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Previous issue date: 2018-02-28 / Essa pesquisa é fruto do desejo de compreensão dos discursos sobre expressões, corpo, subjetividades, materialidades dos enunciados de gênero, especificamente os relacionados às identidades de transhomens. O objetivo principal deste trabalho foi descrever relações discursivas que constroem o corpo do transhomem, tanto as relações imersas a verdades e saberes, quanto as permeadas por controle, disciplina e poder que se materializam nesses corpos. Na perspectiva teórica utilizou-se a Análise de Discurso (AD) Francesa com ênfase na Teoria de Michel Foucault. Isto posto, os discursos aqui presentes foram delimitados afim de tomar um ponto de partida para a análise discursiva, evidenciamos a questão da patologização da identidade transgênera, descrevendo como esse ponto se articula e se reproduz dentro da vivência de transhomens. Sendo assim, compreende-se por pessoas transgêneras indivíduos que não apresentam identificação entre sexo biológico e gênero, sendo transhomens sujeitos biologicamente femininos, com percepção de identidade masculina. Optou-se por realizar esta pesquisa no Estado do Pará, na cidade e região metropolitana de Belém, haja vista a familiaridade da pesquisadora com a região. Esta pesquisa foi realizada nos moldes da pesquisa de Campo de natureza qualitativa, com utilização de um questionário socioeconômico e um roteiro de entrevista semiestruturada. As entrevistas foram realizadas na Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (SEJUDH), em auditório cedido pela Gerência de Proteção à Livre Orientação Sexual/GLOS, no dia 27 de outubro. Foram entrevistados quatro transhomens, na faixa etária de 18 a 40 anos que se autodenominavam transhomens. Não se utilizou como obrigatoriedade a presença no programa Transexualizador do SUS para a legitimação da identidade dos participantes desta pesquisa. Os resultados evidenciam um processo de formação da identidade de transhomens baseados em discursos diversos, com destaque para os enunciados das ciências médicas, que legitimam a vivência da transexualidade dentro do aspecto patológico. Por outro lado, para a criação da identidade transgênera é imprescindível que se tenha o sujeito que nela se identifique. Portanto, pensar em analisar produções de “verdades” e as relações de disciplinamento dos corpos que advêm delas é em primeira mão para entender esse processo em eterno movimento de produção, significação, identificação e materialização que produzem, numa constante, formas de subjetivações, influenciadas por pensamentos de um dado período histórico. / Esta investigación es fruto del deseo de comprensión de los discursos sobre expresiones, cuerpo, subjetividades, materialidades de los enunciados de género, específicamente los relacionados a las identidades de transhombres. El objetivo principal de este trabajo fue describir relaciones discursivas que construyen el cuerpo del transhomem, tanto las relaciones inmersas a verdades y saberes, como las permeadas por control, disciplina y poder que se materializan en esos cuerpos. En la perspectiva teórica se utilizó el Análisis de Discurso (AD) Francés con énfasis en la Teoría de Michel Foucault. En este sentido, los discursos aquí presentes fueron delimitados a fin de tomar un punto de partida para el análisis discursivo, evidenciamos la cuestión de la patologización de la identidad transgénera, describiendo cómo ese punto se articula y se reproduce dentro de la vivencia de transhombres. Siendo así, se comprende por personas transgénero individuos que no presentan identificación entre sexo biológico y género, siendo transhombres sujetos biológicamente femeninos, con percepción de identidad masculina. Se optó por realizar esta investigación en el Estado de Pará, en la ciudad y región metropolitana de Belém, teniendo en cuenta la familiaridad de la investigadora con la región. Esta investigación fue realizada en los moldes de la investigación de Campo de naturaleza cualitativa, con utilización de un cuestionario socioeconómico y un guión de entrevista semiestructurada. Las entrevistas fueron realizadas en la Secretaría de Estado de Justicia y Derechos Humanos (SEJUDH), en auditorio cedido por la Gerencia de Protección a la Libre Orientación Sexual / GLOS, el día 27 de octubre. Se entrevistó a cuatro transhombres, en el grupo de edad de 18 a 40 años que se autodenominaban transhombres. No se utilizó como obligatoriedad la presencia en el programa Transexualizador del SUS para la legitimación de la identidad de los participantes de esta investigación. Los resultados evidencian un proceso de formación de la identidad de transhombres basados en discursos diversos, con destaque para los enunciados de las ciencias médicas, que legitiman la vivencia de la transexualidad dentro del aspecto patológico. Por otro lado, para la creación de la identidad transgénera es imprescindible que se tenga el sujeto que en ella se identifique. Por lo tanto, pensar en analizar producciones de "verdades" y las relaciones de disciplinamiento de los cuerpos que vienen de ellas es de primera mano para entender ese proceso en eterno movimiento de producción, significación, identificación y materialización que producen, en una constante, formas de subjetividades, influenciadas por pensamientos de un determinado período histórico.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unesp.br:11449/158260 |
Date | 28 February 2018 |
Creators | Souza, Silvanie Campos de [UNESP] |
Contributors | Universidade Estadual Paulista (UNESP), Momesso, Maria Regina [UNESP] |
Publisher | Universidade Estadual Paulista (UNESP) |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UNESP, instname:Universidade Estadual Paulista, instacron:UNESP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 600 |
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