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Avaliação da posição vertical durante o trabalho de parto em nuliparas

Orientadores: Maria Yolanda Makuch, Jose Guilherme Cecatti / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciencias Medicas / Made available in DSpace on 2018-08-08T04:26:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2006 / Resumo: O processo de humanização do nascimento traz à tona práticas atuais que necessitam ser repensadas. Um exemplo é a permanência da parturiente na posição horizontal durante o trabalho de parto, ou pelo incentivo desta posição pela equipe de saúde ou pelo não estímulo à mobilização. É de longa data a existência desta prática, sendo observada essencialmente nos países ocidentais, que a mantém apoiada em bases culturais, mas não científicas. A preocupação com o bem-estar materno-fetal leva a refletir se a mobilização e adoção de diferentes posições durante o trabalho de parto trazem benefícios para a parturiente e seu filho, seja no processo fisiológico do trabalho de parto ou nos aspectos psicológico e emocional. Objetivo: Avaliar o efeito da posição vertical em nulíparas durante a fase de dilatação do trabalho de parto, na dor e satisfação da parturiente, e sobre os resultados obstétricos e perinatais. Métodos: Inicialmente foi realizada uma revisão sistemática de todos os ensaios clínicos aleatorizados que avaliaram o efeito da posição vertical durante a fase de dilatação. Os estudos foram triados nas seguintes bases eletrônicas: MEDLINE, Popline, SciELO (Scientific Electronic Library On-line) e LILACS (Latin American and Caribbean Health Science Information). A elegibilidade e qualidade dos estudos foram avaliadas por dois revisores, independentemente, e a inclusão dos estudos deu-se mediante um consenso. Os estudos foram avaliados considerando a descrição e qualidade da alocação, a existência de vieses como o de desempenho e de seleção. A decisão pela inclusão dos dados foi baseada na similaridade entre os estudos. O segundo estudo realizado foi um ensaio clínico controlado, prospectivo e aleatorizado no Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher da Universidade Estadual de Campinas. Dele participaram 107 gestantes aleatoriamente designadas ao grupo de estudo, com 54 primíparas que receberam orientações para permanecer na posição vertical, ou ao grupo-controle, com 53 primíparas que seguiram a rotina da maternidade. Foram avaliados a duração dos períodos de dilatação e expulsivo, tipo de parto, intervenções obstétricas, satisfação e dor da parturiente, e vitalidade do feto e neonato. Resultados: Na revisão sistemática foi encontrada uma menor duração da fase de dilatação no grupo de intervenção [WMD (random) = -0,83; 95% CI -1,60, -0,06; I²=88,4%]. O tipo de parto, uso de analgésicos, indução do parto e vitalidade do recém-nascido não mostraram diferenças atribuídas à intervenção. No ensaio clínico não foram encontradas diferenças significativas entre os grupos na duração da fase de dilatação, tipo de parto, uso de uterotônicos, analgésicos e episiotomia, viltalidade do feto e recém-nascido. A avaliação da dor e satisfação não foi diferente entre os grupos. No entanto, a maioria das mulheres de ambos os grupos disse preferir adotar alguma posição vertical durante o trabalho de parto. Conclusão: A posição vertical adotada durante o trabalho de parto, apesar de não interferir de forma significativa na evolução do trabalho de parto e parto, mostrou-se uma intervenção segura e bem aceita pelas parturientes, podendo ser recomendada / Abstract: The humanization of the birthing process highlights current practices that are necessary to reconsider. An example is the horizontal position adopted by women during labor due to the orientation given by most health professionals to maintain this position or to the no stimulation for mobilization. This has become a common practice for a long time mostly in the western countries where this position is stimulated mainly due to cultural attitudes and not based on scientific evidence. The concern about maternal-fetal well-being leads us to reflect if mobilization and adoption of different positions during labor could bring physiological, psychological or emotional benefits for the parturient and her offspring. Objective: To evaluate the effect of the orientation for a vertical position in nuliparous women on labor length, pain, satisfaction, and on obstetric and perinatal outcomes. Methods: Initially a systematic review of randomized controlled trials evaluating the effect of the vertical position during the first stage of labor was performed. The identification of studies was based on the following electronic databases: MEDLINE, Popline, SciELO (Scientific Electronic Library On-line) and LILACS (Latin American and Caribbean Health Science Information). The eligibility and quality of the studies were independently assessed by two reviewers, and a trial under consideration was included only when consensus had been attained. Studies were appraised considering the allocation concealment and screening for the occurrence of attrition, performance and detection biases. The decision whether to perform data pooling was based on the clinical similarity of studies. A randomized controlled trial was also carried out at the maternity of the Center for Integral Attention to the Woman¿s Health of the State University of Campinas. The subjects were 107 pregnant women who were randomly assigned to a study group with 54 nuliparous women who had received orientation to adopt the vertical position during the first stage of labor or to a control group with 53 women who followed the maternity ward routine. The length of first and second stage of labor, type of delivery, obstetric interventions, satisfaction and pain of the woman in labor, and fetal and newborn well-being were evaluated. Results: The systematic review showed a shorter length of labor for the intervention [WMD (random) = -0.83; 95% CI -1.60, -0.06; I ² =88.4%]. There were no differences among groups attributed to the intervention in the type of delivery, use of analgesics, induction of labor and newborn well-being. In the randomized controlled trial no significant differences were found between groups regarding the duration of the first stage of labor, type of delivery, use of uterotonics and analgesics, episiotomy, fetal and newborn well-being. There were also no differences in pain assessment and satisfaction between both groups. However, the majority of the women of both groups expressed preference for a vertical position during labor. Conclusion: Vertical position adopted during the first stage of labor did not interfere significantly with labor progress and delivery, but showed to be a safe and well accepted practice by women, therefore it may be recommended. / Mestrado / Ciencias Biomedicas / Doutor em Tocoginecologia

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/311139
Date14 November 2006
CreatorsMiquelutt, Maria Amelia
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Cecatti, José Guilherme, 1957-, Makuch, Maria Yolanda, Makuch, Maria Yolanda
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Tocoginecologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format134p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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