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Circunstancialidade da invenção em A Varanda do Frangipani, de Mia Couto: entre a letra e a voz

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Previous issue date: 2009-04-28 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This aims of this paper is to analyze the novel A Varanda do Frangipani by
mozabican writer Mia Couto. Based on researches about orality made by Paul
Zumthor, is researched some signs of performance through discursive strategies
used by narrators. Such concept presented by Zumthor relates a virtual performance
on the space of enunciation. In this perspective, orality is in the place of vocality,
because is looked in this paper, not traces of speaks that could signs a frequent use
in some communities, but virtual gestures presents in the discourse, that could be
possible to realize in the phenomenon of reading and listening. For this reason, the
reader is like a performer of the work s art, he is co-author of the work. The general
hypothesis signs that a discourse of A Varanda do Frangipani is crowded of vocal
and performing gestures. The first chapter, entitled Between letter and voice , is
presented the concept of performance. That concept supports the general
hypothesis. The reader, in face of the literary text, as well is object of discussion in
this chapter: a previous deal between the reader and the work possibilities himself
to live the performance. In this chapter is presented a literary biography of Mia Couto.
In the second chapter, entitled, Collective Memory and the discursive space , is
discussed the difference between orality and write, mainly based at the Walter Ong s
researches: these both modalities has distinct traces, and it could be understood
through of the own logic and under in a cultural perception point of view. Still is
discussed how is the discursive space where there are reader and listener. In the last
chapter, From the voice that sing to the word that tells , is presented a critical fortune
about Mia Couto s work under three different perspectives, such critical relates
different ways to treat the orality in Mia Couto s work. Finally, is made the analysis of
novel through of the narrator voices. The present paper signs that there there are in
the enunciation s virtual space: author, narrator, reader-listener, allows what Zumthor
calls performance: A Varanda do Frangipani novel is virtually act. This is possible
based in the enunciative context realized by reader/listener, that, despite of narrator
silence, are present gestures, looking, movements, lapse, irony / O objetivo deste trabalho é analisar o romance A varanda do Frangipani, do
moçambicano Mia Couto. Baseado nas proposições do estudioso da oralidade Paul
Zumthor, procura-se, por meio das estratégias narrativas presentes no romance,
indícios de performance, conceito discutido por Zumthor, que remetem a uma
encenação virtual no espaço da enunciação. Nessa perspectiva, oralidade está para
vocalidade, pois rastrea-se, nesta análise, não os traços de falas que indicariam um
uso corrente em determinada comunidade de falantes, mas os gestos virtuais
presentes no discurso, que são percebidos no fenômeno da leitura-audição. Assim,
o leitor estaria mais para um performer: ele é co-autor da obra. A hipótese geral
indica que o discurso de A Varanda do Frangipani está permeado por gestos vocais
e performáticos. O primeiro capítulo, intitulado Entre a letra e a voz , apresenta o
conceito de performance. Tal conceito sustenta a hipótese geral desta investigação.
O leitor, frente ao texto literário, também é objeto de discussão neste capítulo: notase
que o contrato prévio entre leitor e obra é o que lhe possibilita vivenciar a
performance. Ainda no primeiro capítulo é apresentada a biografia literária de Mia
Couto. No segundo capítulo, A Memória coletiva e a espacialidade discursiva ,
discute-se a diferenciação entre oralidade e escrita, principalmente a partir dos
estudos de Walter Ong: essas duas modalidades possuem traços distintos, sendo
que podem ser entendidos dentro de suas lógicas sob o ponto de vista cultural.
Discute-se, também, como leitor e ouvinte situam-se na espacialidade discursiva. No
último capítulo, Da voz que canta à palavra que narra , é apresentada a fortuna
crítica do autor, sob três perspectivas diferentes, tais críticas não deixam de fazer
referência à oralidade em Mia Couto. Por fim, a análise do romance a partir das falas
das personagens e as considerações sobre as estratégias narrativas dos narradores.
A presente pesquisa indica que encontra se virtualmente no espaço da enunciação
autor, narrador, leitor-ouvinte, realizando, assim, o que Zumthor chama de
performance: virtualmente A Varanda do Frangipani é encenada. Isto é possível a
partir das marcas enunciativas percebidas pelo leitor-ouvinte, que mesmo no silêncio
do narrador, apresenta, os gestos, olhares, movimentos, lapsos, ironias

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/14898
Date28 April 2009
CreatorsNascimento, Melquisedec Chaves do
ContributorsBerrini, Beatriz
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Literatura e Crítica Literária, PUC-SP, BR, Literatura
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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