Objetivo: Verificar se a rinometria acústica, usada de rotina para avaliar a patência nasal, é capaz de identificar a deficiência no movimento velar em indivíduos com diagnóstico clínico de função velofaríngea inadequada (FVI). Modelo: Estudo clínico prospectivo Local de Execução: Hospital de Referência Especializado. Participantes: Vinte indivíduos com fissura de palato reparada e FVI residual e 18 indivíduos-controle sem fissura de palato e função velofaríngea adequada (FVA), adultos, de ambos os sexos. Variáveis analisadas: Curvas área-distância foram obtidas no repouso velar e na fala (fonema /k/), utilizando um sistema Eccovision AR, sendo o volume determinado pela integração da área sob a curva em segmento correspondente à nasofaringe. A mobilidade velar (V) foi estimada pela diferença absoluta e relativa entre o volume nasofaríngeo no repouso velar (Vr) e na fala (Vk). A eficiência da técnica em discriminar FVI e FVA foi analisada pela curva ROC. Resultados: Os valores médios (±DP) de Vr e Vk obtidos foram: 23,2±3,6cm3 e 15,9±3,8cm3, no grupo FVA, e 22,7±7,9cm3 e 20,7±7,4cm3, no grupo FVI, correspondendo a uma redução média de 7,3cm3 (31%) no grupo FVA e a uma redução significativamente menor, de 2,0cm3 (9%), no grupo FVI (p<0,05). Constatou-se que 70% dos pacientes do grupo FVI apresentaram V sugestivo de elevação velar prejudicada (inferior ao limiar de corte que maximizou, simultaneamente, a sensibilidade e a especificidade do teste), confirmando o diagnóstico clínico. Conclusão: A rinometria acústica foi capaz de identificar, com bom poder discriminatório, o comprometimento da atividade velar que caracteriza a insuficiência velofaríngea. / Objective: To determine whether acoustic rhinometry, routinely used for evaluation of nasal patency, is able to identify impairment of velar movement in individuals with clinical diagnosis of inadequate velopharyngeal function (IVF). Design: Prospective clinical study. Setting: Reference Craniofacial Hospital. Participants: Twenty subjects with repaired cleft palate and residual IVF and 18 noncleft controls with adequate velopharyngeal function (AVF), adults, of both sexes. Main Outcomes Measures: Area-distance curves were obtained during velar rest and speech (phoneme /k/), using an Eccovision AR system, and volume was determined by integrating the area under the curve at a segment corresponding to nasopharynx. Velar mobility (_V) was estimated by the absolute and relative difference between nasopharyngeal volume at velar rest (Vr) and speech (Vk). The efficiency of the technique to discriminate IVF and AVF was assessed by a ROC curve. Results: Mean Vk and Vr values (±SD) obtained were: 23.2±3.6cm3 and 15.9±3.8cm3 (AVF group), and 22.7±7.9cm3 and 20.7±7.4cm3 (IVF group), corresponding to an average reduction of 7.3cm3 (31%) for the AVF group and a significantly smaller reduction of 2.0cm3 (9%) for the IVF group (p<0.05). Seventy percent of the IVF patients showed a _V suggesting impaired velar elevation (below the cutoff score that maximized both the sensitivity and specificity of the test), confirming clinical diagnosis. Conclusion: Acoustic rhinometry was able to identify, with a good discriminatory power, the impairment of velar activity which characterizes velopharyngeal insufficiency.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-04112010-150735 |
Date | 22 October 2010 |
Creators | Araújo, Bruna Mara Adorno Marmontel |
Contributors | Trindade, Inge Elly Kiemle |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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