil de Santa Catarina (1967-1977)”, em que problematizo, sob a perspectiva das relações de gênero, o processo de formação das primeiras mulheres na ACADEPOL/SC entre os anos de 1967 a 1977, bem como suas trajetórias profissionais ao longo da carreira policial. O estudo foi realizado a partir das seguintes questões norteadoras: O que levou as mulheres a optarem pela carreira policial? Qual o contexto em que ocorreu esse ingresso? Quais suas lembranças sobre o processo de formação? Como as questões de gênero perpassaram os saberes e práticas em seus processos de formação e nas suas trajetórias profissionais? Neste estudo, foram analisados documentos disponíveis na Secretaria de Segurança Pública e na própria ACADEPOL/SC, além da realização de entrevistas com oito alunas que ingressaram na Polícia Civil entre os anos de 1967 até 1977 e participaram dos Cursos de Formação. A construção teórico-metodológica desta pesquisa circunscreve-se no campo da História da Educação, tendo três conceitos centrais: Gênero, Memória e Cultura Escolar. A abordagem qualitativa foi a mais adequada para o estudo, tendo sido a História Oral a principal metodologia empregada para a coleta de dados, permitindo que as alunas se pronunciassem, contando suas vivências e ressignificando suas lembranças. Revisitar as histórias das primeiras alunas que fizeram parte desse cenário foi significativo e revelou múltiplas relações de gênero, desde o ingresso na profissão, durante o Curso de Formação, até a trajetória profissional, possibilitando a elas uma vivência diferenciada para o mundo feminino da época. O estudo permitiu a observação de que as marcas da desigualdade de gênero foram naturalizadas durante os cursos de formação frequentados na ACADEPOL/SC, pelas entrevistas, porém, ficaram mais evidentes no decorrer de suas trajetórias profissionais. De um lado, mesmo reconhecendo as práticas preconceituosas na Polícia Civil, essas mulheres policiais não fizeram o enfrentamento diante das desigualdades, mas encontraram formas de sobreviver, criando subterfúgios para lidar com a cultura masculina. Por outro lado, a presença feminina na instituição policial contribuiu para ressignificar as relações de gênero: quer nos Cursos de Formação, quer nas trajetórias profissionais. Não se pode dizer que houve uma mudança substancial nessas relações, mas é possível afirmar que as mudanças estão em movimento constante. Nesse contexto, a entrada das mulheres no espaço profissional, de domínio masculino histórico, necessariamente não reforça as relações de discriminação e preconceito nas relações de trabalho, mas desafia e contribui para a visibilidade às mulheres num espaço monopolizado pelos homens. A invisibilidade das mulheres é um fator importante na legitimação das desigualdades de gênero. Certamente, para entender essas desigualdades entre o feminino e o masculino, é necessário deixar de olhar somente para as mulheres, mas voltar-se também para os homens, pois a construção dos papéis é relacional.
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Origens sociais e trajetórias profissionais das primeiras mulheres policiais pertencentes ao círculo de oficiais da Polícia Militar do ParáLEITE, Máurea Mendes 24 May 2013 (has links)
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Previous issue date: 2013 / Essa dissertação é um estudo da origem social e da trajetória profissional das oficiais femininos e seu pioneirismo. Foram entrevistadas nove mulheres oficiais em busca de informações qualitativas, suas histórias de vida e suas percepções sobre o pioneirismo feminino da instituição, para investigar as condições objetivas e subjetivas de sua trajetória na instituição policial. Optou-se pela abordagem qualitativa de modo a identificar padrões socioculturais e um saber adquirido pela vivência, além das estratégias de sobrevivência, afirmação e autoproteção na carreira policial. As dificuldades foram muitas, pois não conseguimos sensibilizar os sujeitos para a importância de se resgatar a história das mulheres, que não se envolveram com o tema. Outra dificuldade, o brusco falecimento da líder do grupo, o que provocou um arrefecimento do ânimo dos sujeitos, causando sérias dificuldades no convencimento das demais quanto à sua participação. Ao ouvir seus relatos percebe-se a herança identificadora da instituição pelas agentes, que mesmo após um tempo de reserva preservam o habitus adquirido ao vestir a farda, uma herança de um sistema simbólico institucional, fazendo com que falem em nome da instituição. Percebeu-se que as policiais sofreram violência, seja quando são estigmatizadas como minoria, quando seu trabalho é relegado à esfera administrativa, um não reconhecimento de suas habilidades, quer pelo preconceito e discriminação que sofrem tanto em relação às cotas de inserção e quanto à distribuição de cargos, quer pelo emprego nas funções menos relevantes, mas principalmente por não darem-se conta desses fatos. Ser policial feminino é fazer parte de um grupo estigmatizado e visto de forma negativa, cujas diferenças não são aceitas nem reconhecidas, cuja verdade é desqualificada por um grupo dominante. Esta subalternidade dá origem a um fenômeno chamado “teto de vidro”, caracterizado por uma “barreira invisível”, institucionalizada pelo universo masculino, impedindo a ascensão profissional do segmento feminino na hierarquia da organização paraense. / This dissertation is a study of the social origins and career paths of female officers and a pioneer. We interviewed nine women officers in search of qualitative information, their life stories and their perceptions about the pioneering women of the institution, to investigate the objective and subjective conditions of his career in the police force. We opted for a qualitative approach to identify socio-cultural patterns and knowledge acquired by experience, beyond survival strategies, affirmation and self-protection in the police career. The difficulties were many, because we can not sensitize individuals to the importance of rescuing the history of women, who were not involved with the topic. Another difficulty, the sudden death of the leader of the group, which led to a cooling of the spirit of the subject, causing serious difficulties in convincing the others about their participation. Upon hearing their stories we see the legacy of the institution by identifying agents that even after a reservation time preserve the habitus acquired when wearing the uniform, a legacy of a symbolic system institutional, causing speak on behalf of the institution. It was noticed that the police have experienced violence, either when they are stigmatized as a minority, when your work is relegated to administrative, not a recognition of their skills, either by prejudice and discrimination they suffer both in relation to dimensions of insertion and on the distribution positions, either by employing the functions less relevant, but mostly for not giving up account of these facts. Being female police officer is part of a stigmatized group and viewed negatively, whose differences are not accepted nor recognized, whose truth is disqualified by a dominant group. This subordination gives rise to a phenomenon called "glass ceiling", characterized by an "invisible barrier", institutionalized by the male universe, preventing the rise of professional women's segment in the hierarchy of the paraense organization.
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Mulheres policiais nas unidades operacionais da PMSE : surpresas e mobilidade em meio às práticas ostensivasBraga, Élida Damasceno 10 August 2012 (has links)
This dissertation analyzed the daily life of policewomen who work in operational service of the military police of Sergipe. Sought to understand the strategies proposed by the power relations established in the context of work, in order to list possible situations of disrespect and discrimination, considering the model of manhood still be prevalent in everyday police practices. The search took as central proposal of work performed by women police officers who are embedded in the operating units, as is the case of shock Battalion, unit observed by analyzing the dynamics that emerge from social relationships. In this sense, the problem took place around understanding how the work of women in operational units, which are places constructed microwave counter action in your templates, or is seen as male strongholds, is characterized in the context of gender and power relations that are established. In addition to the observations in the field, nine interviews were conducted with women who work or worked in operational policing. The dissertation was structured in three chapters. The first deals with the conditions for the inclusion of women in the police, the aspects involving the socialization process specific police institutions. Also presented are the pillars that upholds this order and the parameters that support the power relationships that develop. Gender issues are discussed, as well as the Justice of the quest for social recognition. The second chapter presents a general approach of studies on women in police institutions, women in the world of work, reaching typically masculine professions. It then presents the Military Police context of Sergipe, the insertion of women police officers, a brief history of shock Battalions Brazil level and Sergipe, their everyday actions to reach the theoretical approaches that address the standards and procedures necessary for the proper functioning of the operational units as well as the skills/abilities required for the performance of police work imposed to that body. In the third chapter, prioritize the gender social relations that are established under the DPO from data obtained in the research in order to understand them in accordance with the established theoretical parameters. This dissertation allows you to show that the participation of working women is wrapped by the operational PM diversity of established powers, by the non-recognition of certain actions at the expense of maintaining the current model of masculinity, but also points to new ways of doing the policing. Women unite to the model already established, extending them artfully with the female attributes such as flexibility and attention. With this increase the mobility of actions, innovating and surprising labour practices and in social interactions. / Esta dissertação analisou o cotidiano das mulheres policiais que atuam no serviço operacional da Polícia Militar de Sergipe. Procurou compreender as estratégias propostas pelas relações de força estabelecidas no âmbito de trabalho, a fim de elencar possíveis situações de desrespeito e discriminação, haja vista o modelo de masculinidade ainda ser predominante no cotidiano das práticas policiais. A pesquisa teve como proposta central o estudo do trabalho realizado por mulheres policiais que estão inseridas nas unidades operacionais, como é o caso do Batalhão de Choque, unidade observada, analisando, portanto, as dinâmicas que emergem das relações sociais de gênero. Nesse sentido, a problemática se deu em torno de compreender como o trabalho da mulher nas unidades operacionais, que são lugares construídos de modo masculinizado em seus modelos de ação, ou seja, vistos como redutos masculinos, se caracteriza no âmbito das relações de gênero e poder que ali são estabelecidas. Além das observações no campo, foram realizadas nove entrevistas com mulheres que atuam ou atuaram no policiamento operacional. A dissertação foi estruturada em três capítulos. O primeiro trata das condicionantes para a inserção das mulheres nas polícias, os aspectos que envolvem o processo de socialização específico das instituições policiais. São apresentados também os pilares que sustêm esta ordem e os parâmetros que sustentam as relações de poder que ali se desenvolvem. São discutidas as questões de gênero, bem como as de justiça que suscitam a busca por reconhecimento social. O segundo capítulo apresenta uma abordagem geral dos estudos sobre mulheres nas instituições policiais, mulheres no mundo do trabalho, chegando às profissões tipicamente masculinas. Em seguida, apresenta o contexto Polícia Militar de Sergipe, a inserção das mulheres policiais, um breve histórico dos Batalhões de Choque no Brasil e de Sergipe, suas ações cotidianas até chegar às abordagens teóricas que tratam dos padrões e procedimentos necessários ao bom funcionamento das unidades operacionais bem como as competências/habilidades necessárias ao desempenho do trabalho policial instituídas para aquele corpo social. No terceiro capítulo, priorizam-se as relações sociais de gênero que se estabelecem no âmbito do policiamento ostensivo a partir dos dados obtidos na pesquisa, de modo a compreendê-las segundo os parâmetros teóricos estabelecidos. Esta dissertação permite mostrar que a participação das mulheres no trabalho operacional da PM está envolta pela diversidade de poderes estabelecidos, pelo não reconhecimento de determinadas ações em detrimento da manutenção do modelo de masculinidade vigente, mas também aponta novas formas de fazer o policiamento. As mulheres se aliam ao modelo já estabelecido, ampliando-os astuciosamente com os atributos femininos, tais como flexibilidade e atenção. Com isso aumentam a mobilidade das ações, inovando e surpreendendo nas práticas laborais e nas interações sociais.
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